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Eu sentia um frio na barriga imenso. Não consigo nem andar direito. Acho que estou tão pálida, que parece que vou ter um ataque aqui e morrer logo em seguida, sem a chance de ser salva. Eu posso ouvir o barulho da música — muito alta, por sinal — que toca da casa da Dinah. Diversas pessoas estão fantasiadas de Não Sei O que. De longe pude ver a dona da festa: com uma gargantilha brilhosa, um cropped brilhoso também e meio que uma calcinha — talvez seja um short — brilhosa também. O look todo era vermelho. Em sua cabeça há uma tiara com dois "chifres", matando na hora minha dúvida. Ela é uma Diaba.

Caminhei até ela, sentindo um puta incomodo por estar com esse vestido. Ao me ver, ela correu e percebeu o meu estado e logo ficou preocupada.

— Você não está passando mau, está? — a mão dela tocou meu braço, na tentativa de ver como eu estou apenas com esse toque. — Caramba, você está gelada.

Meus olhos reviraram e eu sorri.

— Estou bem. Antes de sair tomei um remédio. Só não posso beber. — dei um abraço nela, sentindo seu perfume super forte. — Você está tão linda! — me afastei rapidamente, para não desmaiar.

— Ah... olha pra você... é mesmo um anjo — A voz calma dela me fez sentir calma.

Minha roupa é a mais básica: Um vestido bordado, branco. Meus cabelos estão naturais e a maquiagem bem básica. Estou com uma asa de anjo, bem branquinha. Em meus pés coloquei um saltinho bem confortável.

Não deu tempo de respondê-la, pois olhei uma silhueta passando pela porta. Com seu vestido preto, acompanhado de seu batom vermelho e sua maquiagem que realça os olhos verdes. O seu iluminador está tão marcado, que posso vê-lo brilhar com facilidade com tanta pouca luz. Lauren caminha até nós, de cabeça baixa; acho que ela notou que eu a olhava.

— Me fala que você não vai morrer — a primeira coisa que ela falou, depois tocou meu braço, como Dinah fez.

— Eu perguntei se ela estava passando mau, e ela disse que não. — Os ombros de Dinah balançaram. Ela viu alguém de longe e saiu correndo para falar com tal pessoa.

— Já tomei um remédio. — respondi, recuando seu toque. — Você está muito linda. — Sussurrei, na tentativa de ela não ouvir, mas ouviu.

— Você é a mais linda daqui. — Lauren tocou meu rosto, acariciou e depois deixou um beijo em minha bochecha. — Quer entrar? Te dou uma bebida sem álcool.

Concordei, seguindo ela. Como eu disse, diversas pessoas estão fantasiadas de Não Sei O que, pois tão tantas pessoas. Quando chegamos em uma parte da casa, Lauren sorriu e avisou que iria preparar meu copo, o mínimo que pude fazer fora sorrir e concordar.

Senti um toque meu ombro e logo virei pra trás. Dei de cara com Ally, Normani e Shawn. Todos estavam vestidos, mas não fantasiados.

— Estamos fantasiados de nós mesmos — Ally, como se tivesse lido minha mente, falou.

— Entendi... — sorri, olhando bem o look deles.

Normani está com uma blusa meia barriga, que está escrito "1996", que é acompanhada por uma saia que tampa apenas a parte da frente e de trás, os lados ficam expostos.
Ally está com um vestido todo cheio de pedrinhas brilhantes, ele vai até a coxa, bem curto. Sua maquiagem é bem forte.
Shawn está com um blazer que deixa o peito aberto, e com uma calça da mesma cor do blazer.

— Está tudo bem? — Shawn tocou meu ombro, encarando bem meu rosto. Concordei. — Ok.

— Aqui... — Lauren apareceu em minha frente, com um copo. — É de morango. — o jeito que ela disse isso foi super fofo.

— Cadê o resto do pessoal? — depois que dei o primeiro gole na minha bebida, procurei por toda casa os meus amigos.

— Devem estar transando por aí — Normani disse, também procurando — Selly, Demi e Vero já chegaram. Agora Halsey, Lucy e Troy eu não sei.

Mesmo com o som alto, consegui ouvir o suspiro de Lauren ao ouvir o nome da ex namorada. Virei para olhá-la e ela encarava o teto. Agora foi a minha vez de tocar seu corpo.

— Está tudo bem? — a cabeça dela se abaixou para encarar meu rosto. Isso quase me fez cair. A pupila dela estava dilatando enquanto me encarava.

— Uhum... — foi a única coisa que ela disse, pois não conseguia parar de me olhar. E eu a mesma coisa.

— Se não forem se beijar, parem de fazer isso. — a voz chata da Dinah me fez piscar diversas vezes e olhar para ela. — Amo você. — ela jogou um beijo no ar para mim e eu me senti a pessoa mais raivosa do mundo.

It's Confuse (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora