Eu amo o Mark Ruffalo, e quando percebi que ainda não tinha escrito nada (diretamente) sobre ele fiquei perplexa! Por isso, se está sentindo falta de alguém por aqui, pode me mandar, pois com as férias será mais fácil de escrever. Era isso pessoal rs (26/11/2019)
Editado em 23/09/2022
Boa leitura!
___________________Há um ano a Torre dos Vingadores virou meu lar, meu local de trabalho, lazer e relaxamento, onde, pela primeira vez em muito tempo, me senti pertencente a algo. Minha preocupação quanto a segurança das outras pessoas ainda me tomava a paz, mesmo com todas as precauções que Tony tomou, mas nunca fui tão eu mesmo desde a chegada o Hulk, o que me deixava extremamente contente!
Infelizmente, a calmaria deste período da minha vida não durou tanto quanto eu gostaria, Tony trouxe mais alguém para dividir o laboratório conosco, e por mais que a mania de estalar os dedos a todo momento me incomodasse, me apaixonar por ela é que foi o real problema. (s/n) era uma antiga funcionária da Stark Industries e amiga de Tony desde os tempos do MIT, a sintonia deles era afiada e ia desde o humor à música e à ciência, e essa proximidade dos dois de certa forma passou a me incomodar com o tempo, não que eu fizesse algo a respeito...
Em mais um dia rotineiro, (s/n) chegou no laboratório, embora sem tanta alegria e brilho como era costume, além de ter um semblante preocupado. Não por coincidência foi no mesmíssimo dia em que Tony ameaçou em rede nacional o terrorista que vinha fazendo uma série de ataques e denúncias contra o Estados Unidos.
_ Café preto, sem açúcar e sem graça! - Ela se aproximou para deixar o meu café com uma falsa alegria. - Bom dia!
_ Bom dia. Está tudo bem?
_ Claro! – Ela sorriu - O que temos para hoje?(s/n) foi direto para o computador onde ficou por umas três horas sem dizer uma palavra sequer. Eu trabalhava em um projeto individual, mas era inevitável olhá-la vez ou outra, garantindo a mim mesmo que era apenas para verificar se estava tudo bem. Entre as indagações de meu cérebro inquieto, cheguei a me assustar quando a vi levantar-se e sair às pressas do laboratório, chorando. Não me contive e quando dei por mim já estava refazendo seus passos até a cobertura.
_Ei, o que, houve? – Perguntei enquanto me aproximava de sua figura olhando o horizonte.
_ Desculpa Bruce, não queria te preocupar. Mas é que...As palavras faltaram e a corrente de ar gélida do terraço não contribuiu em nada com a sua explicação.
_ Você está... preocupada com o Tony? – Lagrimas voltaram a cair por seu rosto já húmido, eu a abracei mesmo tendo dúvidas de deveria.
_ Desculpa... Eu fui aconselhada a não estimular nenhum sentimento seu, eu só não sei como reagir, ou como te contar... – Ela disse com a voz trêmula e fraca ao pé do meu ouvido.
_ Apenas seja sincera.
_ O Tony morreu.Eu nunca perdi um amigo e a sensação era semelhante a perder uma parte de mim mesmo, um vazio se abriu no meu peito e eu só conseguia pensar o quanto eu amava aquele homem insuportável, e se eu já me sentia assim, ela devia estar totalmente quebrada.
_ Eu sinto muito... É visível o quanto vocês se gostavam.
_ Como assim? - (s/n) se afastou para me olhar.
_ Você não é apaixonada por ele?
_ Não, é claro que não, ele era meu melhor amigo!Ela se afastou ainda mais, claramente se sentindo ofendida, e me lançou um olhar inconformado antes de sair com a desculpa de precisar ligar para Happy.
Os dias seguintes foram de recesso, as festas de fim de ano chegaram e eu ainda não tinha arrumado coragem ou uma oportunidade de me desculpar, ao menos até a festa de Ano Novo na Torre, onde próprio Stark pode nos contar como é estar morto. Foi a segunda vez que vi esse filho da mãe escapar da morte em um curto período de tempo e lá estava ele, feliz e sorridente festejando, e ao seu lado a mulher que por dias não tirei da cabeça.
O vestido branco típico da festa lhe vestia muito bem, marcando cada curva do seu corpo e ressaltando ainda mais o seu belo sorriso, que não se intimidava na presença dos heróis. (s/n) me hipnotizava, e assim me peguei parado e mais uma vez pensava nela e em como a perdi antes mesmo de tê-la.
_ Bruce, a música está muito alta? Tem algo te incomodando? - Natasha se aproximou cuidadosa.
_ Ah, oi Nat! Eu estou bem. Só um pouco distante hoje.
_ E tem algum motivo especial?
_ Na verdade, sim. – Indiquei a direção de (s/n) com a cabeça. - Eu estraguei qualquer chance que tinha.
_ Hum... - Ela sorriu sugestivamente. - Você já falou o que sente para ela?
_ Não, mas...
_ Então não acabou com todas as chances! – Romanoff me interrompeu.Tony veio até nós logo em seguida, carregando um sorriso fácil, uma voz emaranhada e uma bebida, é claro.
_ Olha, eu não dava nada para o Martine do Rogers, mas já estou no sétimo! - Tony nos surpreendeu apoiando o braço esquerdo por trás das minhas costas enquanto ria sem motivo nenhum. - Natasha querida, não quer ir pegar um para o verdinho aqui enquanto a gente bota o papo em dia?
_ É claro. - Ela revirou os olhos enquanto se retirava.Tony então me conduziu até a varanda, onde o som era mais fraco e podíamos conversar. Estranhamente seu semblante de bêbado alegre mudou e ele parecia querer ter um papo sério.
_ E aí, cara? como está depois de acusar a minha melhor amiga de ser apaixonada por mim, que até então estava comprometido e morto?
_ Você não está bêbado.
_ É, e o Martini do Rogers é horrível. Mas que tal não fugir do assunto? - Eu o encarei boquiaberto sem saber o que dizer. - Eu não estou te julgando, ok?
_ Vocês se conhecem há muito tempo, e...
_ Quando você começou a gostar dela achou que seria mais fácil ignorar o que sentia se achasse que ela gostava de outra pessoa?
_ Eu dei tão na cara assim?
_ Não, você fingiu bem, mas eu te conheço.
_ Eu fico culpando o Hulk por me afastar das pessoas, mas acho que tem mais a ver comigo do que com ele agora. Estou com medo de não ser correspondido.
_ Bruce, amigo. - Tony apertou meu ombro em compreensão. - Não é para mim que ela traz café todos os dias!Tony podia estar errado, é claro, mas ele estava incrivelmente certo sobre mim e julguei que estatisticamente ele também poderia estar sobre ela, principalmente considerando que se conheciam a mais tempo.
_ Eu acho que tenho que ir...
_ Esse é o meu garoto!Naquela noite, quando reuni forças e calei meus medos, foi como se ninguém pudesse me abalar. Com uma confiança que nunca ates vi em mim, fui até ela.
_ Bruce, a contagem já vai começar.
_ É, eu sei, mas não posso adiar essa conversa, não mais do que já fiz.
_ Eu sei que não foi por mal, já te perdoei.
_ Você sabe que não é sobre isso. – Repliquei de forma firme e segurei suas mãos. - Eu tenho tantos medos, tantos que você nunca imaginaria que existem... Inventei desculpas e mais desculpas na tentativa de não me apaixonar por você, mas não funcionou. Não sei o que vai ser a partir de agora, mas eu precisava que soubesse.Um silêncio constrangedor pairou sobre nós por um momento e eu já estava me arrependendo amargamente de ter aberto a boca.
_ O que você disse não foi uma pergunta, você quer que eu diga algo?
_ Se n-não for pedir muito.
_ Ok... eu vou te dizer uma coisa.O beijo que ela me deu não demorou para ser correspondido. E ali, enquanto os fogos iluminavam o céu e as pessoas desejavam umas às outras um "feliz ano novo", nós estávamos comemorando a data da melhor maneira possível. O próximo ano seria cheio de desafios, mas eu já tinha meu amuleto, e com ela superaria qualquer medo.
==FIM==
Até a próxima!
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Marvel Imagines
Fiksi PenggemarBora se iludir, porque sonhar ainda é de graça! Encerro as atividades desta coletânea de fanfics de uma adolescente que necessitava de uma ocupação, na certeza de que há muitos erros aqui os quais ainda vou me envergonhar, mas convicta e esperançosa...