Capítulo 05

1.3K 154 39
                                    

Hey meus amores
Tudo bem com vocês?
Espero que esteja
Então tem um momento pesado nesse capítulo eu vou avisar antes para quem tiver algum transtorno psicológico esteja ciente. Como vocês sabem depois de tudo que aconteceu a Lexa tem depressão e ansiedade e tem momentos que ela irá ter crises. Quem precisar conversar comigo por causa de qualquer assunto relacionado a isso estarei aqui sempre.
Espero que gostem

Boa leitura

Tinha saído do quarto de Clarke pouco mais de meia hora depois, ela dormiu em meus braços e eu pedi ajuda para a enfermeira para a deitar. Fui para a lanchonete e comi alguma coisa com meus amigos, eles reclamando que eu estava comendo pouco.

Meu pager tocou ao mesmo tempo que o de Octavia nos olhamos.

- Clarke. - Falou já levantando.

Me levantei junto a ela e fomos para o terceiro andar onde a loira estava. Pegamos o elevador e subimos.

- Griffin acho melhor ser algo importante. - Falou a morena ao meu lado.

- Cala a boca Oc. - Falou a loira. - Minha deusa, estava com saudades de ouvir seu coração.

Octavia tossiu e olhou da loira para mim várias vezes antes de falar.

- Isso está ficando interessante. - Riu.

- O que houve? Está com alguma dor? - Perguntei a mulher a cama.

- Não, não. É que eu queria saber dos meus primos, por isso mandei chamar Octavia. - Falou. - E queria que você viesse ficar comigo até eles chegarem.

- Certo, a Lexa não irá ficar aqui. - Falou a morena fazendo eu e a loira a olhar sem entender.

- Por que? - Perguntou Clarke. - Deixa ela esperar Finn e Cóstia comigo. - Tossi. Dando passos para trás. Não pode ser, tenho que sair daqui. - Deusa, você está pálida o que houve? - Ouvi a loira falar.

AVISO* NÃO LEIA CASO TENHA ALGUM PROBLEMA DE TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS, A CENA PODE SERVIR DE GATILHOS. SÓ LEIA SE VOCÊ TIVER PLENA CERTEZA DE QUE NADA IRÁ TE AFETAR, É POR SUA CONTA E RISCO.

Sentia meu coração bater tão acelerado que parecia que as batidas ecoavam diretamente em meus ouvidos. Minhas mãos estavam suadas e eu sentia minha respiração ficar cada vez mais falha. Respirava fundo, tentando controlar minha respiração, mas não conseguia.

O ar começou a faltar, meu coração acelerou e o quarto começou a girar, minha vista escureceu e eu não sabia como respirar. Tremia e suava frio, o coração acelerado parecendo que eu tinha corrido uma maratona. Fechei meus olhos com força para não desmaiar e fixei meu peso nas pernas me encostando no batente da porta. Estava sufocando, parecia que estava prestes a ter um enfarto. Senti mãos em minhas costas me aparando. Subia e descia devagar, me acalmando. Logo a voz calma de Octavia se fez presente novamente.

- Calma. Respira Lex. - Falou Octavia. - Vamos contar até dez, comigo. - Respirei e inspirei. - Um... - De novo. - Dois... - De novo. - Três... - E assim sucessivamente. - Clarke eu vou levar Lexa pra se deitar, ela precisa e vou chamar seus primos. - Falou e pegou a minha mão me olhando pedindo permissão. - Calma, agora vai ficar tudo bem, eu vou bipar Maia para ficar com você enquanto eu vou chamar aqueles filhos de uma p*.

Me levou até um quarto de plantão e esperou até Maia chegar. Quando ela chegou contou tudo que aconteceu e saiu dizendo que precisava lidar com aquilo, logo a porta se fechou e Maia veio até mim, me deitou em seu colo e eu só sabia chorar. Soluçava cada vez mais e mais alto enquanto minha amiga tentava em vão me acalmar.

Ficamos assim não sei quanto tempo. Ela mexendo em meus cabelos enquanto eu me acalmava. Fui ficando caindo gradualmente no sono com ela fazendo carinho nos meus cabelos, não sei em qual momento, tentando em vão não chorar pelo que acabou de acontecer.

Acordei e olhei em volta e estava sozinha. Uma dor incomoda no pé da barriga, o quarto estava a meia luz, toquei meu ventre não sentindo nenhum chute ali, ele está calmo hoje como se soubesse que não era o momento, senti minha calça molhada olhei para baixo encontrando uma mancha escura, levantei devagar por conta da dor que estava ficando mais forte. Quando me levantei e olhei para cama ela estava com uma mancha escura também, sangue.

Eu estava suja de sangue. O desespero tomou conta de todo o meu corpo me fazendo suar frio, o ar começou a faltar. Fui devagar até a escrivaninha, pegando o telefone e ligando para o posto das enfermeiras. Mandei bipar Maia, Lincoln e Octavia.

Em menos de cinco minutos eles estavam lá, Maia ao meu lado falava que tudo iria ficar bem, pediram uma maca e mandaram  bipar o ginecologista obstetra em 911 fechei meus olhos sentindo as lágrimas molhar meu rosto, a dor cada vez mais forte.

Me levaram até o elevador, e logo estavam arrastando a maca eu abri os olhos vendo que estava na ginecologia. Entraram na sala a médica já estava lá me esperando.

- Ei mamãe, eu preciso que você respire fundo. - Mostrou como devia ser feito e eu ia fazendo. - Agora eu vou fazer o ultrassom em você. - Assenti. - De quantas semanas está?

- 18 semanas e 5 dias. - Maia falou.

- Certo, obrigada. - Sorriu, passou a mão pelo meu braço. - Agora eu vou passar esse gel em você, é um pouco gelado. - Ela passou o gel e logo estava colocando o aparelho sob a minha barriga. - Aqui está a cabecinha, aqui os bracinhos e aqui as perninhas. - Mostrou tudo devagar. - Quando foi a última vez que fez a ultrassom?

- Ela não tinha feito ainda. - Falou Maia novamente.

- Não deveria ter esperado tanto. - Deu um sermão. - Certo, agora vamos ouvir o coração. - Quando ela ligou o aparelho, a sala ficou num silêncio. Só se ouvia o som cada vez mais alto do coração dele, batiam rápidos e ritmados. Limpei as lágrimas que teimavam descer, estava tudo bem. Tudo iria ficar bem. - Já dá para ver o sexo, vocês querem saber? - Olhou para mim e depois para meus amigos.

- Dê a minha amiga Maia por favor. - Falei a voz quase não saia. Maia pegou o envelope que continha o sexo. - Obrigada. Está tudo bem?

- Está sim, o sangramento foi devido algum stress emocional que você teve. Vou te receitar as vitaminas que você precisa tomar e quero você aqui a cada 15 dias até eu disser que você não corre nenhum risco. Vou fazer um atestado de dois dias para você descansar em casa, eu sei que você é uma interna mas precisa pensar no seu bebê.

Depois que ela me receitou todos os medicamentos e vitaminas e mandou eu descansar e ir para casa fui falar com a Dra. Grey e entregar o atestado ao chefe. Ele disse que estava tudo bem, e me mandou para casa. Liguei para minha mãe e contei a ela o aconteceu e disse que estava indo com Maia para casa, já que o turno da mesma tinha acabado. Cheguei em casa e me deitei no sofá esperando por minha mãe logo ela chegou e me encheu de perguntas e mais perguntas.

Ela me preparou uma sopa verde. Ficou o tempo todo comigo e com Maia assistindo filmes, no final da tarde pedi para Maia ligar para nossos amigos, e dizer para Lincoln e Octavia virem direto do hospital para casa, minha mãe ligou para Anya como eu pedi.

Quando a noite chegou que Marny e todos estavam em casa pedi para senterem ali na sala todos ficaram em volta de mim esperando pelo que eu queria contar.

- O medo que senti hoje de perder esse bebê foi tão grande. - Falei, todos me olhavam com meio sorrisos. - Me fez notar que eu já sinto algo muito grande por ele. - Pausei e olhei para minha mãe. - Eu já o amo, e só a possibilidade de o perder me assusta. - Falei olhando pra ela e sentindo as lágrimas descer dos meus olhos iguais aos dela. - E me imaginar entregando esse bebê a outra pessoa não é fácil, eu sei que vai ser difícil, vão haver muitas barreiras, eu vou ter que lidar com a ansiedade depois do que aconteceu. - Todos me olhavam em compreensão e já entendiam. - Mas eu vou ficar com ele.

- Nós sabemos que será difícil, mas você tem a todos nós. - Minha mãe falou e se levantou me abraçando. - Seu pai teria muito orgulho de você minha filha, por que eu estou muito orgulhosa.

- Lee, estaremos sempre aqui. - Falou minha melhor amiga Marny. - Todos nós.

Errors and hits (Clexa Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora