Capítulo 22

715 81 10
                                    

As malas já estavam prontas e eles já estavam ali esperando Clarke pegar a chave do carro para irem ao aeroporto, os olhos estavam cabisbaixos e a loira sabia o por que que estavam assim, iriam pegar o avião para casa, Los Angeles não era lar, nunca foi nem para ela e muito menos para os dois adolescentes dentro do carro, a casa dos Griffin's era um martírio, mas ela não podia fazer nada, eles são menores de idade, ela não poderia simplesmente ficar com eles ali em Seattle, olhava pelo retrovisor a expressão dos dois e seu coração apertou com tamanha tristeza, o carro estava em um silêncio constrangedor, nem parecia o mesmo de uma semana atrás que voltavam de um dos lugares que mais amaram na cidade, a Marina.

A loira optou por ligar o som do carro pra tirar um pouco aquele clima de funeral que tinha se instalado, chegaram ao aeroporto faltando pouco menos de uma hora para o vôo até LA e sentaram em uma das cadeiras de plástico do mesmo, depois de uns quarenta minutos se despediram, Clarke dizendo que logo iria os buscar para passar o final de semana com ela e eles não esperando a hora de voltar.

A loira se despediu dos irmãos e esperou o avião decolar para ir embora pra casa, depois que o avião dos gêmeos decolou ela foi para o estacionamento do aeroporto pegando seu carro e indo para casa.

Clarke chegou em casa e sentiu o vazio que a mesma estava, o único som que podia se ouvir eram os dos seus passos pelas escadas, já estava sentindo falta dos irmãos, até mesmo das brincadeiras que os dois faziam com ela, riu sozinha já sentindo falta das risadas e das brigas que os dois tinham.

Subiu as escadas e foi para seu quarto preparou a banheira e a encheu de sabão para fazer espuma, saiu do banheiro e foi para o closet pegando só uma calcinha e uma camisa grande, voltou e entrou na banheira deixando seu corpo coberto pela espuma branca que enchia a banheira.

Fechou seus olhos e se deixou adormecer na água morna.

Levantou com a cabeça leve, se secou e vestiu a peça de roupa que pegou, deitou em sua cama querendo descansar um pouco.

(...)

Lexa estava em um dia corrido de trabalho e só queria voltar para casa e ficar com Madi agarrada assistindo alguma filme que a pequena escolhesse.

Já tinha mais de dez horas que estava no hospital e já perdia as contas de quantas consultas tinha feito só naquela manhã, e por mais longa que parecesse poderia piorar.

O tempo em janeiro em Seattle contribuía para o PS lotado, com o clima nublado e vários dias de chuvas e caminhos de neve por toda a cidade, qualquer um engraçadinho que aumentasse a velocidade um pouco poderia sofrer um acidente e lotar as emergências dos hospitais.

A médica estava com o quarto copo de café na mão e sabia que por aquele dia seriam bem mais que viriam pela frente, seu page tocou e ela saiu as pressas pelo hospital, passando por todos na maior velocidade.

Chegou a emergência que estava um caos e foi de encontro a quem te chamava depois de avaliar dois pacientes e dizer que quando fosse a hora dela entrar para a sala  a chamassem mas antes de sair dali foi chamada por Meredith e foi de encontro a loira.

- Ele sofreu uma contusão.

- Traumatismo cranioencefálico. - Lexa falou e a outra médica assentiu. - Está indo para a sala?

- Sim, você vem comigo.

Saíram às pressas com o paciente entrando no elevador e apertando o botão que levava para as salas de cirurgia, chegando lá as enfermeiras começaram os procedimentos com o paciente e as médicas foram se lavar para a cirurgia.

(...)

Lexa estava a mais de três horas na sala de cirurgia, depois da retirada do osso quebrado da cabeça do paciente a médica preparou o homem para uma descompressão do cérebro, o inchaço crescente na cabeça do mesmo e os coágulos que se formavam na parte da pancada.

Depois de remover todos os coágulos e aliviar a pressão intracraniana Lexa ajudou a doutora com o pulmão e rim do homem que tinham se estendido e levando o mesmo a ter uma hemorragia interna.

(...)

Clarke foi até a casa de Lilith buscar Madi, queria a levar para um passeio estava cansada de ficar em casa então ligou para mãe de Lexa, sabendo que a morena estava em plantão no hospital e foi a casa da mulher, depois de chegar a casa da mulher pegou Madi e Kal-el pegou a cadeirinha que ficava ali e instalou no carro, logo colocando a menina no carro e indo passear em um dos parquinhos que ficava por ali próximo.

Saiu do carro e tirou a pequena que correu pela grama toda feliz com Kal-el o cachorro que já estava quase do tamanho dela, Madi corria atrás do cachorro que latia para a sua dona chamando a atenção de várias crianças que estavam por ali.

A menina subiu em um balanço sorrindo por ter uma amiga ali no parque, Clarke prestava toda atenção a interação das duas, a mãe da menina estava sentada no banco ao lado do que ela estava e ria com sua filha brincando com a menina.

Foram para a casinha que tinha ali e começaram a escorregar, Madi se escondia e depois voltava chamando Clarke e ela sorria para a menina, Madi escorregou mais uma vez, e depois foi junto a amiga para a gangorra e as duas riam juntas uma levantando e a outra descendo.

Foram novamente para a casinha e começaram  a escalar a rede, a menina que estava com Madi sendo maior já estava quase chegando ao fim enquanto a pequena estava no meio para chegar até o topo, ouviu seu celular tocar e o pegou tirando do bolso da calça olhando o que era, leu a mensagem que Abby tinha mandado  mas logo desviou seu olhar para os gritos de crianças e de mães apavoradas, se levantou olhando para a casinha e vendo várias mães e crianças ali olhando algo no chão, correu procurando por Madi com o olhar e não vendo sinal da menina a amiguinha de Madi chorava e a mãe dela olhava para Clarke enquanto a abraçava, seu coração apertou e ela correu para o aglomerado de pais e de crianças assustados.

Seus olhos marejaram e as lágrimas desciam cada vez mais rápido, quis gritar mas sua voz não saía, ajoelhou ao lado da menina sem nem acreditar no que estava presenciando, viu sangue saindo do seu nariz e cabeça e se praguejou por desviar seu olhar de Madi, ouviu sons de ambulância e logo viu paramédicos chegando.

- Com licença, precisamos fazer nosso trabalho. - O homem falou e ela se levantou assentindo.

Colocaram Madi na prancha e uma dos paramédicos perguntou quem era o responsável pela menina, levantou a mão e olhou ao redor procurando por Kal-el o cachorro veio latindo até ela.

- E-eu... ela estava comigo. - Falava chorando para a moça.  - A mãe dela trabalha no Seattle Grace.

A mulher assentiu e ela pediu ajuda a alguém com o cachorro ligando para a primeira pessoa que veio a sua mente para ir buscar o animal ali, entrou na ambulância junto a Madi e segurou a mãozinha da menina clamando para qualquer Deus que ela ficasse bem.

Errors and hits (Clexa Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora