Capítulo 35

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Quinto mês

Clarke estava deitada no sofá quando Lexa chegou em casa, a morena sorriu quando notou a loira deitada ao sofá.

À médica subiu as escadas devagar para não fazer barulho, indo para o quarto entrando no closet e trocando a roupa por uma confortável, passou pelo corredor e parou na closet de casacos e roupas de cama e banho pegando uma coberta para a loira, sabia como Clarke não estava dormindo bem nos últimos dias, reclamando de como não conseguia encontrar uma posição confortável para dormir com o tamanho da barriga.

Lexa sabia como era ruim mas para ela já foi nos últimos meses de gestação, a loira já vinha tendo as faltas de ar e o cansaço desde muito cedo e a médica estava cada vez mais preocupada.

Clarke tinha se afastado da escola a mais ou menos um mês o que para Lexa era bem melhor, a morena tinha medo do que poderia acontecer com ela, sua mãe já estava praticamente morando ali, depois que Clarke se afastou da escola por ordens médicas Lilith foi para casa das duas mulheres para as ajudar com Madi e com o que a loira precisasse.

(...)

Point off view Clarke

Corria tudo bem, durante essas vinte e duas semanas de gestação, mesmo com todas as dores na lombar, a falta de ar por conta do peso da barriga e como era difícil encontrar um lugar para dormir a noite por conta da barriga.

Era mais um pré natal de rotina, a cada quinze dias eu voltava no hospital para ver como estava e até ali nada realmente preocupante tinha acontecido.

Eu já estava na sala da médica esperando ela e Lexa chegarem para mais uma consulta, como de costume.

O exame consiste em escutar os bebês e medir o colo uterino, como as outras vezes que já estive ali.

À médica abriu a porta e me sorriu, caminhou devagar até o outro lado da mesa ficando de frente para mim na cadeira que eu estava sentada desde o momento que cheguei, sentou em sua cadeira.

- Boa tarde Clarke. - Falou a loira. - Como estão esses bebês? Mexendo muito?

- Boa tarde. - Sorri para ela. - De vez em quando eu sinto alguma coisa, eles mexem mais quando Lexa conversa com eles.

- Muito bom, estímulo auditivo é muito bom para eles conhecerem vocês.

- Lexa ainda não chegou o que estranhei. - Falei para ela. - Já mandei biparem ela tem uns dez minutos.

- Desculpa te contar assim mas acho que a Lexa não vai poder vim. - Falou ela com um semblante sério. - Houve um acidente dos grandes e precisamos de todas as mãos disponíveis.

- Oh meu Deus. - Falei. - Mas está tudo bem? - Ela assentiu falando que sim e eu me deitei na maca ao lado da cadeira que eu estava.

Ela passou o gel sobre a minha barriga já redonda e ligou a pequena TV eu prestava atenção a tudo que ela fazia, mostrando cada um dos bebês, ouvi seus corações, quando ela foi medi o colo uterino vi sua face mudar e seu olhar parecer preocupado.

- Está tudo bem? - Perguntei estranhando seu comportamento. - Dra. Knox está tudo bem?

- Clarke, seu colo uterino nesses últimos sete dias que você esteve aqui diminuiu pela metade. - Ela falava com calma. - Nós precisamos fazer uma cerclagem em você (cirurgia que "costura" o útero), seguida de internação.

- Eu vou ficar internada? - Perguntei já preocupada. - Eles correm algum risco?

- Se não fizermos agora pode ocorrer um aborto espontâneo. - Falou. - Mas nós faremos a cerclagem e você e eles vão ficar bem.

- Mas quanto tempo eu vou ficar aqui?

- Agora você só sai daqui com seus bebês nos braços.

- O QUE? - Gritei. - Você está brincando, eu estou de 22 semanas de gestação eu vou ficar aqui até eles nascerem?

- Isso. - Me sorriu tentando passar calma. - Espere um momento aqui, vou chamar um interno para te preparar pra cirurgia.

- Eu quero ver a Lexa, por favor. - Ela assentiu e saiu dizendo que logo nos veríamos.

Não sei quanto tempo tinha passado, minha cabeça estava a mil, pensava no quarto deles, no enxoval, em tudo que tinha que fazer da escola, quando ouvi a porta da sala ser aberta e Lexa passar correndo por ela e pegar a minha mão quando chegou a maca.

- Meu amor. - Falou e beijou minha mão. - Vai ficar tudo bem ok? Eu vou estar o tempo todo aqui.

- Babe preciso que você ligue para sua mãe. - Falei para ela. - Pegue algumas roupas minhas, sandálias, roupas de banho e cobertas, peça para fazer uma mala para mim e outra pequena para você e para a Madi que eu sei que vocês vão querer ficar aqui.

- É claro, Madi não pode ficar mas eu vou ficar aqui com você. - Me deu outro beijo.

- O quarto deles? - Perguntei com os olhos já marejados. - Nós não compramos nada, não fizemos o enxoval.

- Eu vou fazer tudo, não se preocupe. - Ela falou. - Vou deixar tudo pronto para a chegada deles.

- Eu já disse que te amo hoje? - Ela riu.

- Essa frase é minha. - Falou sorrindo. - Já sim, e eu te amo.

- Eu te amo muito.

(...)

Narrador

Os dias dentro do hospital passavam para Clarke cada dia mais devagar, ficar o dia todo deitada em cima da cama de um hospital sem fazer nada não era bom, ela gostava quando Madi chegava com alguns dos primos e a professora brincava ou fazia alguma coisa com as crianças, ela também se divertia quando seus amigos que trabalhavam ali passavam para ver como ela estava, mas Clarke se sentia cansada, sentia falta da sua cama e ainda mais de dormir ao lado de Lexa.

Mesmo com tudo que vinha acontecendo ela estava bem, e sempre tinha alguém com ela, se não fosse a sua sogra ou seus irmãos, amigos, Madi e as crianças, Lexa sempre estava ali para ela, a médica dormia todas as noites no hospital para ficar ao seu lado.

Ela se concentrava para fazer tudo certo e seus bebês chegarem saudáveis.

À ordem era repouso absoluto, nas primeiras semanas a loira se viu a ponto de perder a cabeça, sem poder levantar, nem mesmo para tomar banho, o banho era ali mesmo na cama de hospital dado por as enfermeiras.

Mas manteve seu foco em fazer de tudo para o bem dos seus bebês, começando a estabelecer metas.

À primeira era chegar a 24 semanas. Foram as mais fáceis por todos estarem sempre ali com ela. Depois, as 27 com os médicos achando que só por um milagre. Mas ela conseguiu, e todos se surpreenderam com a força que ela estava tendo. Quando a 30 semana chegou todos estavam surpreendidos por ela ter conseguido chegar até ali.

(...)

Quando a 32 semana de gestação chegou Clarke já estava acostumada ao hospital, por mais que sua vontade era de voltar logo para casa ela entendia que tinha que ficar ali para o bem da sua saúde e a dos seus bebês.

À loira estava deitada a cama de hospital olhando para a TV quando ouviu a porta ser aberta e Lexa entrar por ela junto a Madi e Lilith, logo viu o rosto tão conhecido da doutora Knox e sorriu.

Madi sentou ao seu lado na cama e ela pegou a sua mão a beijando.

- Mama está tudo bem? - Madi perguntou apertando sua mão. - Quero você em casa logo.

- Estamos bem meu amor, logo eu e seus irmãos estaremos em casa. - Sorriu para a menina. - Eu amei o que você e a mummy fizeram no quarto deles.

- Eu vou poder ajudar com eles mama? - Perguntou a menina alisando barriga da loira. - Eu já sou grande e quero ajudar como a Mia ajuda com as meninas, até eu já ajudei com elas.

- É claro que você vai poder ajudar a cuidar deles meu amor, mas só quando eles estiverem grandes iguais às meninas, eles serão pequeninos quando nascerem, você entende?

- Sim mama, eu vou esperar. - Falou sorridente.

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