Capítulo 02

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2 semanas depois

Me levantei atrasada o cansaço e toda a dor no corpo de passar 48 horas de plantão, sai da cama e fui tomar banho. Voltei do banheiro para o quarto indo até meu pequeno closet vestindo apenas uma calcinha e uma blusa passo pelo grande espelho na parede do closet e noto a pequena protuberância no meu ventre, levanto a blusa e noto que mesmo que pequena a barriga já está aparecendo. Acaricio aquela região do meu ventre e vejo como esta durinho sinto o pequeno caroço que tem ali, saio do meu devaneio e vou me trocar colocando uma calça jeans e uma blusa larga e de manga cumprida, vou para a cozinha encontrando meus amigos tomando café, Octavia estava ali como quase em todos os dias após a saída com o Lincoln, tomo um suco rápido e chamo eles para irmos senão nos atrasariamos mais do que já estamos atrasos.

Depois de fazermos as rondas Lexie nos falou com quais médicos iríamos ficar eu e Octavia ficamos com a Dra. Arizona Robins, cirurgiã pediatra. Subimos para  pediatria, passando pelo posto das enfermeiras e perguntando onde ela estava e a mesma dizendo que no quarto 307 fomos para o quarto encontrando ela toda alegre brincando com uma menininha.

- Bom dia. - Falou ela. - Sou a Dra. Arizona Robins, vocês são?

- Lexa Woodson. - A cumprimentei.

- Octavia Blake.

- Blake, da Blake's company que produzem cobertores hospitalares? E ajuda crianças na África? - Perguntou a médica. - Woodson. É do neurocirurgião pediátrico Dr. August Woodson?

- Sim, Blake da Blake's company. - Respondeu Octavia sorrindo de canto.

- Sim, ele era meu pai. - Falei sorrindo forçado a lembrança dele me trazia grandes alegrias mas só de lembrar que ele partiu a tristeza voltava. - Fico feliz que o conheça.

- O conhecia? - Perguntou em descrença. - Sou grande fã do trabalho do seu pai, três Harper Avery não é pra qualquer um não. - sorri verdadeiramente, meu pai foi minha grande inspiração para cursar medicina, e é minha grande inspiração de vida. Ele ficou tão orgulhoso quando soube que fui aceita na Colúmbia University, nós festajamos tanto, mas um ano e meio depois num acidente de carro ele veio a falecer. - Ele deve estar muito orgulhoso de você onde quer que esteja. Sinto muito por tudo que aconteceu com ele.

- Obrigada. - Sorri. - Espero que ele esteja.

Ela assentiu falando baixinho que ela tinha certeza que ele estava orgulhoso entramos no quarto novamente e ela nos apresentou a garotinha chamada Allice e a sua mãe Kathryn e nos fez apresentar o caso da pequena. Nos mandou preparar a menina e saiu dizendo que iria ver alguns pós operatórios e logo estaria na sala de cirurgia.

Umas duas horas depois quando estávamos na cirurgia nossos pagers foram tocados e uma das enfermeiras o pegou olhando para então depois falar.

- Dra. Blake e Dra. Woodson estão chamado na emergência 911. - Olhei para Arizona e depois para Octavia que estava ao meu lado.

- Podem ir. - Arizona falou. - Já estou quase terminando aqui.

Assentimos e saímos dali indo lavar nossas mãos e depois corremos pelos corredores do hospital, descemos de elevador e fomos para emergência, chegando lá falamos com Dra. Grey e ela nos  designou os casos.

- Woodson vá para maca 13 tem uma menina lá, grávida, estava no acidente. Com hemorragia e fortes dores.

Fui para maca e dei bom dia, perguntei o que ela estava sentindo, ela me explicou que estava com dores fortes no ventre, e que na hora do acidente seu bebê estava agitado e agora estava quieto. Fiz os exames de toque e depois pedi uma ultrassom. Logo a enfermeira veio com uma, passei o gel e comecei a fazer a ultrassom, passava o aparelho pelo abdômen da mulher, o coração dela começou a acelerar e o aparelho apitar rápido.

- Quero uma injeção de epinefrina. -  Falei e ela saiu correndo para pegar, baixei a maca e comecei com a massagem cardíaca. - Page Cardio e a Dra. Bailey imediatamente.

Elas chegaram e começaram a me pedir as coisas fui fazendo o que fui mandada e logo estávamos correndo pelo hospital. Pegamos o elevador e fomos para a sala de cirurgia, no minuto que chegamos lá ela teve novamente uma parada cardíaca e faleceu.

- Declare. - A Dra. Yang falou olhando pra mim.

- Hora da morte 11:36.

Meu primeiro paciente a morrer, uma mulher grávida. Sem notar passei a mão pela barriga sentindo a pequena protuberância ali e logo retirei, fui para um quarto de plantonista e me deitei na cama, uns minutos após Maia apareceu e subiu a pequena escada da beliche e se deitou também.

- Hoje está sendo um dia e tanto. - Quebrou o silêncio.

- Perdi a minha primeira paciente hoje.

Ela virou para baixo olhando para mim esperando eu falar.

- Ela estava grávida, 6 meses.

- Oh Lee, sinto muito.

- Não sinta, acontece. - Fiz uma pausa. - Mai, você iria comigo num advogado de adoção?

O silêncio voltou a reinar por cerca de dez minutos e eu até pensei que ela estava dormindo quando sua voz doce voltou a reinar no pequeno quarto.

- Você vai o dar para a adoção? - Falou calma.

- Sim, é o melhor. - e era, não poderia ficar com esse bebê. - Não posso, me lembraria o que aconteceu. Então o melhor é dá-lo para alguém que vai o amar.

- Estarei ao seu lado o tempo todo.

Ficamos ali por cerca de uma hora quando novamente fomos chamadas para cirurgia. Assisti uma craniotomia do Dr. Shepherd que foi bem sucedida e o menino, um adolescente de 16 anos, acordou bem. Quando estava saindo, todos resolveram ir para o bar do Joe, chegando lá todos pegam suas bebidas e eu opto por uma água com limão. Murphy logo se sentou ao meu lado e pediu uma bebida.

- Uma tequila para  a moça aqui. - Falou apontando pra mim.

- Não, obrigada.

- Não vai discutir, vai beber sim. - Falou firme.

- Não vou beber Murphy.

- Murphy, sai daí, se ela disse que não vai beber ela não vai beber. - Foi Octavia que falou dessa vez. Sentando-se do meu outro lado. Quando ele saiu ela voltou a falar. - Quanto tempo?

- O que? - Perguntei sem entender.

- Quanto tempo de gravidez?

- Não, não.

- Não tente nem mentir Woodson a quase três semanas eu só vivo em sua casa e já percebi.

- Ok. Mas prometa que você não vai contar a ninguém. - Ela fez sinal com os dedos mindinhos os beijando e falando prometo. - 4 meses.

- Então já estava grávida quando começou a residência. - Constatou.

- Sim, mas eu vou dá-lo pra adoção.

- Por que? É um bebê seu, você é a mãe dele.

- Você entenderia se eu te contasse. Mas não quero entrar neste assunto, mexe demais comigo.

Errors and hits (Clexa Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora