7• Pirate Ship

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Havia três dias desde a última simulação e três dias que a mulher não conseguia dormir. Todas as situações recentes martelavam sua mente, o que fazia o ato de dormir se tornar impossível e ficar cada dia menor. Mas isso talvez era só uma das razões de Bella estar inquieta. A maior delas tinha um nome.
Fazia mais de dois dias que não via Steve.
A mulher tentava se conformar que todo aquele incômodo era uma grande besteira e que o homem estava ocupado e que não tinha tempo pra ficar de babá para ela, mas as últimas palavras dele para ela ficava claro que o soldado iria fazer alguma coisa. Ele é Romanoff estavam em missão a mando de Nick Fury. Três dias antes enquanto se concentrava no saco de areia a sua frente da academia, a mulher ouviu uma voz clara e grave na sala ao lado, de quando os dois agentes foram chamados para algum tipo de missão.

"Há mais de 15 reféns a bordo. Precisamos de um comando para ativar a equipe S.T.R.I.K.E. o quão antes. Não sejam amigáveis"

E era óbvio que a mulher reconheceu aquela voz. Fury estava mais perto do que ela imaginava, e a vontade de invadir aquela sala e socar o monitor aonde a imagem do homem se encontrava correu pelas veias de Stanley. Estava claro para ela que o homem não tinha culpa de nenhum acontecimento ao seu redor, mas fora totalmente rude quando a mulher foi atrás das respostas para a morte de seu pai. Ele não foi amigável. Agora, Bella estava frustrada e inquieta demais para se concentrar no treino com Barton, agente que estava impaciente com os devaneios da mulher durante o combate, se dando conta que ainda estava lutando quando uma dor forte se espalhou pelo seu abdômen, devido ao soco nem um pouco suave de Clint.
- Que porra, Barton - a mulher exclamou, colocando a mão na barriga e se concentrando em recuperar o fôlego perdido devido ao golpe do agente. O mesmo, bufou na sua frente, revirando os olhos e pousando as mãos na cintura.
- Apenas um aviso para você estar presente por inteira nos treinos, pirralha - ele ergue as sobrancelhas, se referindo a pura falta de concentração durante todo o treino. Os dois haviam se aproximado muito nesses três dias da ausência de Steve, e, por mais que sejam fogo e gasolina, se entendiam. Barton tinha um péssimo humor e conseguia ser muito irritante, e com Isabella não era diferente. Porém a última coisa que Clint queria era desperdiçar o próprio tempo com a mulher.
- Saudades do Capitão, Stanley? - ele pergunta humorado, recebendo uma careta da mulher de volta como resposta. Era óbvio que Clint havia percebido.
- Ele luta muito melhor do que você e não perde tempo dialogando no meio dos treinos - ela rebate, indo até a sua bolsa e tirando dali uma garrafa d'água, bebendo metade de uma vez.
- Então eu estava certo - os lábios do agente se curvam em um sorriso com uma leve malícia, e Isabella revira os olhos. Odiava quando Barton dava uma de fofoqueiro, e normalmente não tinha muita paciência para isso.
- Suas teorias estariam certas, se não fossem estúpidas - ela responde, guardando a garrafa vazia na mochila e retirando as faixas das suas mãos. - Mas acho que você sabe que eu tenho problemas maiores para lidar. - ela termina, suspirando fundo. O agente foi o primeiro a ser contra aos auxílios que a equipe poderia dar para a mulher pois sabia que aquilo poderia ser uma enrascada. Mas, depois de algumas palavras trocadas com ela e os treinos serem tomados de diálogos de ambos, o agente se sentiu culpado. Sabia que a mulher havia perdido alguém importante. E, se eles podem ajudar, eles com certeza o fariam. O homem apenas assentiu em sua direção, também tirando as faixas de suas mãos e avisando a mulher que poderiam voltar a treinar mais tarde, depois da sua segunda simulação. As palavras do homem ecoaram em sua mente enquanto o mesmo rumava para fora da academia e a deixava sozinha. A mulher não podia negar que se saiu muito bem na sua primeira simulação, mas o que viria pela frente ainda assombrava seus pensamentos. Todas as situações que havia passado dentro daquela Torre ainda eram incógnitas para ela. Se deu conta disso quando uma corrente elétrica percorreu seus braços até a ponta de seus dedos, denunciando o nervosismo que se encontrava. Na primeira simulação, ela não foi um completo desastre por que sabia que havia uma pessoa na sala ao lado mandando toda e qualquer tipo de energia positiva para ela. E, dessa vez, o medo de fracassar tomava seu corpo pela pessoa que não iria estar presente dessa vez.

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