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Que porra eu estou fazendo? Me belisco, na tentativa falha de acordar de  um pesadelo

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Que porra eu estou fazendo? Me belisco, na tentativa falha de acordar de  um pesadelo.
Ajoelho e coloco a mão dentro do bolso do paletó de Jockel. Pego a chave e reabro a porta que ele havia trancado.
Mas dessa vez, algo estava errado.
Os cristais eram negros e a maioria estava quebrada e despedaçada no chão. Tranco a porta novamente e fecho os olhos com força, outra vez falhei em acordar do pesadelo.
Por mais corredores sem saída que tivesse, consegui me encontrar novamente no salão principal.
Em um canto, o noturno Magnus, de dois metros, estava semi nu, com a companhia de noturnas que pareciam fadas feias e nuas. Eu já havia visto coisas horríveis, mas nada superava a cena.
Ao me verem, as fadas feias fugiram e ao chocarem com as paredes, sumiam.
Magnus suspirou e enquanto se cobria com um pedaço de pano, revirava os olhos.
-Obrigada, senhorita. Acabo de perder dois doxtres - doxtres era nada mais que a moeda oficial e valiosa de ambos lados Celestia e Gweneth. Era a chave do capitalismo e consumismo de todos os lugares.
-Lamento pela perda. - Sorri e saio pela porta principal, a qual se abre facilmente.
Passo pelo jardim assustador e pelo céu , que pelos deuses, estava sem gárgulas.

Arrasto com força a grande porta velha e barulhenta, e enfim, eu estava livre. De fato, nunca deixei de estar, eu não era prisioneira, muito menos escrava, se quer conhecida daquele lunático. Eu apenas dependia dele para ter um abrigo fácil.

Que porcaria estou pensando, não dependo de ninguém, muito menos dele. Ele tentou me matar. E aquele ogro que faz o que ele manda, a hora que ele manda. Os noturnos são totalmente influenciáveis, eles obedecessem qualquer um, assim como o Grimm...

Aos poucos minutos de caminhada, avisto um pequeno vilarejo, que para a minha surpresa, era muito mais organizado que os vilarejos de Celestia. Vou me aproximando e, felizmente, lembro que sou uma mortal e que se eu for vista aqui, talvez eu seja devorada, ou sei lá.

Prefiro contorná-lo por trás. Atrás de uma árvore, tiro meu vestido, ficando apenas de roupa íntima. Me sento em um tronco e arranco vários pedaços de pano dele, transformando-os em uma capa, assim passarei despercebida. Ouço passos pelos meus arredores e fico alerta. Eu havia ido embora daquele castelo sem nada, então se tivesse que matar alguém, eu teria de fazer com as próprias mãos.

-BUH!- James surge num pulo. De imediato, dou um soco no seu nariz, o que o faz apalpá-lo com as mãos e resmungar. - Você está louca?

-Louca? Você vai ver a louca. - Puxo a espada dele, que estava em seu cinto de couro. Deixo ele em minha mira, encostando a espada em seu pescoço. - O que está fazendo aqui? Seu pai idiota mandou você vir me matar?

-Eu só vim te ajudar, calma. - Solto uma risada - Você não irá sobreviver aqui, preciso te proteger.

-Por que?

-Eu não sei, são ordens. - Abaixo a espada dele, percebi um tom sincero em sua voz. Ele desce seu olhar ao meu corpo e ergue sua sobrancelha. - Você gosta de ficar seminua.

Caçadora - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora