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-Espera, você foi expulsa da casa que seus pais construíram para você e sua irmã, por um homem? – Grimm diz rindo enquanto caminhávamos

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-Espera, você foi expulsa da casa que seus pais construíram para você e sua irmã, por um homem? – Grimm diz rindo enquanto caminhávamos.

-Quem nunca?

-E por que você abaixou a guarda? Devia ter expulsado eles de lá.

-Eu não ligo para eles. Mas, ela está grávida. Eu temo pelo bebê. – Fico cabisbaixa ao imaginar a criação ruim que esse neném terá. O baixinho me cutuca, falando com uma voz mais irritante que antes.

-Então você é fofa? Cut... cut... – O empurro, rindo.

-Claro que não, gnomo. Eu não sou o tipo de pessoa fofa.

-Eu não sou um gnomo! Eles são rabugentos, eu sou legal. E que tipo de pessoa você é?

-Vai sonhando, baixinho. Eu sou o tipo de pessoa que consegue o que quer sempre porque eu não me importo.

-E como você faz isso? – Era uma questão muito intensa e imersa. Eu simplesmente não me importava. Paro de andar e respiro, para que pensasse melhor.

-Cheguei em uma fase em que eu não tenho mais nada a perder. Talvez seja por causa disso. – Eu tento sorrir após falar isso e infelizmente senti que o gnomo iria tentar me consolar, então observo fumaça, ou seja, chaminé, ou seja, comida.

-Ag...

-Olha!! Chaminé. – O interrompo – comida, anão.

- Minha barriga já está roncando feito madeira velha. – A porta... sorrio sozinha.

Ao chegarmos em um vilarejo pequeno, mas aconchegante, vemos uma taberna um tanto lotada. Entro com Grimm, mas todos estavam bêbados demais para perceberem a presença dele, mas não para a minha. Ao verem uma mulher, mesmo com uma roupa que parecia uma bata enorme e uma capa, olharam como se fosse carne fresca. Dessa vez eu era a presa. Mas eu me auto garanto. Sei que se tentarem encostar um dedo em mim, perderam os outros 19.

Sentamos no balcão e o meu pequeno grande novo amigo pediu vinho, já eu, pedi uma boa dose de Bourbon. Comemos, bebemos e depois consegui um quarto no andar de cima do lugar. Paguei um valor salgado, mas valia a pena.

Havia uma cama para casal e uma para solteiro. Entrei no banheiro e coloquei minha camisola. Ela era preta, transparente, o que deixava meu sutiã a vista, mas eu iria dormir, não era nada inadequado. Ao sair, Grimm já estava roncando feito pedra na sua pequena caminha de solteiro, combinava com ele. O cubro e o posiciono de uma forma que ele não se sinta indisposto ao acordar.

Dou um longo bocejo e decido descer até o bar para que eu pudesse tomar um copo da água. Embora fosse um lugar que velhos imundos frequentassem, era até que limpo o local. Entro atrás do balcão e pego um copo, coloco água e tomo tudo. Por um momento pensei ter cochilado em pé, mas ouvi uma voz me chamar. Era um bêbado, ele estava sentado em uma cadeira no fundo do saguão do lugar. Virei as costas e já estava indo dormir, mas lembrei que eu já fui esse bêbado um dia.

-Já passou da hora de dormir, senhor. – Sentei ao lado dele e ele olhou para mim. Seus olhos eram de um azul puro, rodeado por uma fragrância vermelha, graças ao álcool. Suas bochechas rosadas e sedosas. Cabelo liso e de um castanho claro quase mel. Pude sentir o cheiro dele, apesar da bebida. Era bom.

-Mas eu já estou sonhando. – Ele sorri e acaricia meu rosto. Percebo que seu olhar desce sob meu corpo, observando meus seios, que estavam quase a mostra. – Você é alguma deusa?

-Acho que não. – Falo rindo da situação dele, ele estava passando vergonha. – Por que está bêbado?

-Eu estou cansado demais. É trabalho em cima de trabalho. Hunter, cansado. – Ele faz um bico enorme, pedindo um beijo. Mas desvio o olhar, fingindo não entender.

-Hunter, você trabalha do que?

-Eu trabalho... eu sou Greel. – Meus olhos arregalam e me levanto imediatamente da cadeira. Achei que havia me afastado suficiente, mas não. Ele segurou meu braço e me virou, me deixando colada e de costas para ele.

-Em outra situação, seria bom isso, mas agora, tenho outras coisas para fazer, Hunter. – Dou uma cotovelada em seu abdômen, em seguida consigo me soltar. Subo na cadeira, pulo por cima dele e com as pernas, agarro seu pescoço. Ele perde o equilíbrio e cai. Tento me levantar, mas ele puxa minha perna, me fazendo cair em cima dele. -Você não desiste, não é mesmo? – dou uma risada sarcástica e ele fica ainda mais irritado. Tira uma espécie de frasco do bolso e enfia dentro da minha boca, por mais força que eu fizesse, não pude evitar engolir a espécie de pó. Aos poucos, um escuro ia se prevalecendo e fui perdendo a visão aos poucos. Pude ouvir agitação até e outras pessoas chegando. Perco a consciência por inteira.

Caçadora - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora