Pedro
Hoje começava mais um dia no inferno, as férias tinham acabado e eu teria que voltar para a escola, não que fosse bom ficar em casa, para quem não me conhece eu sou o Pedro Oliveira tenho quinze anos e uma vida de merda, minha mãe separou se do meu pai e foi embora levando a minha irmã com ela, já faz cinco anos que eu não sei nada e o meu pai desde essa altura que enlouqueceu entregou se ao álcool e passou a ser da minha responsabilidade tomar conta da casa, de mim e até dele nos seus piores dias.
Na escola eu tentava passar de despercebido, porém era difícil as minhas roupas já velhas, o meu peso a mais, e o facto de ter boas notas, eram a receita ideal para eles me infernizarem a vida, não tinha amigos vivia sempre isolado, era um mecanismo de defesa para não deixar mais ninguém me magoar.
Entrei naquele corredor, sentia o olhar de todos sobre mim, passo perto da equipa de futebol e logo começam os apelidos nada carinhosos.
Tentei seguir em frente, mas um deles faz me uma rasteira, e escuto as gargalhadas de todos pelo corredor, olhares de pena, porém ninguém com coragem suficiente para me ajudar.
Miguel- Então bichinha não me digas que vais chorar.
Ele era o pior, desde que se mudou no último ano tudo havia piorado ainda mais, achava-se o mais as raparigas corriam atrás dele e dos seus amigos desesperadas por atenção os professores nada diziam perante o seu comportamento, pois o pai doava altas quantias para a escola, por isso continuava sem proteção.
Doía-me o joelho, não sabia se tinha sido da queda de hoje, ou de mais uma surra que o meu pai me deu ontem, fechei me na casa de banho e fiz aquilo que faço sempre como se de alguma forma a dor saísse, coloquei os dedos na boca e deixei o pequeno almoço sair assim como as lágrimas presas na minha garganta.
Saí lavei a cara e voltei de novo a esta vida de merda, só queria que esta fase acabasse, que tivesse logo dezoito anos e saísse de casa para viver a minha vida, mas não era possível por enquanto.
Saio da aula de história e a aflição logo começa aula de educação física a seguir, o meu desejo era faltar, mas assim que eu o fizesse o meu pai seria informando e mais uma surra me era esperada.Entro no balneário felizmente todos já estavam no campo então troquei me rapidamente e fui.
A aula correu de forma tranquila os rapazes estavam mais interessados no futebol e as meninas no volei então fui armas ajudando o professor, quando a aula terminou, todos saíram do pavilhão menos eu fiquei arrumando tudo para mim era ótimo quando chegasse ao balneário todos teriam saído.
Arrumei tudo e entrei para me trocar, e foi quando ele saiu da zona de duche, a água ainda escorria pelo seu corpo já bem desenvolvido para um jovem de dezasseis anos, quase parecia um modelo daqueles de roupa interior.
Miguel- O que tanto olhas bichinha gostas do que vez não é?
Eu não conseguia falar, ele avançou na minha direção a nossa distância foi bem encurtada.
Miguel- Queres ver o que está de baixo da toalha, diz para mim queres? Ninguém nunca saberá.
Pedro- Sim.
Quando dei por mim estava pressionado contra o armário.
Miguel- Achas mesmo que sou da tua laia baleia, da próxima vez que olhares para mim eu te mato.
Eu peguei na minhas coisas e saí a correr da escola recebendo olhares de indignação de todos, não quis pensar nas consequências só não queria ficar ali.
Assim que cheguei a casa, tirei a minha roupa e entrei no duche as lembranças do corpo dele deixaram o meu membro duro, eu não queria sentir isso, pensar em homens gostar de homens, mas era algo mais forte do que eu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Chance Para Amar
RomanceEu sou o Pedro, mas talvez não me conhecam por esse nome, mas sim por estranho, baleia, bichinha ou por tantos outros nomes nada agradáveis de ser chamado. Mas para quem nada sabe sobre mim eu sou Pedro Oliveira um adolescente como tantos outros no...