O Confronto com o meu Pai

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Pedro

Era tão estranho estar de volta na cidade, acho que uma parte de mim achou que nunca mais eu iria voltar, no entanto aqui estou eu novamente, em busca de mais respostas.

Fazia os possíveis para não dar nas vistas usando a Letícia para recolher informações e principalmente vigiar o meu principal suspeito, o meu pai.

A vontade que eu tinha era de entrar na casa dele e acabar com ele com as minhas próprias mãos, porém não podia ter mais sangue nelas, eu não era um assassino.

No entanto algo me deixou cego de raiva, eu estava chegando a casa da Manuela queria saber como ela estava, pois algo me dizia que as coisas estavam complicadas pois ela tinha seguranças a vigiar os seus passos.

E foi nesse momento que o vi Miguel ele estava diferente, maior, mais bronzeado, tentei não pensar nele durante todo este tempo, mas era impossível, e em quanto voltava e pensava em tudo dei por mim a pensar que se naquela noite o tivesse escutado talvez as coisas podiam ter corrido de outra forma, eu acho que mesmo naquele dia eu sabia que ele me amava e que algo não estava correto, porém acredito que eu precisava desse espaço sozinho longe de tudo para crescer mais ainda e deixar aquela sensação de impotência que me percorria para todo o lado.

Fiquei observando eles ao longe a Manuela estava na mesma porém podia ver em seu olhar a tristeza, ela era minha irmã ela cuidava de mim e eu agora percebia isso.

Estava tão pensativo que por momentos esqueci que não estava sozinho no carro.

Letícia- Sentes a falta deles não é?

Pedro- Sim sinto, sabes durante todo este tempo não me permiti sentir isso saudades evitava pensar neles a todo o custo, não sei e agora a única vontade que tenho é de entrar por aquela porta e abraçar eles os dois.

Letícia- E porque não o fazes?

Pedro- Eu não posso é um risco muito grande, eu posso ser preso.

Letícia- Eu já te disse isso não vai acontecer, não a nenhuma busca por ti por homicídio, já te perguntei uma vez e vou perguntar de novo, tens a certeza que mataste aquele homem.

Pedro- Eu acredito que sim, eu tenho a certeza que o coração dele não batia.

Letícia- Seria possível teres te enganado e ele estar vivo.

Pedro- Mas tu procuraste não há sinal dele em lado nenhum.

Letícia- Talvez pensou que a polícia fosse atrás dele por te atacar e ele sumiu.

Pedro- Não sei, não sei.

A nossa conversa é interrompida, pelo grito de Manuela e seguranças a entrar pela casa a dentro.

Letícia- Eu acho que escutei um tiro.
Pedro- Saí do carro e tenta perceber o que aconteceu, eu vou seguir o carro que está prestes a arrancar e nem placa tem.

Ela saltou do carro sem dizer nada e eu segui adiante, quem conduzia o carro era bom, mas não era melhor que eu, a temporada no Algarve fez me bem as corridas de carro tornaram se um passatempo para mim.

Ele enfiou se por uma rua estreita, eu neste momento precisava de manter a distância, descobrir quem ele era.

Vejo o homem a sair da estrada principal, escutava o telemóvel tocar, mas não queria distrair me com nada, continuei seguindo ele durante mais de uma hora até chegar a uma outra cidade, ele para junto a uma casa grande parecia uma mansão, porém já bem velha.

Saí do carro e fiquei observando tentando perceber de quem seria aquela casa.

Entro num mercado que ficava em frente, e resolvo perguntar ao dono de quem seria a casa.

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