Prisão de Maria

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Pedro

Fazia já algum tempo que Maria tinha entrado por aquele túnel, e ainda não havia vestígios dela, derivado a estar debaixo do solo, o colar não emitia sinal nenhum.

Eu estava no galpão da casa de banho lavando o meu rosto, e as minhas mãos com sangue, via pelo canto do olho a levarem o corpo do Jonas.

Sobressaltei alguns segundos depois com a mão de Miguel sobre o meu ombro.

Miguel- Tu sabes que não tiveste culpa certo? Se não fosses tu, vocês estariam mortos agora.

Pedro- Sim eu sei, apenas queria conseguir esquecer isto.

Miguel- Vais sim, nós vamos ajudar te.

Manuela- Podes crer que sim.

Eu sorri e abracei eles, mas dei pela falta da Letícia.

Pedro- Onde a Letícia está?

Manuela- Com o meu pai, acho que agora aquilo desenrola depois dele entender que não pode ter a tua mãe.

Pedro- Lamento.

Manuela- Nada disso quero é todos felizes, só falta apanharmos aquela vaca.

Pedro- Sim.

Logo escuto a voz do meu pai a dizer que o colar tinha voltado a dar sinal.

Felipe- Vão para casa, todos vocês não te preocupes filho nós vamos apanhar ela.
Pedro- Eu sei, e eu vou junto.

Felipe- Vai com a tua mãe e o teu irmão para casa é o melhor a ser feito agora.

Mãe- Deixa o ir contigo, ele cresceu bastante e tornou se um homem corajoso e ele merece esse desfecho depois de tudo o que passamos, temos tempo para colocar a conversa em dia.

Sorri em agradecimento a minha mãe e fui com o meu pai enquanto os outros iriam para casa.

Felipe- Não quero que faças nada escutaste bem ficas no carro.

Começamos a seguir ela, pela rapidez dava para perceber que estava de carro, até que parou numas bombas, eles saíram e se posicionaram, não sabiam se ela estava armada ou não ela entrou na loja eu aproveitei a distração deles e saí do carro tentando observar tudo o melhor possível.

Porém ela se deu conta, que estavam agentes cá fora, logo puxou de uma arma e rendeu a funcionária, todos se colocaram alerta eu resolvi, dar a volta ver se havia porta nas traseiras, mas nada, mas havia um caixote do lixo com uma janela em cima, não era muito grande porém eu acho que conseguiria passar.

Com algum sacrifício, eu fui entrando ainda a tempo de ver algum dos agentes a gritar para mim.

Tentei cair sem grande barulho e fui espreitando, a cada passo que dava, comecei a escutar o choro de alguém achei ser da funcionária, porém não era de uma menina de pouco mais de seis anos, fui até ela e trouxe a comigo até a casa de banho.

Ela disse que a mãe estava lá fora com uma mulher má de pistola.

Pedro- Não te preocupes a tua mamã vai ficar bem, eu prometo. Agora preciso que fiques aqui e só saías se eu ou a tua mãe viermos está buscar está bem.

Ela confirmou mandei ela ficar abaixada e voltei a caminhar pela loja, finalmente avisarei elas permaneci abaixado, para que ninguém desse pela minha presença, ela gritava aos quatro cantos que a ia matar se eles não saíssem dali, eu sabia que precisava fazer algo mas não sabia o que fui olhando em volta procurando algo, mas não sabia o que fazer se fizesse algo errado ela podia disparar e matar a mãe da menina, observei uma secção com bolas de tênis, se eu conseguisse a distrair tempo suficiente dela soltar a mulher eu podia conseguir.

Peguei duas bolas, e fui me arrastando até estar perto o suficiente, pedi a todos os Deuses que isso resultasse que eu conseguisse atirei uma bola e logo depois outra ela afrouxou a pegada no braço da rapariga e eu me joguei em cima dela derrubando a.

Pedro- Fuja, ela está em segurança.

Levantei me e peguei na arma, ela nem teve tempo de reagir eles entraram porém eu não escutava nada só olhava na cara dela, naqueles olhos frios que tiraram a vida ao Jorge, que mataram a minha irmãzinha, a mesma pessoa que colocou todos os que amo em perigo diversas vezes.

Ela ainda sorria para mim, debochada como se desejasse que a matasse, porém o meu pai se coloca na frente.

Felipe- Dá me filho tu não és assim.

Pedro- Porque não ela merece pagar por tudo o que nos fez.

Felipe- E ela vai eu te garanto.

Entreguei lhe a arma ele entregou a um colega e tratou de a colocar de pé e puxou das algemas.

Felipe- Toma filho faz tu as honras.

Maria- Que família tão perfeita, bando de idiotas.

Após algemar ela, foi levada por outros agentes e nós fomos para a casa do Mateus.

Estavam todos lá expectantes esperando notícias, ansiosos parecia que nem respiravam direito e só o fizeram quando entramos.

Felipe- Correu tudo bem, ela está presa graças a ele que quis ser o herói salvando uma mãe e uma filha.

Ao ver eles todos juntos e el segurança comecei a chorar, todos olharam preocupados se eu estava bem.

Pedro- Acabou finalmente acabou agora estamos bem.

Felipe- Sim estamos ela irá passar o resto da vida na cadeia.

Abracei a minha mãe chorando forte e peguei no meu irmão.

Percebi Miguel quieto a um canto sem dizer nada entreguei novamente ele a minha mãe e fui buscar Miguel.

Miguel- Que foi?

Pedro- Anda comigo, não fiques com vergonha.

Miguel- Eu não estou é apenas um momento vosso.

Pedro- Nada disso tu és família.

Puxei ele por uma mão até ao centro da sala.

Pedro- Bem família, principalmente vocês os dois pais que não sabem este é o Miguel e é o homem da minha vida.

Eu puxei ele para um beijo o deixando todo desconcertado.

Os meus pais ficaram contentes, confesso podia ficar triste se eles fossem homofóbicos porém não ia largar dele nunca.

Passamos a tarde toda conversando tudo o que havia acontecido principalmente por parte da minha mãe, era hora de ligar as pontas.

Ela começou explicando que a medida que os anos passavam a certeza dela sobre ter morto o pai de Felipe não era tanta, pois começou a descobrir conversas entre o Jorge e a minha avó.

Quando a minha irmã adoeceu ela aproveitou para se afastar e começar a procurar respostas, principalmente após ver uma mensagem de Maria que se descobrisse que eu não era filho do Jorge me matava, porém Jorge sempre afirmava que era.

Porém o meu pai Jorge começou a ficar irritado e ciumento longe da minha mãe obsessivo e nessa altura ela já estava com Mateus, sempre foram um casal de amigos e só motivo que a levou a ter coragem para procurar o meu pai biológico.

Pedro- Mas o Jorge tentou te matar?

Ela então disse que não que ele a procurou sim, e tiveram uma grande discussão que ele ficou transtornado quando ela lhe disse que a minha irmã tinha sido morta e não por conta do tratamento, porém que não tinha provas e ele queria saber se eu era ou não filho dele, e ficou bem louco quando ela lhe respondeu que eu não era. E que ela assustada começou a andar até a varanda e acabou tropeçando que ele ainda a tentou ajudar mas acabou por cair.

E quando acordou no hospital estava rodeada por gente que não conhecia e logo a levaram dali e ficou em cativeiro por meses dando a luz o meu irmão.

O meu pai não a tinha tentado matar e isso dava me um certo alivio ele podia ter me machucado, porém no fim fez a escolha certa.

Alguns dias depois nós nos mudamos para outra casa após Felipe vender a mansão e outras terras, quando contestou a herança provando que tinha um filho biológico ou seja eu neste caso já  dois.

Mateus acabou pedindo em namoro a Letícia que aceitou e eu cumpri a minha promessa a ela de se tornar uma  mulher por completo.

Finalmente tomei coragem e resolvi me desfazer da casa do Jorge, não queria morar lá e de nada adiantaria manter ela, então Miguel e Manuela acompanharam me enquanto víamos tudo se eu queria alguma coisa, eram tantas lembranças, boas e más subir as escadas era arrepiante parecia que a qualquer momento pudesse aparecer o Artur para me pegar tanto havia mudado.

Estava pensativa quando escuto o Miguel a gritar por mim vou ao seu encalço encontrando o no quarto do meu pai com uma caixa na mão que tinha o meu nome.

A primeira coisa que me chamou a atenção assim que abri era o meu telemóvel e a carta dele.

Jorge- Filho se estás a ler isso é porque não estou mais aí, talvez seja melhor assim eu merecia pagar pelos meus pecados e eles são muitos lamento ter deixado que a descoberta de saber que não eras meu filho me afetasse o julgamento e dei mais importância ao sangue do que ao que o meu coração sentia por ti.

Desculpa por ter te magoado, não sei se me irás perdoar algum dia, porém acredito que sim pois tu és melhor que eu muito melhor que eu.

Sobre o acidente com o Artur não te preocupes nunca estiveste em perigo eu livrei me dele nessa mesma manhã e o teu telemóvel nunca esteve junto ao seu corpo.

Não te martirizes quanto á sua morte tu és um guerreiro que lutou pela própria sobrevivência, espero que o teu namorado te faça feliz de verdade eu agora entendo o quanto tu mereces e o quanto eu estive cego, porém agora eu enxergo tudo graças a ti.

Eu te amo filho mais uma vez desculpa principalmente por não ter dito mais vezes fica seguro.

Quando acabei de ler estava lavado em lágrimas, eu olhei para o alto e disse lhe que estava perdoado.

E saí com eles os dois da casa pronto para um novo recomeço.



Espero que tenham gostado amanhã saí o último capítulo onde veremos como eles estão após o julgamento e com um salto temporal.
Beijos e Abraços

Uma Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora