Miguel
Os paramédicos foram rápido a chegar, cuidaram dele e um foi cuidar dos golpes do seu pai, que acabou por acordar sendo logo algemado pela polícia.
Jorge- Então ele está muito magoado coitado.
A fúria voltou a mim, não quis saber da polícia estar ali.
Miguel- Que tipo de homem é você, que tipo de pai é capaz de agredir um filho quase o matando, eu juro que se algo acontecer a ele eu acabo consigo.
Jorge- Que medo.
A polícia logo o levou dizendo que depois precisam de conversar comigo e com o Pedro assim que ele recuperasse.
Os paramédicos levaram ele para a ambulância e eu fui atrás, pronto a entrar.
Paramédico- Desculpa só família pode acompanhar.
Miguel- Eu sou a família dele, eu sou o seu namorado.
Ele então me deixou entrar e vi eles a cuidarem dele, do a seus ferimentos.
Paramédico- Fica calmo ele vai ficar bem, e tudo graças a ti, foste muito corajoso.
Quando chegamos ao hospital eu fiquei na sala de espera não sabia o que fazer, eu não sabia quase nada sobre ele, sobre a sua família sobre a sua mãe ou avós, então liguei para o Rui.
Miguel- Rui, não importa onde estou, quero que vás procurar a Manuela que eu preciso falar com ela urgentemente… Quero lá saber da aposta faz o que te digo agora.
Ele rapidamente desligou e eu deixei uma mensagem de voz ao meu pai, a contar onde estava e o que tinha acontecido e que queria que o pai do Pedro apodrecesse na cadeia.
Manuela
A minha cabeça estava a mil, não vi o Pedro a manhã toda, fui demasiado brusca com ele, é normal que ele se preocupe com a sua família e é normal que me tenha dito aquelas coisas, pois ele quase nada sabe sobre mim, mas infelizmente não sei como abordar o assunto tenho medo que seja demasiada informação para ele, e que talvez me odeie eu gosto demasiado dele para o perder ele é família.
Vi o Rui correr na minha direção, eu detestava ele com todas as forças era idiota demais tentava fazer piadas sem graça nenhuma e ultimamente insistia em chamar me para jantar.
Manuela- Rui hoje não estou com paciência para ti.
Rui- Calma boneca, estás nervosa sou eu que te deixo assim confessa.
Manuela- Eu estou a avisar te deixa me em paz.
Rui- Pronto calma, calma não digo mais nada só te trago isto.
Manuela- Para que quero o teu telemóvel?
Rui- O Miguel quer que tu lhe ligues.
Manuela- Para quê nós nem somos amigos.
Rui- Não sei, mas parecia ser urgente ele estava bastante alterado como tu.
Peguei no telemóvel e coloquei a chamar, por favor meu Deus que não seja nada com o Pedro, ao segundo toque ele atendeu.
Manuela- O que se passa?
Miguel- Preciso que venhas para o hospital agora, o pai do Pedro deu lhe uma surra ele está muito mal, e eu não conheço ninguém da família dele pensei que tu conhecesses alguem a quem pudéssemos ligar.
Manuela- Ele não tem mais ninguém, só me tem a mim eu vou já para aí.
Rui- Então o que se passa boneca?
Manuela- Cala te e anda comigo.
Rui- Estás doida ainda temos aulas.
Manuela- Tu tens carro e eu preciso de uma boleia urgentemente.
Rui- O que ganho eu com isso.
Manuela- Eu saio contigo.
Rapidamente entrei no carro com ele e mandei uma mensagem de texto ao meu pai, a contar o que havia acontecido isto não podia continuar assim, o Pedro precisava de saber a verdade.
Pedro
Sentia me tão só, sentia frio não conseguia ver nada, nem escutar nada tentava me lembrar do que havia acontecido, mas sem sucesso nenhum, tento me mexer porém parecia ser algo impossível, até que finalmente abro os olhos vejo uma sala branca e pessoas á minha volta, eu estava assustado escutava vozes a dizerem para eu ficar calmo, via vários fios eu estava no hospital então comecei a chorar eu queria os meus pais onde eles estavam, verdade a minha mãe foi embora com a minha irmã, mas e o meu pai será que tínhamos tido um acidente ele andava a beber muito, tudo me parecia demasiado confuso, eu queria falar, mas nada saía.
Médico- Fica calmo, filho tu estás bem o teu namorado encontrou te a tempo e ajudou te.
Namorado como assim namorado, eu não namoro ainda por cima um rapaz nem pensar, algo estava errado.
Médico- Não tentes falar tens agora que descansar, daqui a pouco eu volto.
Ele saiu e eu fui tentando pensar no que se estava a passar comigo, como eu havia chegado ali.
Miguel
Finalmente ela chegou e acompanhada de Rui.
Manuela- Como ele está?
Miguel- Ainda não sei nada, pediram me para aguardar informações aqui.
Manuela- Como foi que isso aconteceu?
Miguel- Eu levei ele a casa, ele entrou e eu segui andando…
Vi a cara do Rui curioso com a história e Manuela percebeu que eu não estava a vontade para falar.
Manuela- Rui obrigado por teres me trazido, agora podes ir.
Rui- Mas..
Manuela- Como eu disse, obrigado depois combinamos a nossa saída.
Vi Rui se afastar todo sorridente como se tivesse ganho alguma coisa.
Miguel- Cuidado com ele.
Manuela- Não te preocupes eu sei cuidar de mim, ou estás com medo que ele ganhe a aposta?
Miguel- O que como?
Manuela- Isso é assunto para outra hora, o que quero saber agora é o que foi que aconteceu.
Miguel- Como te disse eu o deixei, e segui andando, mas algo me dizia que devia de voltar ao chegar escutei as vozes alteradas dos dois e então os gritos de dor do Pedro, arrombei a porta e quando o vi caído no chão, ferido atirei me ao pai dele até o deixar inconsciente.
Manuela- Quem diria que um dia tu irias salvar a vida de alguém que tanto desprezavas e fazias bullying.
Miguel- Eu sei que não gostas de mim, nem confias em mim, mas acredita eu gosto dele, não sei como isso aconteceu, mas gosto dele com todo o meu coração, a aposta foi apenas uma coisa boba, não é nada de mais.
Manuela- Não é a mim que tu vais ter que dizer isso, mas a ele.
Continuamos a conversar os dois, ela foi me contando o que sabia sobre a família dele e principalmente o que havia acontecido na noite que eu o encontrei.
Miguel- Por isso ele estava tão assustado, eu devia ter morto o pai dele, que tipo de homem não protege o próprio filho.
Manuela- Alguém que não tem coração.
Miguel- Eu já pedi ao meu pai, ele tem que sofrer, apodrecer na cadeia.
Manuela- Ele irá ter tudo aquilo que merece.
Miguel- Mas diz me se o pai dele é a sua única família, o que vai até acontecer ao Pedro agora que está só? Vai para um colégio?
Manuela- Nem pensar ele não está só ele tem a mim e ao meu pai, nós iremos cuidar dele, ele é minha família também.
Miguel- Ainda bem que ele tem alguém que o queira proteger tanto ele merece.
O médico chegou até a nós e logo nos levantamos impacientes.
Miguel- Então doutor como ele está?
Médico- Ele está a recuperar, vai ter que ficar alguns dias em observação, mas depois terá alta.
Miguel- Ele ficará bem mesmo?
Médico- Não te preocupes o teu namorado ficará como novo.
Manuela- Namorado? Será que o Pedro sabe que namora.
Médico- Como?
Miguel- Não ligue a ela, podemos entrar para o ver?
Médico- Só família pode entrar.
Miguel- Nós somos eu sou o seu namorado e ela é irmã dele.
Olhei na direção dela que me sorriu em concordância e nos levou até ao quarto.
Médico- Tenham calma com ele é normal ainda estar um pouca abalado com isto tudo.
Pedro
Eu já estava só até alguns momentos, quando a porta se abre e vejo três pessoas a entrar.
Manuela- Oh meu lindo desculpa a nossa briga, como é que estás?
Miguel- Como te sentes eu estava tão preocupado contigo, mas não te preocupes eu dei uma boa lição ao teu pai.
Pedro- Ao meu pai?
Miguel- Claro que sim, ele precisava de pagar por te magoar dessa forma?
Pedro- Foi o meu pai que me fez isso?
Miguel
Ele parecia meio perdido parecia não se lembrar de quem o tinha ferido.
Miguel- Sim foi ele, não te lembras?
Ele abana a cabeça confirmando que não se lembra.
Médico- É normal ficar assim neste primeiro momento foi algo traumatizante.
Até que ele volta a falar nos deixando a todos preocupados.
Pedro- Mas se me salvaste muito obrigado, o meu pai desde que a minha mãe foi embora bebê e fica um pouco alterado, por os muito obrigado, como é que te chamas?
Eu e Manuela nos entre olhamos, preocupados.
Manuela- Como assim como ele se chama, Pedro não sabes o nome dele? Não o conheces?
Pedro- Como é que tu sabes o meu nome? Quem são vocês?
Médico- Fiquem calmos, Pedro que dia é hoje?
Pedro- Quarta Feira.
Médico- Não, eu quero a data completa, dia mês e ano.
Pedro- Dezassete de Janeiro de dois mil e dezassete.
Nós os três nos olhamos preocupados.
Pedro- O que se passa doutor?
Miguel- Hoje é dia dez Novembro de dois mil de dezanove.
Pedro- Que brincadeira é esta, chamem a minha mãe, ela vai cuidar de mim ela foi embora, mas ela volta para cuidar de mim.
Médico- Vamos todos ter calma, foi um traumatismo violento, com o passar dos dias a memória vai voltar.
Pedro- CHAMEM A MIMNHA MÃE, EU QUERO A MINHA MÃE.
O médico deu lhe um calmante, para ele relaxar acabando por adormecer.
Manuela- Doutor e agora?
Médico- Ele está bem, a memória dele voltar aos poucos, talvez se a mãe dele aparecer consiga ajudar ele, sabem como contacta-la.
Miguel- Não ela foi embora a uns anos, pelo que eu escutei.
Manuela estava silenciosa, parecia ter a cabeça longe.
Médico- Então vou pedir ajuda da polícia para a encontrar.
Manuela- Não vale a pena, a mãe dele morreu.
Miguel- Mas tu disseste a pouco ali fora, que ela apenas tinha ido embora com a irmã dele.
Manuela- Sim mas no final do ano passado ela se suicidou.Entao o que acharam do capítulo?
Miguel já dizendo que são namorados será que rola?
O que acontecerá ao pai do Pedro?
E Manuela com Rui o que vos parece?
Como ela sabia da aposta?
E mais importante como ela sabe sobre a mãe do Pedro?
Não deixem de comentar e favoritar, e de me seguirem para estarem sempre por dentro.
Beijos e Abraços logo tem mais um 😉
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Chance Para Amar
RomanceEu sou o Pedro, mas talvez não me conhecam por esse nome, mas sim por estranho, baleia, bichinha ou por tantos outros nomes nada agradáveis de ser chamado. Mas para quem nada sabe sobre mim eu sou Pedro Oliveira um adolescente como tantos outros no...