27- MEMORY

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Passando aqui pra lembrar que curtir (na estrelinha) não cai o dedolkkkkkk
(Comentem também, amo ler os comentários de vcs)

O capítulo de hoje é um pouquinho diferente, uma memória da Angel, espero que gostem

Acordei atrasada pra escola, não tecnicamente atrasada, mas precisa ir até a cidade do lado para estudar depois de ter sido expulsa de todas as escolas pelas redondezas da minha cidade

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Acordei atrasada pra escola, não tecnicamente atrasada, mas precisa ir até a cidade do lado para estudar depois de ter sido expulsa de todas as escolas pelas redondezas da minha cidade. O percurso dura mais ou menos uma hora.

Antes que pense isso, já aviso de antemão que não faço porque quero. Bem, mais ou menos. Tecnicamente é mais pelas circunstâncias, não é como se ser expulsa de escolas fosse um hobbie

Dei um pulo da cama, não me importo em chegar atrasada, mas não posso deixar que meu pai saiba que saí atrasada, caso contrário, não poderia pôr a culpa no trajeto, e seria mais um daqueles momentos que tento evitar

- O que vai comer? - Minha mãe perguntou séria

- Torradas - levantei o pacotinho na mão antes de abocanhar de uma vez só

- Ótimo - Acendeu um cigarro com auxílio de uma das bocas do fogão. Não sabia exatamente de que era o cigarro, mas de certo não é uma coisa recomendável para se fazer as 5:30 da manhã - O que tá olhando?

- Hm, nada - Mordi mais uma torrada com pressa

Houve silêncio

- Não quero que chegue em casa muito cedo hoje - Disse se aproximando, tragou mais uma vez o cigarro e soltou a fumaça no pacote de comida

Perdi instantaneamente a fome. Que tipo de ser humano assopra maconha na torrada de uma garota de 15 anos?

- Seu pai trará amigos - Tossiu algumas vezes antes de continuar - Não quero que esteja aqui

Fiquei calada. Não tinha certeza do motivo, mas algo me dizia que era por causa da bebida. Quando dividia o quarto com Gabriel, antes de ele ir para a faculdade - Contra a vontade do meu pai - ficava trancada lá, e de acordo com meu irmão, não deixaria ninguém entrar. Eu confiava, de verdade, a final, nunca me deu motivos para duvidar

- Certo - Confirmei - Mas papai não vai brigar se chegar muito tarde?

- Você prefere ser molestada ou levar alguns socos do seu pai? - Me assustei com o tom de voz assim como as palavra que foram ditas

A droga começou a fazer efeito. Ela não seria tão sincera sóbria.

- Ok - Assenti com a cabeça, queria chorar, queria me jogar no chão e chorar, mas simplesmente abaixei a cabeça e caminhei até a porta

Girei a maçaneta sem olhar para os lados, porque aquela casa me trazia sensação de desespero. As paredes amareladas, grades nas janelas, garrafas de cerveja e bitucas de cigarro por todas as partes, e o homem barbudo sempre com uma regata manchada sentado no sofá. Dormindo ou acordado ele sempre estava lá, e só levantava para ir ao banheiro ou sair. Quando cheguei no jardim, tirei o skate do meio das ervas daninhas, com cuidado para que nem meu pai nem minha mãe vissem

Angel's Fights LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora