Noah é o típico fuck boy, ele não se importa com nada além de seu ego inflado e suas próprias palavras maldosas que atravessam todos em seu caminho como adagas afiadas, ou pelo menos ele era, até Angel aparecer. Quem diria que o garoto problema pode...
Passando aqui pra lembrar que curtir (na estrelinha) não cai o dedolkkkkkk (Comentem também, amo ler os comentários de vcs)
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- Ela está dormindo - Ouvi a voz do meu irmão, ele falava ao celular, e a pessoa do outro lado parecia assustada - Não vou acordá-la - Houveram burburinhos do outro lado, soando indgnado - Não Ed, ela não está bem, precisa descansar um pouco. OK, até mais
Senti a cama afundar, mas não precisei abrir os olhos para perceber que Gabriel tomava uma xícara de café logo ao lado. Cada parte da minha cabeça doía. Doía pra caralho, e me fazia sentir desconfortável. Até a mais simples brisa trazia a intensidade de um tornado tentando me destruir
- Angel - Gabriel chamou e fui incapaz de manter os olhos fechados - Toma, vai se sentir melhor
Meus olhos ainda se acostumavam com a claridade, enquanto os de Gabriel me fitavam curiosos. Ele quer perguntar, mas sabe que não deve
- Obrigado - Peguei o comprimido e engoli, junto a um gole de água
- Ed ligou, disse que não falou nada com eles "depois do que aconteceu" - Fez aspas com as mãos nas últimas palavras, curioso. Sua cara de cachorro pidão pedia uma explicação por tudo o que aconteceu
- Eu e Noah brigamos - Disse como se não fosse nada. Apesar de ter me afetado pra caralho, foi apenas um gatilho para todas as outras coisas que eu sentia desmoronarem, mas seria difícil explicar para o meu irmão
- Só isso?
- Não - Meus olhos imploravam para que não perguntasse mais nada. A ferida já está aberta, precisa cutucar?
Houve silêncio, e então ele se levantou. Estava arrumado para o trabalho
- Eu tenho que ir - Disse com a voz baixa - Sabe que qualquer coisa pode me ligar, certo?
- Claro - Forcei um sorriso despreocupado para trazer mais confiança as minhas palavras. Em seguida beberiquei a água
- Até mais tarde - Bagunçou ainda mais meus cabelos, que já estavam o suficientemente rebeldes, e saiu
Passei algum tempo deitada, pensando em tudo. Uma enxurrada de memórias destruía a pouca sanidade mental que me restava, e tive a sensação de que isso me perseguiria para o resto da vida. A sensação de culpa, medo, e arrependimento sempre estaria comigo, mas se eu os deixasse vencer, já teriam me corrompido há muito tempo
Coloquei minha música preferida no volume máximo. Que se fodam os vizinhos. Depois tomei um banho gelado, que diminuiu as dores no corpo e na cabeça, e então sentei na frente da enorme máquina de escrever sobre a escrivaninha. Precisava disso, pôr todos os sentimentos ruins para fora naquele papel me deixou tão aliviada que nem sequer chorei antes de dormir a noite
