MARCO
Termino o café da manhã e me despeço da minha mãe, subo na moto e dou partida. Eu moro na periferia de humaíta e o caminho até a Urca não é tão longe, vou desviando dos carros durante o caminho todo e logo chego.
No começo eu não queria vir pra essa escola cheia de riquinhos mimados do caralho mas isso foi ideia do meu irmão mas velho, ele se formou em direito e conseguiu um bom emprego numa empresa grande e começo a ganhar dinheiro suficiente pra pagar isso aqui e minha mãe adorou, ela disse que seria uma boa oportunidade pra mim.
Mas ninguém avisou pra coroa que esse lugar é mais perigoso do que lá na quebrada. Eu observo as pessoas, gosto de ver o comportamento de cada um, mas relaxa, não sou um psicopata. No primeiro dia já arrumei briga com um tal de Salvador que é tipo o rei daqui, geral paga pau pra ele. O moleque quis me peitar depois de ele ter esbarrado em mim e dizer que era pra eu me desculpar.
Fui pra secretaria por que o bonzão disse que eu ameaçei ele, vê se pode mano. Não deu em nada por que o diretor viu nas câmeras o que de fato aconteceu, o cara saiu em pune só por que é rico, toma no cu porra.
Sou pobre mesmo e tenho orgulho disso, não roubo e nem mexo com coisas ilegais, a não ser as corridas de moto que eu participo, até tenho meu recorde.
Sento no meu lugar no fundo e o resto do pessoal entra, Pedro e cia entra também e sentam no lugar deles. Olho pra Leandra que olha de volta e pisco pra ela, a mesma revira os olhos, aí aí.
Essa aí é loucura pura, a mina joga futebol e é feminista e ainda não tem medo do perigo, que paraíso. Eu sei do namoradinho dela mas foda-se, da pra ver que nos dois queremos isso. E apaixonado ainda não, mas gamado sim.
As aulas passam e vou pro intervalo, compro um sanduíche e me sento debaixo de uma árvore, enquanto como fico olhando as pessoas indo e vindo. Em alguns momentos os meus olhos cruzavam com o da Leandra, nossa como ela é linda.
Depois voltamos pra sala e durmo durante até que ouso o sinal tocar e saio da sala, quando saio uma menina aparece na minha frente com um sorrisinho.
— você não me ligou, perdeu meu número? — diz ela sem graça.
Bufo. Às vezes ficar aqui é entediante, então eu fico com algumas meninas do primeiro ou segundo ano.
— olha, foi muito legal mas não vai rolar. Você nem é tão bonita assim — digo bem direto. É necessário ser assim para elas não ficarem no pé.
Ela faz uma cara de choro e sai com raiva.
— uau. Você é um cara tão legal — alguém fala atrás de mim.
Me viro e é a Leandra com seu grupinho, franzo a testa confuso.
— que? — questiono segurando um sorriso de canto.
— mulher nenhuma merece ser tratada assim, não sei quem quebrou seu coração. Mas o resto do mundo não tem culpa, então vê se cresce — discursa e mantenho meus olhos nos dela — Sai — ordema e saio dando passagem pra ela que some da minha vista com seus amigos.
Sorrio. Eu tô com um pouco de raiva mas confesso que fiquei excitado.
Vou pra entrada e subo na moto dando partida, quando vou fazer uma curva um carro me fecha e caio, levanto mas o cara fugiu. FILHO DA PUTAAA. subo e logo chego em casa, deixo a moto na garagem que feliz não sofreu danos.
Entro e jogo a mochila no sofá com força, tiro a camisa e acendo um cigarro, na porra do colégio não pode. Dou um trago e grito de raiva.
— marcooo, tá maluco filho da puta — grita minha mãe da cozinha.
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Escândalo (SENDO REESCRITA)
Teen FictionSejam bem vindos ao colégio Pilares Da Educação, onde a maioria dos ADOLESCENTES são visionários e irresponsável como todos os da sua idade. Aqui você encontra problemas que somente adolencentes são capazes de criar. Suas intenções eu não sei, mas e...