01| Boas vindas.

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PEDRO

•Mêses antes do tiroteio•

•SEGUNDA-FEIRA| INÍCIO DAS AULAS•

Aqui estou eu no meu primeiro dia de aula no segundo ano do torturoso ensino médio, ano passado não foi um dos melhores para mim aqui, foi um ano movimentato e posso considerar como um dos piores então somente espero que esse ano seja melhor, mas duvido muito disso, ainda mas com o povo desse colégio e certas pessoas que tenho certeza que muita gente enfrenta no colé... jaula.

Pareço até um idiota parado olhando para o prédio do colégio, a volta as aulas deveria ser o momento mas feliz da minha semana só que ainda é segunda-feira e eu estou acordado, fala sério nem nem sol despertou ainda. Me lembro do ano passado no meus primeiro ano aqui com altas expectativas e animação nas alturas como toda pessoa saída do nono ano. Mas minha vi não é mas assim, fui rebaixado quando conheci uma prévia da vida adulta, a adolescência é uma bagunça e deveriam estudar nossas cabeças mas enquanto não fazem isso, vivemos como animais em jaulas como essa aqui na minha frente. Um prédio tão grande como aqueles de universidade com tijolos vermelhos de paralelepípedo, tanta gente e poucos interessados no aprendizado.

— oii amor — Leandra se aproxima pulando em minhas costas para me assustar, e consegue mas lhe dou um sorriso fingindo não ter tido impacto.

— oi gata — resmungo e ela sai de cima ficando ao meu lado, o vento encosta em seu rosto no mesmo momento levando suas mexas loiras voarem.

— me passa um pouco da sua serenidade antes de entrar, por favor — faz careta levantando a mão como se realmente eu fosse lhe dar algo.

— não é serenidade — arrumo a alça da minha mochila nos ombros — estou acumulando todo o meu estresse antecipado aqui — passo a mão sobre meu peito.

— você é estranho — gargalha me contagiando — mas nada vai mudar Pe — me encara séria.

— não disse que iria, é impressionante como em anos de evolução a bolha dos colégios só pioram.

— não fale como se fossemos melhores, somos a escória se lembra? — minha melhor amiga toca meu ombro fingindo seriedade.

— abomináveis essas crianças — junto minhas sobrancelhas fazendo uma voz mas grossa.

Leandra gargalha ao ponto de ficar vermelha e começo a abanar ela com a mão.

— respira mulher — seguro seus braços para olha-la.

— você fez direitinho — segura a risada para falar.

— que susto do caramba ein — solto ela revirando os olhos.

— desculpa, mas a ideia de um gay e uma feministas em um alto cargo me deixa sem ar — continua a brincadeira mudando sua voz e agora sou que sorrio.

— amiga tenho uma notícia para você, seja forte — a encaro — nos somos um crime.

— aí eu amo — junta as mãos mordendo os lábios.

Rimos.

— e aí idiotas — a voz de Vitor surge e nós viramos para o outro lado da rua. Abraçado a Luna ele acena com um braço.

Escândalo (SENDO REESCRITA)Onde histórias criam vida. Descubra agora