noah urrea
eu não me controlei, de novo.
eu agi por impulso quando falei com ele.
e eu odeio não conseguir me controlar.
naquele mesmo dia, eu ouvi alguém tocar a campainha.
estava chorando descontroladamente, em meu quarto, mas não pude deixar de atender quando vi que era josh.
o arrependimento batia tão forte em mim. por horas fiquei me perguntando se ele me odiava.
mas aparentemente não pois ele estava ali. bem em frente ao meu portão.
—josh? o que está fazendo aqui?
—noah? você tá chorando?
eu abri o portão para ele, e antes que pudesse entrar, me joguei em seus braços.
ele me agarrou tão forte, como jamais havia feito antes. e eu comecei a chorar em um de seus ombros.
seu abraço foi reconfortante. todo o ocorrido de mais cedo foi esquecido por um instante.
para mim, nada mais importava quando eu estava nos braços dele.
—e-entra. - abrindo espaço para ele entrar, eu disse enquanto enxugava algumas lágrimas, que ainda insistiam em cair.
—você tá sozinho?
—tô, por que?
—porque nós vamos poder ficar agarradinhos na sua cama, sem nos preocupar com seus pais.
a frase dele me fez abrir um sorriso enorme, só de imaginar a cena.
—ah josh, isso vai ser ótimo.
enquanto entrávamos em casa, senti o par de olhos azuis me fitar por um tempo.
—ei noah, você não tá bravo comigo, ou tá?
—não, fica tranquilo.
—então por que agiu daquele jeito?
alguma hora eu teria que contar a verdade pra ele. só não sabia se aquele era o melhor momento.
—uh, josh... - eu comecei a falar, sentando no sofá da sala, e ele fez o mesmo - é que às vezes eu... ajo por impulso e acabo sendo um idiota. eu não consigo me controlar e acabo deixando todo mundo em minha volta triste. me desculpa se eu te deixei mal, ou preocupado ou qualquer outra coisa ruim. nunca foi minha intenção.
omitindo o mais importante, eu disse à ele as coisas básicas. que eram verdade, mas que eu só não pude dizer o motivo.
eu me senti mal por isso, não queria esconder isso dele, mas ao mesmo tempo não queria que ele soubesse.
assim que minha fala terminara, a tristeza invadiu meu corpo e eu comecei a lacrimejar, dando novamente início ao choro. eu me sentia mal pelo canadense, que tinha que me aguentar sendo desse jeito.
—tudo bem, meu amor. não tem problema ok? eu não to triste com você. - ele disse, enxugando com o polegar, as novas lágrimas que caíam pelo meu rosto. - vem, vamos deitar.
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footbridge • nosh
Fanfiction"um garoto beijar outro garoto é nojento" não pareceu nojento quando eu beijei ele. nosh beaurrea; now united.