noah urrea
eu ouvi o áudio de josh.
como sempre, quando se tratava daquele garoto, eu não me controlava.
ele controlava meus sentimentos de maneira tão intensa, sendo ela vezes boa e vezes ruim.
eu não o respondi. mas quando a campainha soou pela casa, soube que era ele.
—josh. - falei quando abri a porta, sem ao menos ter certeza se era ele. ainda bem que era.
ele usava seus óculos de armação preta, e uma bandana também preta mas com detalhes brancos, que ficava linda na cabeça dele. ah, eu amava quando ele se vestia assim.
—noah. - seus olhos brilhavam. pude sentir medo em sua fala - me desculpe por aquele dia. eu... - ele desviou o olhar que antes estava fixado em meus olhos, para fitar os próprios pés, aparentemente nervoso - você aceita ir comigo, à um encontro silencioso? nós não diremos nada um para o outro, apenas aproveitaremos o tempo.
não o respondi, o que fez ele olhar para mim novamente. notei que devido ao silêncio, seus olhos estavam arregalados, suas feições expressando o quão nervoso ele estava.
eu só queria um pouco de paz, mesmo que por apenas um minuto.
eu sorri de lado e abri o portão, indicando a ele que havia aceitado. o que, automaticamente o fez soltar um longo suspiro, como se meu ato tivesse relaxado todos os músculos de seu corpo.
nós dois caminhamos em silêncio em direção à um táxi, o mesmo que havia trazido josh até minha casa, e que já nos esperava.
não dissemos nada em todo caminho, afinal esse fora o combinado. portanto, não pude sanar minhas dúvidas, sobre uma cesta branca que estava ao lado do loiro.
o que havia ali dentro? josh trouxera aquilo?
eu não fazia ideia de onde ele estava me levando, mas isso não me importou muito.
o que ficara em minha cabeça durante toda a viagem, era a cesta um tanto grande que se encontrava ao lado dele, embaixo de sua mão esquerda.
fiquei um tanto ansioso por conta daquilo. estava agoniado de não poder perguntar, portanto minhas pernas começaram a tremer, e minha respiração se esvair.
mas para minha sorte, não demoramos a chegar. josh simplesmente pagou o taxista, sem poder agradecer, por causa de nosso combinado.
logo que saímos do carro, soltei a respiração que prendia, e inspirei o ar puro que ali havia, devido a todas aquelas árvores.
estávamos em um parque, realmente bonito. haviam diversas árvores, grama verde, um grande lago com patos, alguns brinquedos e famílias com suas crianças.
era algo bonito de se ver.
o canadense olhou para mim, me vendo boquiaberto, e um tanto surpreso por estar naquele local.
ele me deu um grande sorriso, talvez o mais sincero que eu já tenha visto se formar nos lábios dele.
se aproximou de mim e entrelaçou nossos dedos, segurando minha mão de maneira firme, enquanto sua outra mão segurava a cesta.
sem que eu pudesse notar, ele havia me puxado para um local mais calmo do parque. aos poucos nos afastávamos das pessoas.
ele parecia conhecer muito bem aquele parque, pois encontrou facilmente o lugar mais bonito dele.
o pôr do sol já podia ser visto de onde estávamos, se refletindo no lago, agora com poucos patos.
ele se sentou na grama em posição de índio, e colocou a cesta em sua frente, olhando para mim em seguida esperando que eu fizesse o mesmo.
ele estava tão bonito. não contive meu sorriso quando vi os pequenos risos em seus lábios direcionados a mim, como se ele estivesse se esforçando para não rir daquela situação, por mais que não tivesse a menor graça.
josh com certeza não era um cara muito fã de coisas românticas. ele preferia fazer algo que nos fizesse rir ou realmente nos divertir.
e ele sabia que eu também preferia aquilo. mas por algum motivo, ele estava me levando a um encontro romântico.
eu diria que a situação era meio irônica.
assim que me sentei em sua frente, nós dois não nos aguentamos, e começamos a rir igual duas hienas.
qual era nosso problema?
ele enfim abriu a cesta, me deixando ainda mais ansioso por mesmo assim não conseguir enxergar o que tinha dentro dela.
a cesta estava obviamente cheia de comida, mas eu jurei ter visto alguma outra coisa além disso ali.
algo que foi ignorado pelo loiro, pois ele tirou apenas as comidas de dentro da cesta, deixando nela esse algo misterioso que não pude ver o que era.
e isso ficou me atormentando pelo resto da tarde.
o que ele havia deixado dentro da cesta?
ah eu tentei fazer esse capítulo ficar bonitinho, e realmente espero que não esteja cansativo de ler. foi o maior capítulo da fic até então, e espero que vocês tenham gostado :(
feliz natal, atrasado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
footbridge • nosh
Fanfic"um garoto beijar outro garoto é nojento" não pareceu nojento quando eu beijei ele. nosh beaurrea; now united.