Aí meu deus, ai meu deus o que foi que eu fiz?! – despejava toda a minha confusão encarando-me no espelho do banheiro. A minha vontade era soca-lo, mas aquilo faria muito estrago, então com toda força que tinha, esmurrei o concreto acima dos azulejos; e no gemido de dor, senti todos os ossinhos da mão latejarem entre si.
Ouvia o "tum" do coração entalado na garganta, minha boca ainda salivava o sabor adocicado de Regina, a mente não parava de processar o momento que me fiz fraca, desesperada pelo desejo evidente da carne. Tentei mais do que os neurônios pudessem aguentar, mas não conseguia explicar para o meu próprio consciente o porquê havia beijado aquela mulher, o motivo que deixou tal corpo prensado ao meu com aquele busto avantajado, despido e coberto ao mesmo tempo por uma lingerie preta rendada. Aquela mulher sedutora, cheia de malicia e que eu deveria manter-me distante; não tocar, não roçar, não sentir e, não beijar.
Depois de muito pestanejar, tracei o caminho para a minha mesa com a mão dolorida. Quando a sala que eu havia estado há poucos minutos se aproximara, respirei fundo e levantei a cabeça, andando como se nada tivesse acontecido. Pelo canto dos olhos vi a Srta. Mills dispersa com alguns papéis nas mãos, notando que passaria sem ser vista. Obrigada, deus!
O dia foi passando e devido às inúmeras ligações, não vi e nem pensei mais em Regina. Troquei poucas palavras com Belle, pois ela também tinha muitas coisas para fazer. Já Graham, me encarava de longe o tempo todo com um sorriso galanteador, me deixando irritada e de bochechas rosadas.
Será que Regina não o atarefava com coisas que não envolvessem o seu café-da-manhã?
O que me faz lembrar que essa manhã ele não trouxe ninguém.
"Só tome cuidado para não ser você o café..." – A voz de Belle invadiu a minha mente, lembrando-me do aviso que ela me deu no meu primeiro dia ali.
Não, não, não e não! Foi só um beijo, quer dizer dois, não interessa! Isso não vai acontecer. Sorri convicta, fixando a ideia na minha mente e continuando a prestar atenção no relógio, contando os longos cinco minutos que faltava para eu ir para casa.
— Emma, a Regina está chamando você na sala dela.
— O quê? Pra que? Por quê? – disse em um só folego, nervosa só de ouvir o nome da morena.
— Ai como eu vou saber, Emma? Ela só disse que quer você lá.
Se eu negasse a ir, é errado, por que Regina ainda é a minha chefe. Se eu fosse, sabia que o assunto a ser tratado com certeza não teria nada a ver com a empresa, teria a ver com o que aconteceu mais cedo.
Com toda coragem que já não existia, respirei fundo, peguei a minha bolsa e comecei a caminhar até a sala da mulher. Agarrei a maçaneta com a mão que não estava machucada e a girei, entrando na sala e procurando por Regina.
— Sra. Mills. – falei um pouco mais alto, vendo a sua cadeira vazia.
Um passo por vez até ficar com o corpo todo dentro da sala, engoli seco quando não me dei conta que ela estava atrás da porta e somente ao fechá-la por completo, consegui ver aqueles olhos castanhos me fitar em uma insanidade sem fim.
Como se eu pagasse na mesma moeda, antes mesmo de poder resistir, Regina tinha-me sobre a porta, prensando-se a mim exatamente da mesma maneira, porém, ela não prendeu as minhas mãos, pois usou as suas para segurar o meu quadril com ganância. Infiltrou uma de suas pernas em meu meio, raspando sua coxa torneada lentamente onde a pulsação era ainda maior. Segurei os lábios entre os dentes, interpretando aqueles olhos tão próximos e tão escuros.
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THE LAST CHANCE
FanfictionEmma Swan recebe uma notícia que mudaria a sua vida de uma hora para outra. Quando tudo parece estar perdido ela recebe uma proposta que resolveria todos os seus problemas... Mas a proposta vem com um preço... Será que Emma estaria disposta a pagar...