Prólogo

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Nota: Olá, gente. Como estão? Sejam bem-vindos a The Last Chance. Decidi por razões de mais fácil acesso postar a fic aqui também, por conta do aplicativo e afins. A fanfic no Nyah já foi terminada, então a atualização ocorrerá mais rápido do que o normal. (pois só vou corrigir alguns erros que passaram no passado ou mudar algumas palavras)

Para quem já leu, obrigada por voltar e para os novos; façam boa leitura e espero que gostem!

Beijão.

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EMMA NOLAN SWAN 

Como ser mãe? Como saber cuidar de um ser tão pequeno? Como?  

Perguntas que atormentam a minha mente, colocando em pauta o fato de ser órfã e não ter uma figura materna para poder me espelhar.

Aos dezenove anos tive a total certeza que a vida não pegaria leve comigo, ainda mais que o "pai" do meu filho surtou e foi embora quando recebeu tal notícia. Sem muitos recursos e completamente desamparada, comecei a analisar as minhas economias para enfim sair daquela cidade; onde eu sei que seria fuzilada por olhares maldosos dos vizinhos ao perceberem a minha gravidez precoce. Dessa forma comecei a trilhar o meu próprio caminho, viajando para tentar uma vida melhor para mim, ou melhor, para nós dois na mais conhecida cidade de Nova York.

Carregar dentro de si um outro alguém é demasiadamente estranho. O amar sem conhecer, sem tocar. O sentir dos chutes e socos lançados em seus momentos de euforia ou ouvir as batidas do seu coração no primeiro ultrassom, é lindo. E hoje, nove meses depois eu soube o quão especial é o presente que recebi dos céus, onde a vida gerada em minhas entranhas já continha todo amor do meu coração... Henry, esse seria o nome do meu pequeno anjo.

As contrações vão se acumulando uma atrás da outra, quase não deixando com que eu recupere o folego para poder fazer força. Meu corpo suado, completamente dolorido e cansado. Empurra... Empurra... Empurra... Repetidas vezes... Até que um choro abafado me fez parar. Relaxei sobre a maca, procurando com os olhos o dono daquele som alarmante.

A enfermeira se aproxima, colocando a doce criança sobre o meu colo. Meus olhos analisam aquele pequeno rostinho, sentindo o carinho rondear todo o quarto. Me apaixonei pelos seus traços de imediato. E ele se acalma colocando as suas mão na frente de sua face, enquanto eu deposito um beijo suave em sua testa.

— Seja bem vindo Henry... Seja bem vindo meu filho. 

Seremos só eu e você a partir de agora...



REGINA MILLS 

Já é tarde, o relógio na cozinha alarma que os meus pais estavam demorando mais do que o esperado naquele jantar de comemoração. Batuquei com os dedos na tela do meu celular, discando várias vezes o número da minha mãe. A linha chama, mas ninguém atende e o desespero começa a correr pelo meu corpo. Abraço o hobby de cetim, jogando-me no sofá e esperando assiduamente ouvir o barulho da garagem se abrindo á qualquer instante. Mas isso não acontece e os meus olhos começam a ficar cansados, completamente pesados.

Olho mais uma vez para o relógio, vendo que já se passavam das três horas da madrugada. Fiquei concentrada até o meu limite, caindo no sono por tanto esperar. E então, o barulho do som alarmante me arranca de um sonho ruim. Coloco o objeto próximo a minha orelha, não reconhecendo o número.

— Senhora Mills? Regina Mills? – a voz feminina pergunta. Mal consegui ouvir, pois algo parecido com sirenes cortava qualquer requisito de som.

— Sim, sou eu. – respondo ainda com a voz sonolenta. - Quem está falando?

— Senhora, somos do NewYork-Presbyterian Lower Manhattan Hospital. Aconteceu um acidente...

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Quatro meses depois...

O cantar daqueles pássaros começa a me irrita, onde o meu sono vai se dissipando na partícula daquele som repetitivo. Tentei obstruí-lo, afundando a minha cabeça naquele travesseiro macio, mas é em vão, pois por mínimo que fosse ainda continuava a ser audível.

Humor. Essa palavra talvez não combine muito com a minha personalidade, ainda mais quando se tem uma empresa para se administrar e um capital a zelar. Como herança, os meus pais haviam a deixado em seu testamento para mim, sem me comunicar se eu estaria disposta a sacrificar o meu tão sonhado futuro por algo que eu sequer entendia. E hoje como o dia "D" teria que estar completamente apresentável para iniciar as minhas ações como a mais nova regente naquele meio social.

Levanto, espreguiçando-me lentamente em cada passo até encontrar o banheiro. Deixo com que a água do chuveiro esquente, para então, entrar. O líquido incolor começa a escorrer pelo meu corpo, deixando-me arrepiada ao sentir a quentura do mesmo me tomar.

Após um banho demorado fui até o meu closet, passando os olhos por todas aquelas roupas até escolher um vestido roxo e um par de meia-calça escura. Troco-me rapidamente, equilibrando-me naquele scarpin ao terminar. Olho o meu reflexo no enorme espelho, contornando a minha boca com um batom vermelho.

— Você consegue Regina, seja igual a sua mãe.— murmuro internamente ao pegar o casaco perto da porta.

Ao ligar o motor do meu mais novo brinquedo, a BMW M6 de cor preta, segui caminho pelas ruas de Nova York. Atenta com o trânsito, que já se encontra congestionado ás sete horas da manhã. Fecho os vidros, ligando o som e acompanhando o mais alto que consigo uma das minhas músicas preferidas.

— Give it to me, I'm worth it. Baby, I'm worth it. Uh huh I'm worth it. Gimme, gimme, I'm worth it. Give it to me, I'm worth it. Baby I'm worth it. Uh huh I'm worth it. Gimme gimme I'm worth it! – canto, virando o volante e estacionando o carro em frente ao edifício luxuoso.

Os olhares começam a ser destinados a minha pessoa assim que o meu salto agulha começa a fazer barulho no piso escorregadio. Mantenho-me ereta, trilhando o caminho até o local destinado para que o discurso fosse feito. Debruço-me sobre a pequena pilastra de granito, onde um conjunto de pessoas se posiciona em minha frente, esperando para que eu comece.

— Bom dia. Eu sei que todos aqui trabalhavam para os meus pais, ou melhor, para minha mãe, Cora Mills. Espero que entendam que a partir de agora,  sou eu quem comandarei qualquer ação dentro dessa empresa. Talvez, vocês nunca tenham me visto por aqui, talvez vocês achem que sou apenas uma jovem sem experiência no ramo com um grande desafio a cumprir. Talvez eu seja jovem demais, mas ainda assim... Eu dito as regras aqui dentro. Então pensem bem, vocês decidem se me querem como amiga... ou como uma adversária! Cuidado, estarei observando cada suspiro, pensamento e atitude. Acredito que muitas coisas venham a mudar, orçamento, demissões, contratações... Deem o seu melhor aqui dentro, não se distraiam, pois o seu colega pode roubar o seu emprego. Formalidade. Ordem. Compromisso. Responsabilidades. Todas essas coisas serão avaliadas. Desde já, desejo sorte a todos vocês. Qualquer dúvida, eu estarei em minha sala. Obrigada.

Palavra por palavra, repetida acentuadamente assim como indicação do Sr. Gold, um dos empregados mais íntimos e antigos da minha mãe. O homem mais velho, não saiu do meu lado desde aquele maldito acidente, me ajudando a seguir em frente e me fazendo domar os sentimentos do meu coração para ser forte.

E agora, completamente pronta e sensata, seguirei os passos da minha mãe... Trilhando um futuro promissor e cheio de desafios...


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