— Mary Margaret! Mary Margaret! – larguei o molho de chaves sobre a mesa de canto, livrando-me daquele casaco em conjunto.— Emma? – franziu o cenho ao sair da cozinha, levando a mão ao peito. – O que foi que aconteceu menina?
Acalmei um pouco a minha afobação, respirando fundo à medida que alimentava os pulmões com ar. A mulher baixa se aproximou aos poucos e num sorriso genuíno, rolou seus olhos para algo além do meu corpo.
— Olá, Henry. – sibilou calmamente.
Virei-me de imediato e encontrei aqueles olhinhos cansados. Abri os braços e esperei por sua corrida até onde eu estava. Suas mãos pequeninas apertavam fortemente o meu quadril, enquanto as minhas não faziam muito diferente em suas costas. Curvei-me ao máximo e soltei um beijo no topo de sua cabeça, desfazendo o abraço de urso e me agachando para ficar da sua altura
— Hey, garoto! – disse, passando os polegares em suas bochechas levemente rosadas. – Como você está se sentindo? E esse gesso ein? Quando vamos tirar?
— Um pouco enjoado. – fez uma careta e levou uma das mãos a boca do estômago. – Dr. Whale disse que na próxima semana já estarei novinho em folha!
— Hum... Quem diria, seu fresco! – brinco, fazendo-o gargalhar e levantar os ombros. – Me diga amor, como foi lá? – exalei preocupação na voz, sentindo meu coração acelerar gradativamente.
— Ah... mãe. – olhou para o teto, como se estivesse pensando. – Ah, primeiro eu e a Srta.B, fomos até uma sala que tinha um bocado de crianças. – insinuava com gestos rápidos e eu, estava em total atenção com cada detalhe de seu relato. – Essas crianças... Elas eram todas iguais, mas de uma maneira diferente, sabe? – neguei com a cabeça comprimindo os olhos para Branca do outro lado da sala. – Todas eram carecas, mãe.
— Hum... – não via um espanto em seus olhos, o que me agradou muito, pois o fato dele não se sentir incomodado com tal "diferença", me fazia ter orgulho dele. – Continue amor.
— A gente ficou esperando aquelas mulheres de branco.... Como se chamam?
— Enfermeiras? – sugeri rapidamente.
— Isso, mãe! Então, ficamos esperando por elas e quando chegaram... Me colocaram em uma poltrona igualzinha as das outras crianças. Depois uma senhora loira veio com um carrinho cheio de coisas. – levantou a manga de sua camisa xadrez de um dos braços. – Eu nem chorei! – disse com astúcia, mostrando-me o braço levemente arroxeado, supostamente causadas pelas agulhas.
— Olha só... – passei os dedos devagar sobre o local machucado, meus olhos se encheram de lágrimas e eu puxei seu braço gentilmente para os meus lábios, beijando aquela parte com cuidado e pedi desculpas mentalmente por ter deixado aquilo acontecer.
— Não tá nem doendo, mom! – disse com graça, sorrindo grande.
— Eu sei... Mas tô fazendo o meu papel de mãe, é assim não é?
— Eu já sou grande. – sibilou com superioridade, arrancando de mim ligeiros segundos um sorriso reconfortante.
— Tudo bem, Sr. Adulto. Existe mais alguma coisa que eu deva saber sobre hoje?
— Sim! – pausou. – Se um dia você for a o hospital... Não deixem que coloquem um líquido azul em você, mom!
— Porque?
— Porque queima. – rangeu os dentes. – E você não é tão forte quanto eu, não aguentaria um segundo sequer. – mostrou-me no mesmo segundo seus invisíveis músculos
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THE LAST CHANCE
FanfictionEmma Swan recebe uma notícia que mudaria a sua vida de uma hora para outra. Quando tudo parece estar perdido ela recebe uma proposta que resolveria todos os seus problemas... Mas a proposta vem com um preço... Será que Emma estaria disposta a pagar...