A expressão no rosto de Madame Pomfrey só podia ser descrita como a expressão de alguém planejando assassinato. Você nunca tinha visto ninguém parecer tão bravo e tão assustador, nem mesmo o General. E ela estava brava com você.
Ops.
"Ele atirou em mim," você se viu explicando pelo que parecia a décima vez. Madame Pomfrey apertou seus lábios numa linha fina, os olhos brilhando. Atrás dela, Tonks balançou a cabeça como se estivesse questionando a sua inteligência.
"Lá fora," Pomfrey disse afiada. "Ele atirou em você lá fora, no campo de batalha. Eu não me importo com isso. Eu não me importo com o que nenhum de vocês faz longe dos meus cuidados."
"Mas..."
"Não," ela interrompeu. "Eu disse o que eu disse. Esse é o meu hospital. É um lugar para vocês serem pacientes se curando, não soldados lutando, e enquanto vocês estão aqui, vocês vão seguir as minhas regras. Uma delas é nada de brigas. O que é algo que você tinha prometido seguir logo antes de fazer o exato oposto. Talvez as coisas sejam diferentes no sul, mas nós nortenhos nunca quebramos uma promessa. É algo do qual somos bem orgulhosos."
Muitas coisas são diferentes no sul, você queria dizer. Seus avós e seu pai, por exemplo, se orgulham de cada uma das promessas que eles quebraram, e pessoas que eles enganaram e machucaram para conseguir chegar nas posições de poder na qual eles se encontravam.
Você tem quase certeza de que essa é a razão para o sul ser o lado mais rico e desenvolvido, enquanto o norte era conhecido por seu pobre e estupido antes mesmo da guerra. Se tem uma coisa que você foi ensinado, é que a única pessoa que você tem que proteger e confiar cem por cento é você mesmo, e que honestidade não é o que vai te levar longe.
Promessas são quebradas o tempo todo, e é muito melhor ser a "cobra duas caras" da situação, do que o estupido e inocente.
Dessa vez, porém, você não tinha quebrado a promessa por querer. E, em frente a expressão assassina de Pomfrey, você queria deixar isso bem claro.
"Eu esqueci," você admitiu.
"Isso não é desculpa."
"Eu entrei em pânico."
"Isso também não é."
"Olha," você disse lentamente, "eu vi ele e meu cérebro deu branco. Eu entrei em pânico e esqueci e a única coisa que eu conseguia pensar era em toda a dor que eu estava sentindo porque ele atirou em mim. Eu quis revidar e eu não pensei direito. Eu nem conseguia lembrar onde eu estava."
Por um segundo, parecia que eu estava de volta no campo de batalha.
É claro, você não falou essa última frase em voz alta, porque seria muito pessoal e sincero e, honestamente, você não confiava em si mesmo para conseguir falar aquilo sem começar a chorar pateticamente, o que. Hã. Era a última coisa que qualquer um de vocês iria querer.
"Você ainda fez aquilo, não importa se foi uma reação do momento ou premeditado." Madame Pomfrey suspirou. "No final do dia, suas ações foram violentas e poderiam ter causado um desastre. Isso é um bar cheio de soldados feridos, prestes a explodir por causa de toda a ansiedade que eles estão sentindo, uma briga poderia muito bem ter sido a gota d'água. Eles todos poderiam ter se juntado a você. Alguém poderia ter morrido."
Tonks se revirou um pouco.
"Talvez nem tanto," ela disse delicadamente, vendo o olhar de pânico crescendo em seu rosto.
"Não," negou Pomfrey, lançando um olhar para Tonks. "Talvez tanto sim." Ela suspirou mais uma vez. Parecia muito cansada, e cada vez mais irritada. "Aquela cena foi ridícula."
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death hours, DRARRY ✔️
FanfictionA história é assim: Os lábios do herói têm gosto de mel e liberdade e cinzas, e as mãos dele são grandes e calorosas onde estão tocando as suas bochechas. Ele tem um sorriso torto na boca e suor caindo por sua testa, e há uma grande gaze empapada de...