01.

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Harry... — Louis gemeu em uma sequência de mantras sentindo a estimulação incessante atingir cada centímetro do seu corpo. Suas pernas tremiam de prazer e elas não eram as únicas.

Em resposta ouviu o riso debochado do jovem que, em qualquer outra situação, o esquentaria os nervos (principalmente quando vinham no meio de uma de suas aulas).

Mas agora, especificamente, Louis achou que poderia levar isso para um outro lado. Tudo que Harry fazia soava cem vezes mais sexy, que porra!?

— Você gosta quando eu faço assim, professor? — Soou em algum lugar entre suas pernas. — Gosta quando eu provoco você aqui? Eu poderia passar horas vendo o senhor assim. O senhor é tão gostoso.

Era quase magnífico- se não fosse trágico. No fundo ele sabia que assim que toda essa excitação e lençóis molhados acabassem, sua consciência o pegaria.

Ele soube disso quando se entregou pela primeira vez.
E em todas as seguintes dela também.

-

— Eu odeio esse sinal — Horan murmurou coçando os ouvidos.

Era um péssimo dia para se ter parado em baixo da campainha da escola. Na verdade, era um péssimo dia em si para Harry.

Não que algum dia de sua vida ele tenha de fato acordado disposto para ir pra escola mas nessa manhã, específicamente, ele havia acordado de ressaca pela grande festa que teve no dia interior- a qual ele avisou aos seus amigos que seria uma péssima idéia fazê-la no domingo por conta das aulas no dia seguinte.

Não que ele queria ser o cara chato a estragar a noite de todo mundo.

Acontece que a festa de fato aconteceu e ele de fato acordou de ressaca e sua mãe de fato o obrigou a vir a aula.

Estava sendo tudo horrivel naquela manhã até agora. Sua cabeça ainda doía e, depois do sinal bem gritante acima de si, ele podia senti-lá latejar.

Eles nem ao menos teriam aquela primeira aula, por Deus. A antiga professora de história, senhorita Claire, deixou a escola para viajar o mundo - o que Harry não julgava, inclusive faria se pudesse - e a direção não havia encontrado um professor novo até então.

Ele poderia dormir nessa aula como ele sempre fazia mas nada se comparava a sua cama agora.
Ele queria chorar.

— E eu odeio a minha vida — Respondeu. Sincero e sem humor. — A cadeira do fundo é minha, eu disse. E não me acordem até o fim dessa aula a não ser que vocês queiram ver o diabo em vossas frentes.

Horan e Malik ergueram as mãos em redenção, chacoalhando a cabeça enquanto entravam para a sala. As três cadeiras que já praticamente pertenciam aos meninos estavam vazias então tudo o que eles precisaram fazer foi marchar até o fim da sala.

Harry praticamente se jogou no assento. Puxando a touca de seu moletom na cabeça e deitando sobre o braços largos. Ele poderia dormir em questão de segundos, ele apenas estava tão cansado que se fechasse os olhos logo pegaria no sono.

O que não aconteceu graças a Zayn Malik, é claro.

— Hey mate, acho que você não vai poder dormir nessa aula — cutucava o corpo de Harry e era tão irritante.

Harry levantou a cabeça como se estivesse a ponto de o matar.

— Se você encostar esse dedo em mim outra vez eu vou torcer ele contra sua mão — Ele falava sério.

— Não seja um ranzinza Harry. Zayn está certo, você não pode dormir. Todas as suas manhãs de sono nas aulas de história acabaram — Niall deu de ombros enquanto falava.

Harry coçou os olhos. Todas as suas forças o controlando para não bater a cabeça de seus amigos uma contra a outra.

A culpa era toda de Zayn, afinal. Ele teve a idéia de dar a maldita festa.

Mas também era um pouco dele porque ele não deveria ter bebido tanto sabendo que teria aula no dia seguinte.

Toda essa situação era uma merda e Harry apenas queria estar em casa.

— E por que, raios, eu não dormiria nessa aula se eu estou morrendo de sono, dor de cabeça, enjôo e raiva? — Fez questão de enfatizar a última.

Em resposta recebeu o dedo indicador de Malik apontando para frente, quando seus olhos seguiram o caminho feito, um homem, com uma cara nada agradável, estava olhando na direção do grupo. Braços cruzados na altura do peito e lábios contraídos.

Sua voz então pareceu ter soado mil vezes mais alta, ao contar pelo silêncio que a sala estava.
O homem que o encarava vestia um terno preto, as mangas da camisa social branca dobradas até o cotovelo e seu blazer colocado envolta da cadeira. Havia uma mochila preta e uma pasta sob a mesa dos professores e só então Harry se deu conta:

As aulas de história finalmente haviam ganhado um novo professor.

Oh my, I Remember Those Nights ➳ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora