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deixe aqui o seu "EI, A CAPA MUDOU!"

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— Chamamos de monarquia constitucional um regime de governo ao qual um Rei ou Imperador é a figura líder de um país. Países regidos pela monarquia não necessitam de um presidente, como é o caso de nossa, querida, Inglaterra.

Era sexta feira, possivelmente o dia favorito de qualquer pessoa que tinha que estudar ou trabalhar na semana. O dia favorito de Harry com certeza.

Antigamente, pode-se dizer que isso se atribuía ao fato de que sexta-feira significava um fim de semana inteiro para ele aproveitar bem longe da escola, talvez beber mais do que deveria.

Ele ainda bebe, quando está sozinho, ou depois das aulas, principalmente. Mas agora, sextas-feiras eram seus dias favoritos da semana porque significavam duas aulas seguidas com Louis.

Com um Louis que parecia parar no meio de cada sentença para o direcionar um sorriso.

Ele não parecia se importar mais. Não que não tivesse receio de algum aluno perceber, era mais como se ele não tivesse mais tentando negar Harry, tentando negar a si mesmo. Porque mesmo quando ainda estavam juntos, ele se pegava fazendo isso, se sentindo completamente horrível depois.

Ele nunca mereceu Harry, se formos ser honestos. Harry sempre foi bom demais com ele, mesmo quando ele realmente não merecia. Quando Louis o dava um fora, ou ficava inseguro demais com as coisas que criava em sua própria cabeça, não o dando nenhuma pista do que poderia ser, Harry ainda estava ao seu lado.

Ele terminou com Harry. Com todas as letras. Deu um fim na relação dos dois por medo o suficiente de um futuro incerto antes mesmo de tentar. E mesmo assim, Harry ainda o procurou, ainda tentou concertar alguma coisa, não desistiu dele.

Louis se sentia ingrato, ao mesmo tempo que se perguntava por que o garoto ainda não havia o deixado, por que não havia procurado alguém sem problemas ou empecilhos no caminho.

É por isso que ele estava tentando melhorar, tentando retribuir tudo isso de alguma forma. Ele sabia que algumas mudanças teriam de vir de dentro, que algumas coisas precisavam partir dele primeiro. Ele precisava ter certeza de que estava estável o suficiente para receber Harry outra vez em sua vida.

Porque Harry estava apenas ali, esperando que Louis tomasse a iniciativa e voltasse correndo para os seus braços. E, por mais que ele acredite fielmente em sua promessa de que não irá a lugar algum, ainda sim há um pouco de receio em perder muito tempo tentando evitar Harry e acabar o perdendo de vez sem perceber.

As coisas estavam começando a clarear em sua mente, como se depois de ter passado semanas em um quarto escuro alguém tivesse aparecido e abrido uma fresta da janela e agora ele pudesse enxergar aonde estava a chave para sair dali. Ele não tinha certeza de muita coisa, mas tinha certeza que o arrepio que subira em sua espinha, que o sorriso que ele tentou morder quando Harry aceitou sua ligação na noite anterior eram reais. Que a constatação de que não conseguiria dormir sem ouvir a voz de Harry era real.

Seus olhos seguiram para o fundo da sala, e as duas íris verdes o encaravam brilhantes.

Uma vez, Louis leu em algum lugar, que a cor verde é considerada uma cor rara para olhos. Ele teve certeza de que já tinha visto alguém com olhos verdes antes, realmente tentou puxar em sua memória qualquer pessoa, até perceber que, na verdade, ele não tinha. Que podiam existir milhares de tons de azul, ou um caramelo esverdeado, mas verde era único.

Isso ficou em sua cabeça por semanas na época, porque não eram como olhos roxos ou cinzas, eram verdes. Quase como se quisesse provar que a ciência estava errada, porque aqueles sim eram raros.

Oh my, I Remember Those Nights ➳ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora