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A cada passo que Harry dava em direção a mesa de Louis, seus pés pareciam ganhar dez quilos a mais.
Ele não se lembra de ter se sentido assim algum dia antes e agora olhe só para ele. Tremendo só de se imaginar dividindo um café com o seu professor (supremo crush).
Aproveitou que Louis estava distraído com seu livro para ocupar por livre e espontânea vontade o assento vazio à sua frente.
- Professor Tomlinson?
Foi nítida a surpresa no olhar de Louis, ainda mais para um homem que pouco expressava qualquer emoção. Seus olhos arregalaram um pouco de primeira mas ele logo tratou de piscar algumas vezes e se recompor.
- Harry Styles - saudou sem animação. - O que faz aqui?
- Vim abastecer o carro - O garoto riu de sua própria piada, mas, olhando de novo para Louis, percebeu que ele não estava muito pra brincadeiras. Ele conseguia manter a mesma cara séria intocada e, tudo bem que não foi a melhor piada do século, mas sua mãe havia o ensinado que você deve rir pelo menos por educação. - Hey, foi só uma piada. Brincadeira sabe? Eu vim comer alguma coisa, como todo mundo né?
Louis não pareceu se importar com sua explicação, na verdade ele achou engraçada a primeira resposta que o Harry o deu porque ele tinha feito uma pergunta bem idiota. Mas ele queria mais saber como o garoto e ele sempre acabavam se encontrando do que o que ele estava de fato fazendo ali.
Mas visto que aquilo é um lugar público onde ele não manda em nada e nem tem moral para cobrar alguma coisa de Harry, tudo que ele pôde fazer foi observar o aluno conversar com o moça que acabará de o atender enquanto bebericava os últimos gole de seu café.
- E então... é isso o que faz depois da escola? - Sua voz insolente soou. Harry era tão... - Não estou surpreso. É óbvio que você sai pra ler e tomar café em pleno o dia lindo que está lá fora.
- O que está insinuando? - Louis perguntou, nada contente quando arrancou um riso debochado de Styles.
- Nada - Deu de ombros com uma cara que dizia o contrário.
Louis o analisou devagar, segurando o olhar de Harry nos seus até que ele fosse o primeiro a mover.
Havia algo sobre aquele garoto... algo que soava como perigo, e se tivesse uma placa anunciando Harry Styles, ela com certeza viria com algo como "não se aproxime, elemento contagioso."
E Louis se odiava por não conseguir ignorá-lo.
- Se quer saber, Styles, eu não costumo fazer isso todos os dias, eu tenho uma vida. Apesar de que não seja da sua conta - Disse. - Mas eu não me importaria se essa fosse a minha vida. É um bom livro- e café.
E novamente, com toda a sua cara de pau, Harry simplesmente se ergueu na mesa. Ergueu totalmente, possibilitando Louis de ver todo o seu torso nu pela gola larga da camisa. A corrente de cruz correu pelo seu pescoço batendo na mesa, quase como uma cena em câmera lenta de um filme de suspense. Todo seu peito bronzeado e liso a mostra, tendo algumas sombras escuras do que seriam... tatuagens? Louis não fazia idéia.
Harry então estendeu sua mão até bem próximo de seu braço, a sensação de estarem tão pertos de um toque pela primeira vez se manifestando no corpo de Louis mais rápido do que ele podia raciocinar.
Mas, quando sua mão chegou no que parecia próximo o suficiente de o tocar, ele contornou e ergueu seu... livro.
