Fazia algum tempo, des de que vi Sherlock tão animado com um caso, depois dele se gabar da sua incrível dedução, ele levantou a gola de seu sobretudo, dei uma risada curta, sorri com os labios e ele percebeu.
-Oque foi?
-Você, fiz algo engraçado?
-Descubra sozinho Sherlock Holmes.
Ele me olhou minuciosamente, batia meus dedos no meu colo, com certeza eu estava demonstrando ansiedade, o carro finalmente parou, era uma casa, uma comum, não parecia ser cara, estava na média de uma casa normal, ela tinha uma cor creme, meu amigo Sherlock não perdeu tempo, e logo desceu rapidamente do taxi o qual estávamos, ele entrou correndo.
-Quem está de turno hoje?
-Você já sabe...- disse Lestrade
-Ahh
-Você não pode entrar ai!- disse Anderson.
-Alguém tire ele de perto de mim!
Sherlock revirou os olhos e entrou, tinha policiais por toda parte, e lá estava a vítima, na sala, deitada de forma desengonçada no chão, seus olhos ainda estavam abertos.
-Saiam eu preciso pensar!
-Vamos façam oque ele falou - disse Lestrade
Logo todos saíram.
-Oque está fazendo John?
-Saindo, como você pediu.
-Não, você fica, sabe que preciso de você?
Quando ele disse isso, um ar gelado subiu por todo o meu corpo, me causando arrepios, Lestrade olhou para trás com uma cara de incrédulo.
-Não faça essa cara Lestrade, está me desconcentrando.
Lestrade saiu, Sherlock começou a analisar o corpo, e começou a rodear a sala.
-Ele entrou pela janela - disse apontando para a janela - Está vendo marcas de sapato, ele entrou por aqui, ela estava deitada no sofá, vendo alguma coisa insignificante, então o viu e levantou, da pra ver não me olhe assim é óbvio, ela não saiu rolando até o chão John.
-Mas porque ela não correu?
-Pois ele tinha uma arma John, porque mais ela ficaria esperando pra ser morta?
-Mas ela não tem nenhum ferimento, marcas de combate físico ou arma.
-Finalmente está fazendo as perguntas certas John, nenhuma marca.
Fui até o corpo e olhei cada detalhe, quando vi um ferimento, era de uma agulha.
-Sherlock, acho que vai gostar disso aqui.
Sherlock veio em minha direção e viu o braço dela.
-É recente, não pode ser de um exame de sangue, os laboratórios já estavam fechados a 3 horas a trás, ela não é uma enfermeira ou algo assim para aplicar algo em si mesma.
-Como sabe que não?
-Olha o corte de cabelo e as unhas está óbvio que ela trabalha em um escritório.
-Então só pode ter sido o assassino.
-Ah John você me causa inveja com esse celebro tão lerdo, chama os Lestrade, e ligue para Molly, vamos ver que tipo de veneno nosso assassino usou.
Fomos até o laboratório, fui comprar algo para eu e Sherlock comermos, pois ele ficaria lá até achar alguma coisa, e pelo visto, estava demorando, cheguei lá e Sherlock andava de um lado para o outro gritando.
-Nada, nada, NADA!!!Isso é impossível, impossível!!!
-Talvez tenha sido uma morte natural...
-Não foi uma morte natural John! Eu te mostrei!!!
-Calma vamos achar algo, porque não voltamos para lá? Você pode achar alguma coisa, quem sabe essa seringa?
-Ele é esperto, muito esperto, não tem como ter se livrado disso na casa dela!
-Calma Sherlock senta e coma alguma coisa.
-Não da John, estamos lidando com um serial killer!
-Mas e se for alguém da família, ou amigos?
-Pessoas assim tem ligação emocional, amor, ódio, rivalidade, isso os deixa descuidado, não pensariam tanto para matar alguém! Se fosse um conhecido ate a polícia descobriria!
Ele finalmente sentou e começou a comer, logo a Molly chegou perplexa.
-Como conseguiu?- perguntou ela
-Conseguiu oque?
-Fazer ele comer, ele nunca faz isso se está em um caso.
-Eu só pedi.
-Parem de tagarelar, estou pensando!
Depois de comer ele olhou para mim, com a cara que só ele fica diante de um caso desses.
-Esse é diferente.
-Oque?- perguntei
- O serial killer, ele é tão cuidadoso, que emocionante. Vamos John!
-Onde ?
-Qual o melhor lugar pra se esconder um lixo?
-No lixão?
-Isso mesmo, então vamos!
-Para o lixão?
-Não John, para o beco!
-O da rua da casa da vítima?
-Isso mesmo, vamos!
Pegamos o primeiro taxi que vimos e fomos para a tal viela, chegando lá vimos uma sacola, quando abrimos tinha uma seringa, e um par de luvas.
-Mas não tem nenhum líquido dentro, e nem ampolas...
-Ar.
-Oque?
-Ele aplicou uma seringa de ar! Não deixa vestígios.
-A bolha de ar não se mistura com o sangue, indo para órgãos vitais pode causar a morte.
-Que brilhante!
-Mas não tem vestígios nenhum, como os pegaremos?
-Vamos esperar John, quando ele atacar de novo vemos oque as vítimas tem em comum.
-Com isso, descobrimos o grupo específico de pessoas que ele ataca.
-Aí poderemos prever sua próxima vítima!
Vi seu rosto de empolgação, sua maneira de pensar realmente era incrível.
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Descobrindo o óbvio
Misterio / SuspensoTodos sempre desconfiaram, sempre souberam que aquela relação não era só uma amizade, e agora não são só as "pessoas" que sabem disso, tanto John quanto Sherlock começaram a perceber o óbvio. #Johnlock