Meados de 1810.
Poucas coisas Lisa Helton tinham como certeza na vida, uma delas é que nunca se mudaria para Londres,e se tivesse muita sorte morreria sem pisar os pés novamente na cidade maldita.
Outra é que seria uma solteirona inveterada, e se não respeitada por todos ao menos temida pela maioria deles. Não queria um homem ao seu lado para garantir que tivesse respeito, seria respeitada pelos seus próprios atos, e não se importaria se as dondocas a olhassem torto, saberia que estava bem mais feliz que qualquer uma delas jamais seria , podia não ter um marido que a amasse mas também não teria um para maltratá-la.
Estava ciente que a sociedade não veria isso com bons olhos, mas o mundo não seria mundo quando Lisa começasse a ouvir a sociedade.
Iria cobrir os cabelos com chapéus cheios de penas e mantê-los presos, suas roupas seriam decentes e respeitosas e de forma alguma iria desrespeitar as condutas que a sociedade considerava corretas, entretanto, não iria se prender a ideia de que uma dama precisava se casar para ser feliz, podia aceitar que nunca seria tratada como igual ou com tanto respeito quanto uma mulher casada, podia até afirmar que o céu não era azul - o que não seria inteligente - mas não iria ser uma dessas damas que suspiravam cada vez que um homem com uma beleza respeitável e um título adentrava um salão, que um raio caísse sobre sua cabeça se um dia chegasse a fazer isso .
Graças a sua tia avô, Colman, ela tinha uma herança respeitável da qual poderia fazer bom uso quando completasse 25 anos, ainda faltava quatro anos mas estava satisfeita ajudando na propriedade do irmão, era útil, mesmo que nenhum dos homens assumisse que precisava dela, sabia que seria a perdição deles se não estivesse ali para garantir que não fariam uma enorme tolice, como a maioria dos homens tendem a fazer quando não contam com a supervisão de uma mulher.
Por ser irmã de um conde não era de se assustar que todos esperassem que fizesse um bom casamento, afinal, fora ser irmã de um conde tinha um bom dote e sua herança, qualquer um que tivesse um pouco de ambição a consideraria um bom partido. É claro que um homem com juízo se manteria bem longe dela, era o que todos costumavam dizer, podia ter todo o dinheiro do mundo, mas seria capaz de atear fogo sobre ele pelo simples fato de ser contrariada.
Lisa não considerava isso verdade, podia ser impulsiva mais nem de longe era uma tola que queimava dinheiro apenas por raiva.
Mas voltando ao ponto de partida, a pouca vontade de se casar e ao fato de que seu irmão, Tobias, e o líder da família desde que seu pai caiu duro no chão, desejava a levar para uma temporada em Londres onde poderia usufruir desse tempo para escolher um marido.
Seu irmão nunca foi um exemplo de aristocrata, mas não se importaria de ver todas as irmãs casadas e felizes e não se importava de começar por Lisa, por ser um fenômeno da natureza precisava ser contida, outra coisa que Lisa não considerava nenhum pouco verdade. Contudo, agora estava ocupada demais tentando impedir seu irmão de tornar sua vida tremendamente infeliz e isso a trazia ao motivo que a levou até a casa do Visconde de Sterling, o que se não resolvesse a situação sem dúvida pioraria muito.
Uma dama como ela não deveria estar na propriedade de um homem solteiro, e que além do mais morava sozinho e desacompanhada da sua dama de companhia, mesmo que não fosse nem perto do meio dia e que Hussein fosse o mais próximo da família que se podia ser. Tais ações era como jogar a reputação na lama, e reputação é tudo que uma dama tem e que se deve proteger a todo custo.
Entretanto em momentos horríveis é permitido deixar tais questões para segundo plano, sua mãe e seu irmão ficariam pouquíssimos satisfeitos de saber seu paradeiro, mas ter irmãs fiéis estava se provando algo maravilhoso.
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Entre guerras com um Duque (01 Volume Dos Helton) DEGUSTAÇÃO.
RomanceLisa não deseja se casar. Elisabeth Helton estava satisfeita com a sua vida, de todas as formas possíveis para uma mulher ,ela era livre, e não desejava mudar isso para se tornar a prisioneira de um homem. Ela não é o tipo de mulher que se p...