Capítulo 4 - Tragédia

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Sabem quando a vossa vida está uma merda e pensam: "Pelo menos tenho os meus pais". Pois... Eu nunca pensei assim, mas ver o meu pai daquela forma no chão... Nem como reagir sei.

O meu pai neste momento está dentro de um saco preto, morto. Pois é, morto. Os paramédicos nem tentaram fazer muito ele já estava morto à 3 horas, parece que o burro teve uma overdose com uma droga que nem pronunciar sei... Era bastante forte, e ele exagerou na quantidade.

A minha mãe vêm ter comigo e abraça-me:

- M-Mãe? - Digo deixando ainda mais lágrimas caírem, começo a sentir o meu coração a acelerar cada vez mais. Começo a ver tudo cinzento e a tremer, o que está a acontecer comigo?

Acabo por desmaiar.

Acordo no hospital, e começo por levemente abrir os olhos e a ver tudo desfocado e ouço a voz da minha mãe a avisar que vai chamar um médico.

O médico entra e explica-me que tive apenas uma quebra de tensão e que fizeram exames em mim e estou saudável, mas eu mal conseguia ouvir-lhe... O meu pai está morto! Qual é o ser humano que não se sentiria mal?

Vida de merda a minha.

- Mãe

- Diz filho? - A minha mãe notava-se que andou a chorar muito e que estava a sofrer, a cara dela estava encarnada e os seus olhos também, parece que esteve a lavar a cara em lágrimas.

- Vamos fazer um funeral para o pai?..

- Claro filho! - A minha mãe desata a chorar de novo.

Eu acabo por abraçar a minha mãe no intuito de ela se sentir melhor e ela me abraça e diz que vai tudo ficar bem.

...

Já em casa, a minha mãe apanha as coisas do meu pai para por em caixas e guardar até que ela encontra uns papéis e grita. Mal a ouço gritar vou a correr ter com ela.

- MÃE MÃE O QUE ACONTECEU?

A minha mãe mostra-me uns papéis a mostrar que eles tinham dívidas de 10 mil euros, não soube como reagir... Não temos esse dinheiros...

Vou para o meu quarto e apanho o meu telemóvel, quem sabe o Lucas me ajude neste momento horrível da minha vida. Mal ligo a Lucas ouço a campainha e vou abrir. Quem seria? Exatamente, Lucas e sua Mãe prontos para nos vir consolar com um jantar que cheirava muito bem. A mãe de Lucas e a minha mãe vão para o quarto dela, já o Lucas e eu vamos para o meu quarto.

Lucas se descalça, e da-me um abraço

- Tem sido difícil estes momentos não é?

- Sim - Digo começando a chorar no seu ombro.

- A minha mãe deixou-me dormir aqui hoje, se não te importas é claro.

- Por favor, fica comigo - Será que ele quer fazer algo comigo?

Lucas e eu sentamo-nos na minha cama

- Tomás...

- Sim Lucas?

- Vamos tomar banho juntos... - Ele diz isso olhando para o chão completamente sem reação nenhuma, sinto algo em minha intimidade, isso é... Normal?

- Pode ser - É coisa que os amigos fazem certo?

Lucas e eu vamos diretos para a casa de banho, Lucas tira camisola, suas calças e suas meias. Fico olhando para Lucas, ele é mesmo bonito.

- Não te vais despir? Não vou ficar nu sozinho. - Diz Lucas em uma forma de brincadeira

Eu tiro as minhas calças e a minha camisola, não tiro as cuecas porque espero ele tirar, mas calma... Ao tirar as calças noto a minha intimidade um pouco pra fora do lado e Lucas vê e desata a rir-se, eu rapidamente meto no lugar.

O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora