Capítulo 16 - O segredo

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Começo a ler coisas, mas nada que me diga quem era. Existe ameaças, fotos do Lucas com o Tomás a passear e coisas a dizer para ele ler as mensagens no telemóvel.

Tem aqui um telemóvel, então apanho-o e ligo-o. A primeira coisa que aparece é a tela de bloqueio com uma foto do Lucas e do Tomás a beijarem-se provavelmente é este o das cartas. Provavelmente o que o Joaquim não conseguiu foi desbloquear o telemóvel, porque parece-me que o segredo por de trás de tudo, está neste pedaço de metal.

Eu apanho o telemóvel e guardo no bolso, e apanho o que acho importante do quadro, dobro e meto nos meus bolsos tudo o que consigo apanhar e fujo. Entro dentro do carro já a ouvir as sirenes a vir nesta direção, e vou para o hospital.

Estaciono a correr e vou a correr até ao quarto do Tomás, entro e assusto ele a mãe dele.

- Joana? - Diz a mãe dele sem entender nada.

- Senhora Luana, pode nos dar um momento?

- Claro. - Ela faz um festa no braço do filho e saí.

Sento-me na cama do Tomás

- Então como estás?

- Bom.. A boa notícia é que amanhã já vou poder sair do hospital, mas cadeira de rodas apenas. Má notícia é que vou ficar com isto por um bom tempo. - Como é que alguém que parte uma costela e tem o pulmão furado, 1 dia depois já pode sair do hospital?

- Tomás, eu descobri umas coisas sobre o Lucas... Não vais gostar muito...

- Como assim?

- O Lucas estava a seduzir o Joaquim para conseguir dinheiro e fugir...

- Impossível, o Lucas não me deixaria. - Diz ele a segurar a cabeça quase a chorar.

- Ele queria fugir porque estava a ser perseguido.

- Por quem???

- Não sei... Mas qual quer coisa está neste telemóvel. - Pego o telemóvel que estava lá do meu bolso e dou ao Tomás.

- É o telemóvel do Lucas! - Tomás começa a chorar na hora, e cheira o telemóvel.

- Ainda tem o cheiro dele... - Tomás chora mais.

- Temos que o desbloquear...

Tomás mete um código e funciona.

- O que metes-te? - Digo eu espantada.

- A nossa data de namoro... - Diz o Tomás continuamente a chorar.

Eu e o Tomás lê-mos as mensagens, e tinha alguém sempre a ameaça-lo. Chegamos a uma parte de mensagens que lê-mos uma assim: "Pensei que os pais gostavam dos filhos..." Chegámos à conclusão que quem o ameaçava era o pai dele.

- I-Impossível! - Diz Tomás chocado.

- O Lucas disse-me que o pai dele suicidou-se quando ele tinha 8 anos!

Continuamos a ler e vemos que combinaram se encontrar em um sítio com relva e bancos, mal acabámos de ler o Tomás grita

- É O PARQUE! É O PARQUE!

- Tomás tem calma! Ainda estás mal, podemos ir lá quando poderes ir de cadeira de rodas. - Digo eu a segurar-lhe para não se levantar.

- Como queres que fique aqui sentado, depois disto que descobri? - Ele tem razão mas tenho de tentar deixar-lhe calmo.

- Prometo-te que amanhã vamos logo lá, iria agora mas tenho de ir para o meu dormitório, ando a faltar a muitas aulas tenho de estudar.

- Entendo, obrigado por tudo o que tens feito por mim Joana, és uma pessoa incrível.

Eu dou-lhe um beijo na testa e saio, apanho o carro dele e vou para a escola, entro dentro do meu dormitório e sento-me na secretária a estudar.

...

Enquanto estudava, ouvi alguém bater à porta e vi uma carta a passar por debaixo da porta. Rapidamente apanho a carta, abro e leio o que está lá escrito.

- Ah? "Cuidado"? - vejo uma foto do Tomás e eu no hospital a falar. Rapidamente abro a porta e vejo que a pessoa que deixou a carta fugiu. Fecho a porta do meu dormitório e tranco-o. Não consigo estudar mais, estou assustada demais para o fazer.

Deito-me e rezo para que não me aconteça nada. Fica difícil de adormecer, mas acabo por cair no sono.

O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora