Capítulo 17 - Está morto! Está mesmo morto!

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Acordo de manhã, cheia de medo, e ansiedade com o que pode acontecer hoje. Sinto que algo de mal vai acontecer... Não me gosto de sentir assim...

Levanto-me e vou tomar banho, chegando ao meu quarto vejo o meu telemóvel com 10 chamadas não atendidas e várias mensagens do Tomás, parece que ele já saiu do hospital e quer ir lá...

Bom, começo a vestir uns jeans e uma camisola com um desenho de um gato, e visto o meu casaco estilo fato de treino e vou ter com Tomás.

Dou à chave no carro do Tomás, e vou em direção à casa dele. Mal chego, vejo Tomás à porta e ajudo-o a entrar.

- Do que esperas? VAMOS!! - Diz Tomás com receio como eu.

Chegando ao parque tomas senta-se na cadeira de rodas e leva-me ao sítio da foto

Mal chegámos ao sítio o Tomás gritou

- É AQUI, É AQUI!

Procuramos e não encontramos nada, mas espera! A andar por aqui eu noto que o chão é mais mole em zonas que noutras, procuro a zona mole e escavo. Ew, o cheiro que acabo de sentir é horrível então vou às plantas e vomito.

- Lucas? Oh Lucas NÃO NAO! POR FAVOR QUE NÃO SEJE ELE!!! - Diz Tomás a chorar e a gritar.

- Oh não - Seguro a boca com as mãos e com os olhos super abertos de espanto.

Abraço Tomás

- Sinto muito Tomás, sinto muito muito muito.

- Eu amava-o tanto! Como pode ele morrer? Que tipo de mundo é este? Como o pai dele pode fazer isso?

Olho para o chão, nem tento abrir o saco. O cheiro é muito forte... Pobre Tomás... Pobre Lucas...

Eu tapo o buraco com a terra de volta

- Temos de chamar a policia! - Digo eu a olhar para Tomás assustada.

- Não vamos chamar a polícia... Eu vou tratar disto sozinho...

- Tomás isso é muito perigoso!!

- Que se foda... Perdi a única coisa que amava-me como sou, para sempre!

- Ei, tens me a mim, tens a tua mãe...

- Estás a brincar? Tu abandonaste-me quando precisei de ti, e a minha mãe? Ela não quer saber de mim. Nunca quis, o meu pai tratava-me mal e ela ficava sem fazer nada! NADA!

- Ela ama-te sim! Vê só o estado em que ela ficou quando foste parar ao hospital!

- Era a fingir para não parecer mal... Tu não lhe conheces... Leva-me para casa...

Eu e Tomás vamos para o carro, Tomás chora o caminho inteiro, não sei o que lhe dizer ou fazer para melhorar... Tenho de lhe deixar pensar sobre. Enquanto isso tenho de localizar o pai do Lucas para podermos fazer queixa à polícia. Na verdade, melhor não. Ele está frágil, tenho de dar tempo ao tempo. Quem sabe quando ele estiver "melhor" com ele mesmo, tenho de dar tempo para ele processar.

Chegando a casa dele, meto Tomás na sua cadeira de rodas e ele vai sozinho para casa.

Então volto para a escola, com uma dor enorme no coração! Eu pensei mesmo que iríamos encontrar o rapaz com vida... Afinal... Enganei-me... Chego à escola e vou para a aula, sabiam que é a primeira aula a que vou? E queria tanto eu vir para esta escola.

- Olá, quem é a menina? - Diz o professor

- Sou a Joana, desculpe não ter vindo nestas aulas... Tenho andado com uns problemas. - Professor sorri.

- Credo menina, até parece que viste um cadáver. - Ele pisca-me o olho.

Não acredito ele é o pai do Lucas?

O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora