Capítulo 18 - Professor de ciências

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Acaba a aula finalmente, estou mortinha para contar ao Tomás o que acabo de descobrir. Como o meu professor de ciências pode ser alguém tão mau? Ele nem parece ser uma pessoa má.

- Joana, fica aqui até os teus colegas saírem, necessito de falar contigo. - Ele diz isso a olhar para mim com uma cara bastante séria, chego a ficar com medo.

Os meus colegas acabam de sair e vou ter com ele.

- O que você quer? Pai do Lucas. - Ele olha-me a sorrir

- Parece que já entendes-te.

- Porque matou o Lucas?! - Digo eu um pouco afastada dele e segura de mim.

- Ele era gay, e por prazer. Quem não ama umas boas mortes? Matar o Lucas, foi fácil. - Ele diz isso com uma cara de quem está satisfeito, eu devia ir embora.

- O que importa se ele era gay? Você devia gostar do seu filho tal como ele é! - Ele da-me um soco.

- De que importa? As provas já foram limpas... - Não pode ser, ele livrou-se do cadáver!

- Devias ter vindo às minhas aulas em vez de andares a brincar com o Tomás aos polícias. Tenho pena de vocês. Vá podes ir, está dispensada aluna. - Ele diz-me enquanto me levanto por causa do soco que ele me deu, a minha cara dói-me bastante...

Na hora vou a correr para o carro e vou buscar o Tomás

Estaciono e bato à porta e a mãe do Tomás atende

- Ah, Joana! Que bom te ver, o Tomás está no quarto.

- Obrigada senhora Luana! - Vou a correr ter com ele.

- TOMÁS!! DESCOBRI QUEM É O PAI DO LUCAS! - Ele olha para mim assustado.

- QUEM É??? - Diz ele curioso.

- O meu professor de ciências!! Ele contou-me que matou a família por diversão...

- Agora tudo faz sentido, por isso que ele passou a dormir cá todos os dias, a mãe dele desapareceu e por isso que ele discutiu com o professor de ciências uma vez daquela forma. - Diz o Tomás super sério

- Não é tudo! Ele disse que as provas foram limpas! Temos de ir ao parque ver se ele retirou o cadáver!! VESTE-TE!

Tomás fica de boca aberta, mas logo começa a vestir-se e pega umas muletas, às vezes até me esqueço da facada que ele levou.

Tomás e eu descemos até o carro e logo vou direta a toda a velocidade para o parque. Chegando ao parque, estaciono mal e saio do carro, ajudo o Tomás a sair e ele pega as muletas e vamos o mais rápido que podemos.

Chegando lá, desenterro outra vez a parte mole da terra

- Oh céus, ele ainda está aqu... - Ouve-se um estrondo, pois é, Tomás levou um tiro na cabeça morrendo na hora ao meu lado.

- TOMÁSSSS!!!!! - Digo eu assustada.

Na hora começo a correr, a chegar ao carro levo um tiro de raspão na perna, neste momento estou a chorar e a termer de medo, o Tomás morreu! Caímos na armadilha dele! A culpa é toda minha.

Começo a conduzir o mais rápido que posso e fujo dele.

Não acredito, o Tomás está morto. Tenho de ir à polícia, que é coisa que já devia ter feito! Não devia ter ouvido o Tomás, devia ter ido na hora à polícia.

Conduzo até à polícia, estaciono e vou a correr até à porta mas acabo por cair com a dor do tiro de raspão. Vejo 2 guardas à porta.

- SOCORROOO!!! POR FAVOR AJUDEM-ME!!! - Digo eu aos gritos esperando uma reação.

Os polícias vêm ter comigo e ajudam-me a levar.

- O que é que aconteceu?

- O-O Tomás...

- Quem é o Tomás rapariga desembucha! - Enquanto isso levam-me para dentro.

- O meu professor de ciências matou o meu amigo... - Digo a olhar para o chão sem reação.

Na hora os polícias trataram do meu ferimento e levaram-me para uma sala para me interrogarem. Sabem aquelas cenas de filme que acham que nunca vai acontecer na nossa vida? Aconteceu agora comigo.

- Então olá menina, como te chamas? - Diz o detetive que acaba de entrar.

- O TOMÁS TEM DE SALVAR O TOMÁS! - Digo eu preocupada a chorar e desesperada.

- Calma, primeiro explica-me ...

- Joana.

- O que aconteceu.

- Tomás é um amigo meu de infância... O namorado dele desapareceu... - Ele interrompe-me.

- O tal de Lucas? - Diz ele desconfiado

- Isso mesmo!

- Estou a ver - Diz ele a segurar o queixo.

- Então, investigamos e descobrimos com ajuda do Joaquim que ele foi morto pelo próprio pai, e até encontramos o corpo. Está no parque ao lado da escola de informática e fotografia no ponto mais alto no meio de algumas árvores. Ele nesta última aula, deu-me umas pistas para eu e o Tomás irmos, ele disse-me que as provas tinham sido limpas já a prever irmos lá verificar. E quando chegámos lá ele deu um tiro na cabeça do Tomás. Por favor você precisa de fazer algo.

- Ok, então o teu professor de ciências, pai do rapaz desaparecido, matou-o e ao teu amigo Tomás? - O polícia saí da sala a preparar um monte de polícias para ir investigar.

E agora? O que eu farei? Tomás? Porquê tu e não eu? Porquê?

O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora