cinquenta e seis

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Felipe: O Peter, merda — Limpei o rosto e respirei fundo, me levantando.
Yohanna: Não, pai. Você não está bem para isso. Eu vou com a minha avó ou com a minha mãe, mas é melhor você ficar em casa descansando.
Felipe: Não. Eu estou bem. Eu só preciso... De água. Isso. Você pode me esperar no carro, de quiser ir, eu não demoro.
Yohanna: Não. Dessa vez eu não vou. Vai lavar o rosto que eu te acompanho até a cozinha e você bebe água.
Felipe: Está bem — Entrei no banheiro e fechei a porta. Lavei o rosto e arrumei o meu cabelo, me olhando no espelho.
Felipe: Você não vai mais sofrer por ela. Não vai — Falei convicto e saí do banheiro, vendo Yoh ainda sentada em minha cama.
Felipe: Pronto. Vamos.
Yohanna: Não quer mais beber água? — Se levantou e nós saímos do quarto.
Felipe: Não precisa mais. É melhor irmos — Ela Concordou e nós fomos até o carro, entrando no mesmo.
- Para onde vamos hoje?
Felipe: clínica do Peter.
- Certo — O motorista deu partida e eu coloquei o cinto.
Yohanna: Pai, o tio Fernando e a tia Clara não podiam ir buscar o Peter?
Felipe: Podiam, mas ele pediu para que eu disse buscá-lo. Digamos que ele... Não tenha tido boas conversas com eles desde que entrou na clínica.
Yohanna: Entendi — E nós ficamos em silêncio pelo resto do caminho. De vez em quando eu percebia que Bruna invadia os meus pensamentos, mas era muito menos do que antes. Se ela quer assim, assim será. Eu irei esquecer ela. Eu irei seguir a minha vida, seja com ou sem ela. •

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