cinquenta e sete

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[...]

Yohanna: Pai, eu vou sair com o Pedro, está bem? Mais tarde eu volto.
Felipe: Você para onde?
Yohanna: Cinema. E depois para o parque, provavelmente.
Felipe: Pode levar a Lee? — Marlee apareceu ali.
Marlee: Estou pronta!
Yohanna: Ela já vai conosco.
Felipe: Certo. Até mais tarde — Cada uma beijou minha bochecha e saiu dali. Fui para a cozinha, bebi um copo de água e caminhei até o quarto em que Peter estava, abrindo a porta lentamente.
Felipe: Peter?
Peter: Ah, Oi, tio — Fechou o livro que estava lendo e o colocou em cima da cama, me olhando.
Felipe: Tudo bem?
Peter: Sim. É muito bom estar em casa novamente. Eu gostava da clínica, mas... Ar fresco é muito bom — Rimos e eu me sentei ao lado dele.
Felipe: Que livro está lendo?
Peter: O diário de Anne Frank. Um dos volumes dele.
Felipe: E sobre o que fala? — Era só para ter certeza de que ele realmente estava lendo.
Peter: Sobre a vida de uma garota que fugia de Hitler e suas tropas. Ela e sua família eram judias, então fugiram para a Holanda assim que as perseguições aos judeus começaram na Alemanha.
Felipe: Hum, interessante.
Peter: Concordo. Estou lendo pela segunda vez, é um dos meus livros preferidos.
Felipe: Me conte mais — Ele sorriu entusiasmado, eu nunca havia o visto tão feliz assim.
Peter: Eles viviam no anexo de uma casa atrás da fábrica de seu pai com mais quatro judeus, já que a Holanda Também fora invadida pela Alemanha.. Ficaram dois anos escondidos até as tropas encontrarem eles, e levarem cada um para um campo de concentração diferente. Sua mãe, Edith, morreu de cansaço, e sua irmã, Margot, morreu de tifo pouco tempo antes de Anne, que morreu da mesma doença. O pai delas, Otto Frank, foi o único da família que sobreviveu ao holocausto e foi ele quem publicou o diário de Anne. Hoje em dia, a casa em que ela morava em Amsterdã, é um museu em sua homenagem. Um dia eu ainda irei lá. •

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