cento e quatorze

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Yohanna: Não, pode repetir. Eu gostei.
Felipe: Peter? — Ouvimos algumas batidas na porta de meu quarto.
Peter: Sim?
Felipe: Seu pai está lá embaixo. Ele quer falar com você.
Peter: Meu pai? Eu não vou.
Yohanna: Peter!
Felipe: Eu estarei com você, Peter. Ele não lhe fará nada.
Peter: Tudo bem — Respirei fundo.
Peter: Eu logo desço.
Felipe: Espero vocês lá embaixo.
Peter: "Vocês"?
Felipe: Sei que Yoh está com você. Não demore — ouvi seus passos se afastando da porta.
Peter: Vamos Comigo? — Ela assentiu.
Yohanna: Vamos — Eu me levantei e calcei meu chinelo, sentindo Yoh se apoiar em mim.
Peter: Hey! — A Segurei e a fiz sentar na cama, para que ela não caísse no chão.
Yohanna: Obrigada — Sua respiração estava acelerada, e o rosto dela estava um pouco pálido.
Peter: Vamos. Lá na cozinha você bebe algo e come alguma coisa, esse mal estar deve ser porque você ainda não comeu nada hoje — Ela assentiu e calçou seu chinelo, cruzando seu braço com o meu. Saímos do meu quarto e descemos as escadas, até chegarmos na sala.
Yohanna: Eu vou na cozinha, já volto — Eu assenti e ela entrou na cozinha, enquanto eu olhava para o meu pai, que estava sentado na mesa da sala.
Fernando: Peter...
Peter: O que você quer comigo?
Fernando: Não fale assim comigo, eu sou seu pai! — Eu neguei.
Peter: Você não é meu pai. Eu não tenho pai.
Fernando: Pare de frescura.
Peter: Me diga logo o que você quer comigo.
Fernando: Vim apenas te ver, não posso mais?
Peter: Ah, qual é, Fernando? Quando eu estava na clínica, nem para a minha existência você ligava. E se você veio para me pedir dinheiro, saiba que eu jamais vou te dar. Tudo que está na minha conta é meu.
Fernando: Quem depositou toda aquela quantia lá fui eu!
Peter: Mas deixou de ser seu assim que caiu na minha conta. Eu sou maior de idade agora, você não pode mais mexer no meu dinheiro.
Fernando: Está ficando obcecado por dinheiro, Peter? — Ironizou e eu revirei os olhos. •

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