sessenta e quatro

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[...]

— Por Felipe
Felipe: Pronto, cheguei. Cadê ela, Pedro? — Ele apontou e eu corri até Yohanna, que chorava.
Yohanna: P-Pai — Me abraçou forte e Pedro veio até nós.
Felipe: Pedro, o que aconteceu?
Pedro: Yohanna não te contou?
Felipe: Não. Ela só me ligou pedindo para que eu viesse o mais rápido possível para cá.
Pedro: Nós tivemos uma briga e terminamos. O segurança veio até nós para ver a discussão e brigou conosco, puxando ela para uma sala aqui do shopping. Eu tentei correr atrás dela, mas ele fechou a porta na minha cara. Não sei o que e se ele fez algo com ela, ela não para de chorar desde que saiu da sala.
Felipe: Cadê esse segurança?
Pedro: A polícia levou ele. Yohanna conversou com eles, mas comigo nada.
Felipe: Obrigado, Pedro. Você quer uma carona até sua casa?
Pedro: Não precisa, eu vim de moto.
Felipe: Não acho motos um meio de transporte seguro — Ele riu fraco.
Pedro: Fica tranquilo, tio. Até mais — Saiu dali e eu fui caminhando de volta para o carro, ainda com Yoh grudada em mim. Ela não me soltava e não parava de chorar por um segundo sequer. O Pedro parecia abalado, e eu tenho quase certeza que é por causa do término. Se eu não me engano, eles iam fazer cinco ou seis meses de namoro.
Felipe: Podemos ir para casa — O motorista assentiu.
Felipe: Yoh... Filha, olha para mim — Yoh me olhou e eu passei a mão no rosto dela.
Felipe: Eu estou aqui com você, fica tranquila. Já passou. Você pode me dizer se ele fez alguma coisa com você?
Yohanna: Ele... E-Ele me beijou a força...
Felipe: Nada mais? — Ela negou.
Yohanna: Nada mais. •

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