__________________@÷@_________________"E o êxtase se instalou em si como se tudo fosse a primeira vez." - Mariana Miranda.
_________________@>@_________________Ela sentiu toda gravidade da terra forçar seu corpo contra o chão, se sentindo instável. Com sua vista desfocada e seu estômago revirando, tentava miseravelmente lembrar do que ocorrera antes daquele "pequeno" cochilo, mas não conseguia.
Para se estabilizar, colocou as mãos no chão e sentiu a grama macia. Mas que diabos está acontecendo? Praguejou baixinho consigo mesma. Assim que a sua visão turva se focou novamente, se sentiu ainda mais recentida pela blasfêmia que sem querer deixou escapulir.
- Santo Deus... acho que vim parar na cidade perdida.
Seus olhos percorreram todo o ambiente rapidamente, seu coração acelerado chegava a falhar de tempo em tempo. A aglomeração de pessoas em um parque, crianças correndo e brincando, sons ensurdecedores vindo de uma rua repleta de carroças bem estranhas, mas espera... de onde vieram aquelas carroças?
Acho que seria melhor reformular a pergunta que transbordava em Rebecca, em que lugar ela foi parar? Então se levantou e notou que estava em cima do livro que adormecera lendo. Suas mãos se relutaram, porém ela o abriu e o foleou novamente, só que desta vez, com uma fagulha de temor.
O seguinte trecho brilhou com mais intensidade agora: Agora que iniciou esta incrível etapa, está impedida formalmente de parar, neste instante a senhorita faz parte desta história, faz parte da história de alguém, de um novo rumo desta pessoa e uma nova vida a completar.Sentiu um arrepio percorrer seu corpo... impossível aquilo estar acontecendo. Ainda sentada, observava as pessoas andando e a encarando descaradamente, como se todo mundo a visse como uma estranha. Burburinhos se iniciaram entre eles, e sem se importar muito, voltou sua atenção novamente ao livro. Ela piscou incrédula, o brilho das frases seguiam a partir que ela terminava de ler cada trecho, como se fosse mágica.
Magia... só pode ser isso!
Apesar de ser uma pessoa centrada e com os pés no chão, sua intuição nunca a deixou cega para os possíveis sinais místicos naturais. A magia da vida em si, era um dos maiores alicerces da sua indecisão de crença. Nunca tinha presenciado um ato sequer, mas os livros a fizeram criar uma esperança em relação a isso. Algo dentro dela sempre acreditou, e isso agora virou o seu desespero.
Rebecca fechou o livro e se levantou devagar, olhos curiosos e sorrisos sinceros eram voltados para ela. Ela percebeu que muitos apontavam um certo aparelho em frente a sua imagem, alguns brilhavam e outros eram coloridos com desenhos e palavras. Respirou fundo e sorriu timidamente acenando para a pequena platéia. Será que eles me entenderiam se eu falasse?... bom não me custaria tentar.
- ham... olá? - os sorriso se ampliaram, mas não teve resposta de volta.
Um casal se aproximou dela com uma garotinha que aparentava ter uns 7 anos de idade. Os olhos da criança resplandecia um brilho intenso,um conforto que Rebecca já sentira em algum lugar.
Então a pequena garota se aproximou daquela moça bela de vestido vinho reluzente e sorriu, a princesa a sua frente tinha um ar diferente e espontâneo. E a menina se encantou de imediato.- Você é uma princesa de verdade? - ela sussurou fazendo Rebecca se abaixar.
- ham... eu? Quem me dera ser uma princesa. - ela desabafou em um tom pacífico e viu uma leve decepção nos olhos da menina.
- Então é uma atriz? - indagou a garota.
- Atriz? - Rebecca repetiu sem entender o significado.
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Realmente Contos?
FantasiPoder vivenciar muitas histórias lidas... é um desejo de muitas pessoas. Rebecca, nascida no século XIX, obteve a sorte de ter este poder tão invejável. Ser a "fada madrinha" dos contos de fadas no mundo atual, não será nada fácil. Mas seria sort...