Capítulo 4

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Perdoe-me a demora para postar, mas creio que não tenho muitos fãs ansiando para ler... mesmo assim peço desculpas ❤❤❤

Boa leitura!!

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Onde o silêncio reinava ao anoitecer em Sunnride, os dois estavam esperando dar o horário para fechar o salão principal e verificar os quartos.
Ellen estava entretida em um belo romance policial enquanto Diego a olhava demonstrando um tipo de... receio.

- Não acha que isso é loucura?- pergunta Diego em um cochicho.

- O quê seria loucura? - Ellen o olha curiosa.

- Ajudar uma total desconhecida só porque ela possívelmente sofre de algum transtorno mental.

- Você está se escutando? - ela revira os olhos incrédula. - Porque pela idiotice que acabou de dizer, eu creio que não.

- Ellen... não sabemos o que ela pode ser.

- Ela também não sabe. - ela fecha o livro impaciente.

- Sabe que isso tudo pode ser um golpe, né?  E ela está fingindo para você banca-la neste tempo.

- Eu sei que ela não está fingindo. -  Ellen cuspiu as palavras, aquela ignorância era a gota d'água.  Como pode um ser humano sem empatia ou compaixão?

A calamidade daquela situação propôs que o silêncio era o melhor para ambos. Eles tinha demais a dizer, coisas importantes, porém pesadas para o momento.
Nisto a tensão completou o ambiente e os dois se entreolhavam sem graça em curtos períodos de tempo.

O melhor ali era deixar que aquela situação se abafasse.

Ellen juntou suas coisas e subiu para o seu quarto, tomou um banho e vestiu seu confortável pijama de moletom, e por fim ligou a tv. Tinha noites em que ela não conseguia dormir, batia uma insônia e ela pirava com isso.
Como se ela não pudesse controlar a maioria de seus pensamentos, e entre eles se encontrava Evan.

Ela não podia pensar nele daquela forma, era como um coordenador do hotel, um chefe maioral e supremo. Talvez nem tando, mas continuava sendo muito estupido pensar na hipótese de que ele se interessaria nela.
Ela era linda de fato, mas apenas uma simples dona de um hotelzinho barato de Sunnride. E só isso bastava.
Destruiria qualquer chance dela com ele, se é que ele ligasse pra ela.

"Quem me dera se o mundo fosse contos de fadas..."  foi aí que ela lembrou de Rebecca, o motivo da sua discussão com o Diego mais cedo. Era coisa demais que estava acontecendo,  talvez aquela mulher podia estar mesmo usufruindo da sua boa vontade, ou não. Ela havia percebido uma sinceridade e pavor em seu olhar, algo que com certeza não era falso ou teatral.  E Ellen nunca se enganava.

Assim que notou que era tarde, voltou a realidade e desligou a tv e foi dormir. Ela teria uma longa conversa e um belo passeio o a  sua nova inquilina do hotel.

Assim que ela acordou foi imediatamente se arrumar e tomar café,  queria que tudo ocorresse bem para ver a situação de Rebecca logo.
Aquilo a deixava muito aflita, e um pouquinho apavorada também,  aonde estava com a cabeça de a deixar só naquela situação.

"Se bem que ela estava consciente e bem de modo, talvez não foi tão mal assim. " Assim que terminou desceu doi andares e posicionou em frente a porta do quarto de Rebecca, e  sua mão estagnou no ar assim que escutou os passos ao seu lado.

- Bom dia senhor Evan. - cumprimentou gentilmente com um sorriso tímido.

- Bom dia senhorita Ellen, está... - ele fez um gesto meio indefinido com as mãos e completou serenamente. - radiante hoje.

- O...obrigada - Seu rosto corou e ela queria se matar por isso.

Estava se sentindo uma adolescente que havia se apaixonado pela primeira vez, e isso podia?

Bom.. de acordo com o Evan, ele se achara muito ousado elogiar Ellen desta maneira. Se perguntava se teria sido muito atirado ou pouco galanteador pela escolha de palavras? Mas não importava, pois ele havia dado um bom passo para enfim criar coragem e levá-la para sair.
Mas seu jeito de  cachorrinho medroso o deixava de escanteio por conta disso.
Já passou muitos anos e  não seria agora que a deixaria escapar novamente. Mas seria uma grande burrada parecer desesperado, então tentava não parecer muito interessado e então saiu apressado.

Okay, podemos dizer que o clima estava favorável e um pouco quente. Ellen finalmente bateu a porta e esperou um pouco, rapidamente Rebecca abriu com um sorriso radiante e se pôs a falar.

- Que bom que voltou, estava tendo dificuldades por aqui. Tenho tantas perguntas sobre este novo mundo...

- Posso responder todas se me deixar entrar. - respondeu Ellen timidamente.

- Ah sim, perdoe - me, me empolguei um pouco. -  disse se afastando para a entrada de Ellen.

Os olhos dela percorreram todo o quarto em busca de algo diferente, mas estava tudo perfeitamente no lugar. Era estranho isso de fato, mas deixou quieto e se sentou no sofá.
Rebecca fez o mesmo e se entreolhavam de forma um pouco constrangedora, até que Rebecca decidiu quebrar o longo silêncio tortuoso.

- Gostou de passar a noite aqui?

- Sim,  foi maravilhosa.  A cama é muito boa e confortável,  senti que estava deitada em cima de plumas.

- Gostei da sua comparação!  Colocarei entre os melhores elogios do hotel. - respondeu Ellen em um sorriso.

-  Por nada, apenas disse a verdade.

- Quero que você vá comigo visitar um amigo que eu acho que pode lhe ajudar. - falou rapidamente e jurou em que algum momento havia gaguejado.

- Eu não quero lhe incomodar senhorita, usufrui demais da sua boa cortesia e me concedido um dos seus aposentos.

- Ele apenas vai lhe examinar, fique calma. - E Ellen percebeuque havia falado demais.

- Agradeço sua preocupação com minha saúde,  porém estou perfeitamente apta e saudável. - respondeu Rebecca com firmeza.

- Na verdade... era para ver seu psicológico,  se está estável ou tenha batido em algum lugar... - tentou explicar da forma mais calma possível.

- A senhorita desconfia que sou louca? É isso? - seu semblante muda e ela fica boquiaberta.

- Não é isto, é que é bom averiguar qualquer suspeita, ficarei mais calma também em saber que está bem. - Ellen tentava ao máximo parecer mais calma e transmitir confiança, lógico que aquilo era demais para Rebecca no momento.

- Sei que isso tudo pode parecer loucura, mas por favor acredite em mim. - Ela se ajoelha ao lado de Ellen e segura em suas mãos. - Os métodos dos alienistas são muito dolorosos.

- Fique calma Rebecca, não é assustador e muito menos doloroso. Vai ser a consulta mais humana possível. - Ela a olha com ternura e complementa. -  Vai querer ir?

- Irei para lhe provar que estou mentalmente bem tanto quanto fisicamente. - ela se coloca de pé e  caminha até a porta e se vira rapidamente. - Vai acreditar em mim se propor que estou bem?

- Eu vou. - disse meio incrédula com o que  acabara de falar. - Prometo.

- Então estou pronta.

Ellen a olhou de cima a baixo, seu vestidinho até o joelho de tecido fino azul e estava um pouco desgastado, porém apresentável para uma pessoa do século passado. Em suas mãos carregavam uma luva de renda delicada até o pulso decorado com uma fitinha azul celeste.

- Acho que antes teremos que fazer umas compras.- Ellen disse  em um sereno sorriso.

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⏰ Última atualização: Apr 04, 2020 ⏰

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