P͟r͟o͟m͟e͟t͟i͟d͟a͟ a͟o͟ A͟l͟f͟a͟ ✓

02. Você?

Any Gabrielly

– Quem fez isso com você? - Noah perguntou, firme.

Ele já estava com os punhos cerrados de tanta raiva.

– E-eu não sei - Sina falou, como se estivesse tentando lembrar de algo.

– Você sabe. - Ela negou com a cabeça.

– Any - chamou - sabe o que fazer. - Falou.

– Eu não consigo ainda. O efeito do veneno ainda está forte. Isso é uma fraqueza para mim. - Falei.

– Bailey acompanhe Any e Sina para minha casa. Lá Sina estará segura. - Falou e saiu.

– Noah! - Gritei.

Ele se virou, seu olhar já estava escuro.

– Aonde você vai? - Perguntei.

– Vou sair com Krystian, Diarra e Joalin. - dito isso eles começaram a correr para fora da aldeia.

Sabia que ele não iria me contar. Me contentei e li sua mente, o ódio estava nítido, ele estava indo para a cidade. Tenho uma intuição ruim, ir à cidade sempre significa perigo. Os lobos vivem na floresta e nela que devem ficar.

Entrei no carro. Sina estava fraca no banco de trás, seu olhar era de medo, suas mãos ainda estavam jorrando sangue.

– Mais rápido Bailey. - Pedi.

– Já estamos chegando. - falou.

Bailey é um beta bonito, sempre foi meu amigo, crescemos juntos. Assim como eu, ele ainda não encontrou sua companheira. Por mais que tenha se metido com outras meninas percebia que ele não estava completo.

Olhei para Sina ela já estava recuperada.

– Como assim? Você já está bem? - Perguntei.

– Claro que sim. - Falou. Suas feridas ja estavam se curando.

– Você se lembra do que aconteceu? - Bailey pergunta.

Ela me olhou.

– Eu não vi nada. Estava comendo na cozinha quando alguém chegou por trás de mim e colocou um pano com um cheiro forte em meu nariz.

– Noah foi para a cidade. - Falei.

– Ele não devia ter feito isso. - Bailey reclamou. - Não sem eu ao seu lado.

– Porque você deixou ele ir Any? Não acredito. - Sina se lamentou. - Ele foi por minha culpa.

– Isso não foi sua culpa Sina. Ele foi porque achou que era certo, você sabe como ele é teimoso. - Bailey falou.

– Preciso chamá-lo. Não posso deixar que ele corra perigo.

Corri até a cozinha e peguei uma faca. Cortei meu braço para que Noah focasse no cheiro de sangue e viesse para casa.

– Boa garota. - Sina sorriu.

– Sina só um minuto vou trocar de roupa.

– Já estou bem. Fique tranquila.

Caminhei até meu quarto, ouvi um barulho de algo se quebrando. Usei o olfato, alguém estava lá. Só que o cheiro era diferente, podia passar horas com esse cheiro maravilhoso impregnado em meu nariz. Mas ao mesmo tempo fiquei aflita por não saber quem estaria do o outro lado. Sem mais pensar, abri a porta.

A cortina balançava com o forte vento. A janela que outrora estava fechada, agora está aberta. O quarto estava escuro. Mas havia um brilho em seus olhos. Era ele.

– Você? - Falei.