Cherry

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Desculpa a demora, eu não abandonei a história e nem pretendo. Mas enfim, eu tinha escrito um capítulo ENORME E BELÍSSIMO mas invés de copiar eu colei então perdi tudo que escrevi. Eu escrevi esse aqui na base do ódio então me perdoem se estiver ruim. Bjs de luz.
Feliz natal e feliz ano novo
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Dias haviam se passado desde a ligação e Crowley não sabia que fazer. Ele queria ligar mas não queria agir desesperadamente. Então permanecia ansioso esperando Aziraphale agir e ligar.

Essa espera o fazia sentir que iria explodir de ansiedade.

Ele pensava em Aziraphale todos os dias e amaria saber se o mesmo se sentia da mesma forma.

A resposta é um grande e óbvio: SIM, mas Aziraphale estava na mesa situação de Crowley, inseguro demais ligar ou agir. Mas por incrível que pareça, ele havia separado qual roupa usar no encontro em categorias. Parque, restaurante e caminhada a noite.

A verdade é que Aziraphale estava distraído, ele não conseguia escrever, se concentrar ou brincar adequadamente com seus sobrinhos e tudo isso era culpa de Crowley. Era tão evidente sua ansiedade que sua sobrinha Anathema percebeu. A moça já estava cansada de ver o tio parado em frente o telefone esperando e ele misteriosamente tocar.

Isso precisava de um basta.

- Tio, se você quer ligar, ligue. Tenha alguma ação se você realmente quer algo.

- Mas eu que o chamei para sair.
- EXATAMENTE, você que tem que ligar para confirmar. Vamos, não é tão difícil.

Aziraphale sabia o quão decidida e teimosa Anathema era, por isso ele tinha que sair urgentemente daquela casa.

- Ah, agora que eu lembrei. Tenho um compromisso, então me der licença.
Ele saiu correndo da casa e pegou o primeiro táxi que viu. Ele não tinha um lugar específico para ir mas quando percebeu já estava no centro de Londres. Já havia anoitecido. Aziraphale desceu do táxi e pensou que uma viagem ao centro de Londres sem tomar uma cerveja era uma viagem perdida. Então comprou uma bebida e caminhou sem rumo.

Não muito longe dali, Crowley entrou em seu carro e decidiu que era uma noite perfeita para beber. Dirigiu até um pub de um amigo e bebeu alguns goles. Passaram-se os minutos e copos esvaziaram, logo o tédio chegou. Ele não tinha nada para fazer em casa... Ele pensou o que poderia fazer agora... Já fazia um tempo que não via o rio Tâmisa, não havia nada de especial nele mas...

O moreno jogou uma nota qualquer de dinheiro no balcão e saiu. Ele olhou para seu carro - que agora tinha uma multa grudada no para-brisa -, e decidiu que caminharia até o efeito do álcool diminuir. Ele caminhava em direção a ponte de Westminster que não ficava longe dali.

Caminhando ele observou tudo ao seu redor, por algum motivo havia muitos casais nas ruas, curtindo, discutindo, beijando. Por outro motivo, esse já conhecido, a imagem de Aziraphale veio em sua mente. Ele realmente queria vê-lo e muito.

Crowley já estava caminhando por volta de 15 minutos quando finalmente chegou a ponte. Ela está a mais vazia do que de costume, mas como sempre havia muitos barcos passando pelo rio enquanto vários carros passavam pela ponte.

O olhar de Crowley deslizou pela grade da ponte até parar em um homem que estava bebendo encostado na grade. Seu coração palpitou mais forte que o normal, era Aziraphale.

Sem seu comando suas pernas começaram a andar, quando percebeu estava a centímetros do loiro. Sem saber o que fazer, ele pegou a bebida de Aziraphale e bebeu.

- Eae, anjo. Vem sempre aqui?
Os olhos de Aziraphale arregalaram e logo um sorriso surgiu desarmando completamente o moreno.

- Oh, Crowley, eu não esperava vê-lo. - a voz nervosa soou como melodia para Crowley.

Os dois permaneceram em silêncio. Bem, essa era uma oportunidade boa demais para desperdiçar.

- Eu estivem pensando em você. - Crowley falou analisando cautelosamente as expressões de Aziraphale que agora estava vermelho como um tomate. Respirando fundo e fechando os olhos ele tentou continuar. - então... É o seguinte...

- Eu gosto de você. - Aziraphale o interrompeu.

As pernas de Crowley falharam e ele não caiu pois estava encostado na grade. Dessa vez quem estava vermelho era ele. Completamente envergonhado ele olhou para o lado desviando o olhar de Aziraphale.
- Sabe, eu também estive pensando em você, pensado que poderíamos ir em um restaurante, parque ou em uma caminhada a noite, bobo, não?

- Não, eu não acho. - a voz do moreno soou baixa e parecia como a de uma criança envergonhada.

Ele não viu mas Aziraphale sorriu largamente.

- Você acha... - o loiro continuou a falar mas as batidas do coração de Crowley eram tão altas que ele não consegui ouvir - o que você acha sobre?

Finalmente ele voltou a olhar para Aziraphale. Ele não sabia o que o loiro estava falando mas as expressões do mesmo respondiam por si só. Crowley aproximou-se de Aziraphale ao ponto que suas pernas estavam juntas. As mãos gentis do mais alto deslizaram pela mandíbula até a nuca do mais baixo. Com um leve puxão seus lábios tocaram, tocaram e tocaram.

Quando o beijo parou eles estavam de mãos dadas e não sabiam o que falar.

- Podemos começar pela caminhada hoje? - a frase soava mais como uma afirmação do que pergunta, sem a resposta de Aziraphale, Crowley puxou sua mão e eles andaram pela ponte.

Eles conversavam, beijavam, conversam e beijavam. Como dois adolescentes.

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Capítulo editado  - 28 de abril de 2020

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