29.

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There are risks we must take, miss.

— Ashley, acorda.

Cinco havia saído da cama e estava em choque acordando a menina.

— Uhm? Bom dia pra você também.

— A gente tem que voltar.

Ela o olha preocupada.

— AGORA!

— Cinco, muita calma nessa hora — ela diz esfregando os olhos. — O que diabos aconteceu?

— Eles não nos deixam em paz, Ashley! — disse e esmurrou a mesa, fazendo um grande estrondo.

— Quem?

— A porra do resto da comissão!

— Me diz o que aconteceu. — ela levantou-se e foi até ele.

— Invadiram a merda de mansão.

— Oh, não.

— Vamos, faça suas malas.

— Como vamos voltar?

— Eu teletransporto a gente pra lá. Vamos, Ashley, rápido.

Dito isso, ambos começaram a correr naquele pequeno quarto organizando suas coisas — ou simplesmente as jogando na mala. Ashley não sabia como ele havia ficado sabendo ou o porquê de tanta preocupação, mas não quis perguntar. Ela espiava de canto de olho o menino correndo em busca de suas coisas e, quando por fim ele não tinha mais nada pra arrumar, começou a arrumar o dela.

Não demorou até estarem prontos, Cinco pegou suas malas e segurou a mão da garota, que também segurava firme na alça de sua mala. LeFay piscou seus olhos e rapidamente estavam na mansão. Triste e monótona mansão que ela escolhera passar o resto de seus dias. Cinco soltou sua mão imediatamente e correu para dentro de casa, jogando suas tralhas no primeiro instante. Ela tentou o acompanhar.

— ALISON? — Gritou o mesmo.

— CINCO!

A mulher desceu as escadas quase tropeçando em seus próprios pés e o recebeu em um grande abraço. Ela pegou na mão de Ashley e apertou.

— Fico aliviada que estejam bem.

— O que aconteceu? Tipo, de verdade?

Cinco correu imediatamente até seu quarto, vendo tudo revirado. A menina que apenas o acompanhava cansada de tanto correr e desnorteada logo teve sua mente clareada. Queriam um plano. Algo contra nós. Mas eles não tinham. Tinham? O garoto corria pelo quarto, parecia uma barata tonta.

— O que você está procurando?

— Anotações.

— O que eles querem com anotações?

— Você. Não é claro?

— Eram anotações sobre mim?

— Talvez.

— Tipo um diário?

— Que? Não. Pare com isso. 

Ela sorriu diante a tensão. Cinco enfim desistiu.

— Eles acharam.

— O que tinha lá?

— Todos os seus poderes, como você controla, se você controla, qual é sua força. Aquelas anotações era a chance de meus cálculos darem certo. De nós derrubarmos a porra da comissão.

— Cinco, está tudo bem. Nós ainda conseguimos.

— Oh, claro. — ele riu. — quando foi a última vez que você treinou?

— Ahm... — ela pensou.

— Exatamente.

Ela ficou em silêncio.

— O que devemos fazer?

— Não tem o que fazer, Ashley.

Uma figura desarrumada entra no quarto. E ao encontrar o olhar da menina, corre em seu encontro.

— SHEYSHEY! — ele abraça-a forte. — que saudades que eu senti! Como foi transar com vista pro mar? — suas bochechas ficaram vermelhas. Cinco riu da cara da mesma.

— Pare com isso, seu pervertido.

Ele separou-se. Era possível ver no braço dele uma faixa suja de sangue. Carter arregalou seus olhos.

— Klaus, o que houve em seu braço?

— Ah, só uma facada. Nada demais.

— O que aconteceu ontem?

— Quando eu me dei conta, estava amarrado em uma cadeira. Eles faziam perguntas como onde estavam vocês, ou quando voltariam. Eu disse que se mudaram pra Wisconsin.

— E...

— Ah, sim. Aí eles me deram uma facada pra eu falar. Mas eu continuei dizendo que se mudaram pra Wisconsin. Depois disso, eles me deixaram.

— Isso é horrível.

O garoto que estava calado, chutou sua cama e saiu do quarto. Sua namorada correu atrás do menino.

— Cinco!

— Eu já sei o que vou fazer.

— O que vamos fazer?

— Não. Eu vou fazer.

— Só?

— Vou pegar os idiotas responsáveis e me levá-los para o fim do mundo.

— Mas você pode ficar preso.

Ela parou de andar, mas o garoto continuou.

— Há riscos que devemos correr, senhorita.

Idwsyc - Number FiveOnde histórias criam vida. Descubra agora