Idwsyc - Number Five

17.

Are we a couple?

Cinco dirigia o carro sentido-se culpado por não ter ido com a menina. A mesma não havia trocado uma palavra com ele, mas era possível ouvir seus soluços. Ele parou o carro no acostamento e desceu do mesmo, indo até o banco de trás, indo checar a menina. Ele sentou-se junto a ela.

— Desculpe não ir com você.

Ela continuou sem falar.

— Está doendo muito?

— Cinco, por favor, me ajude. — chorou.

— Abra a boca. — colocou sua mão debaixo do banco e pegou uma caixa de comprimidos, colocando um na língua da menina. — Não tem água.

Ela engoliu.

— Vamos para casa, Pogo deverá saber o que fazer.

Ele voltou ao seu lugar na frente, tomando a direção.

~ ~ ~

Cinco parou o carro em frente a casa, desceu, pegou a menina no colo novamente e entrou gritando por socorro. Logo foi socorrido pelo gorila, que pegou a menina e trancou-se na sala da enfermaria. O garoto sentou-se na sala e esperou até o momento em vê-la, que parecia passar mais lento que um caramujo.

— Volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído e com o rabo entre as patas. — diz Klaus entrando pela sala.

— Sabe isso, mas não sabe qual o valor de π? — sorriu irônico.

— Pior é você que sabe de tudo isso, mas não sabe da coisa mais importante.

— Que seria...

— O amor, manito.

Cinco revirou os olhos.

— Continua negando, mas no fundo, sabe que é verdade. Paz!

Dito isso, o mesmo se vai. Tão chapado quanto inteligente. O mais velho suspira, de fato sabia que era verdade. Olhou as horas novamente e viu que ainda demoraria bastante. Por isso, sem mais nem menos saiu da casa. Enquanto isso, dentro daquela sala, estava Carter com seu corpo dolorido e ensanguentado, pedindo misericórdia à Pogo, que examinava-a.

~ ~ ~

LeFay lentamente abriu os olhos, estava naquela mesma sala. Olhou para seu corpo, vendo algumas ataduras e soro ligado a sua veia.

— Que bom que acordou. — diz Cinco, fazendo-a fechar a cara. — Comprei algumas margaridas... Pensei que seria agradável.

— Pode deixar alí. — respondeu seca. Até onde ele iria aguentar?

— Queria me desculpar por não ter ido com você. — disse enquanto colocava as flores numa mesinha. — Deveria ter ido e te protegido, mesmo sabendo que era cilada.

— Na verdade, eu que peço desculpas. — riu. — Minha mãe já deve ter morrido de qualquer forma. — sentou-se, mas logo foi impedida por Cinco.

— Onde pensa que vai?

— Me levantar?

— Muito engraçado. Pode se deitar. Pogo disse que era melhor você descansar.