04.

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We're going out.

A menina tinha cravado suas mãos no banco do carro enquanto o menor dirigia. Cinco não parecia dar a mínima para sua presença naquele carro, se encontrava tão animado quanto uma pedra.

— Como não foi pego pela polícia ainda?

Ignorando-a, bufou. Não conhecia o mesmo a muito tempo, mas tinha certeza que era tão impaciente quanto ela. A mais nova observava a rua com atenção, já tinha relaxado mais e estava se acostumando com o menino dirigindo. Avistou uma grande casa com grandes vidraças e dois guarda-chuvas desenhados ma mesma, um em cada.

— Chegamos.

Ambos desceram, Ashley pegara suas coisas e entraram dentro da casa. Ao colocar seu pé dentro da grande casa, pôs-se a admirar. A lembrava de suas antigas casas, por conta das cores mortas; mas fora isso era bem agradável.

— Olá! Senhorita Carter, certo? — uma voz ao lado da menina soa.

— Eu mesma. — Ao virar-se viu nada menos que um chimpanzé.

— Muito prazer, sou Pogo.

— Vo-você fala?

— Sim. — ele dá de ombros.

— Que legal! — diz a menina empolgada.

— Levarei as malas para o novo quarto, Sr. Cinco.

— Obrigada. Venha.

O seu mais novo conhecido sobe com as malas pela grande escadaria em frente a porta. O com nome de número anda por um caminho grande e confuso, a menina apenas o seguia observando cada canto daquela casa.

— É uma bela casa.

— Eu sei. 

— Deve ter sido legal crescer aqui, com seus irmãos e tudo mais.

Ele permaneceu em silêncio até chegarem em uma cozinha.

— O que é isso?

— Meu quarto, minha cama tá ali atrás da geladeira.

— Uau, como você é engraçado — riu ironicamente. — Deveria ter uma aula de boas maneiras.

— Olha só. Não estou tentando ser seu amigo, quero descobrir o que a comissão está planejando e farei isso com ou sem você. Não aja como se fossemos colegas de quarto — procurava algo na geladeira.

— Não estou fazendo isso.

— Você finge muito mal. "Deveria ter uma aula de fingimento". — ele pegou um refrigerante e o bebeu.

— Cara, como você é chato!

— Falou a criança mimada.

"Criança". Aquela palavra ecoou em sua mente como um grande eco. Sentiu sua mão formigar.

— Não me chame de criança. — diz raivosa.

— Mas você é uma.

A menina, impaciente, andou em direção ao menino. Ela levantou sua mão e a lata explodiu na mão do menino. O mesmo apenas a chacoalha. Ashley tinha seus olhos vermelhos e Cinco, sua mão em sangue.

— Extraordinário — sussurrou. — Tá bom, ruivinha. Pode parar.

Mas não obedeceu. O menino viu a mão da menina avermelhar. Ao perceber o que tinha feito ao provocar, tentou acalmá-la.

— Ok, Ashley. Vamos lá. Preciso que respire.

Não obteve respostas, além de um:

— Não me chame de criança.

Idwsyc - Number FiveOnde histórias criam vida. Descubra agora