Crepúsculo 2.0.

Encrenca

P.O.V. M.G.

Aqui na Escola está uma grande confusão. Conseguimos capturar o vampiro fugitivo, Sebastian. Ele recuperou a memória, lembrou que a namorada dele era uma bruxa que convocou e liberou o monstro Croatoan sob sua cidade para protegê-lo dos cidadãos do vilarejo. E quando ele descobriu tentou impedi-la e ela o dissecou para mantê-lo a salvo. Ele teve assistir a namorada ser estraçalhada pela criatura.

A Lizzie descobriu que o Sebastian é real, que não está ficando louca e ficou furiosa comigo. Não olha mais na minha cara. A Hope Mikaelson, é uma bruxa primogênita com uma mãe lobisomem e um pai Original. Ela é a primeira Tribrida. Era namorada do Landon antes de se atirar no poço/ golem Malivore que é o pai do Landon. Ela tentou destruí-lo, mas não funcionou. E graças ao super-feitiço japonês da Josie todos temos nossas memórias de volta.

-Então, a Hope é filha do Klaus Mikaelson e prima da Clary.

-Clary? Com cabelos cor de fogo e marcas negras? Runas.

-Conhece a Clary?

-Temo que eu conheça.

P.O.V. Sebastian.

Agora eu entendo o porque dela parecer tão familiar. Ela é a imagem cuspida de Cassandra.

-Quem chama a filha de Clary?

-O nome dela é Clarissa! Clarissa Cullen Mikaelson, ela é filha do Elijah Mikaelson e foi gerada literalmente por intervenção divina.

-Intervenção divina?

-O anjo caído Lúcifer fez um feitiço de anjo e drogou e sequestrou os pais da Clary. Ai ele fez um outro feitiço que meio que tornou possível, o Elijah engravidar a Ness.

-Ness?

-Renesmee Carlie Cullen. Uma híbrida, meio bruxa, meio vampira que por acaso é uma duplicata Petrova. O pai da Ness é um vampiro natural. Eles não são como nós.

-Natural?

-É um vírus. E a Clary tem sangue de anjo.

-Sangue de anjo? Anjo, divinos?

-E tem outro tipo?

-Temo que não.

Eu gosto de Elizabeth, ela é tão louca quanto eu. Alguém que não exatamente se encaixa.

P.O.V. Clary.

Coitada da minha prima. Pulou naquele buraco para tentar salvar o namorado e provavelmente o mundo e foi apagada do consciente coletivo. E agora que o povo lembra o Landon sumiu, levou o Rafael com ele e as coisas estão tensas aqui nesta escola. Como uma panela de pressão prestes a explodir.

Estou confortando ela. Porque ela pode ser uma fodona matadora de monstros, mas ela perdeu a mãe e o pai. É os nossos pais morreram, eles conseguiram deter a Hollow, mas literalmente se sacrificaram. E a tia Rebekah tomou a cura.

-Ei, pelo menos temos uma a outra. E podemos ser as Tribridas Mikaelson desajustadas juntas.

Ela deu um sorriso no meio das lágrimas.

-É, somos mesmo duas fodidas.

Nos abraçamos e choramos juntas.

-Sempre e pra sempre, prima.

-É. Vai ser uma longa jornada.

Depois de sei lá quanto tempo finalmente conseguimos parar de chorar e descobrimos que a Lizzie e o Sebastian tinham ido resgatar o Landon e trouxeram ele de volta morto. Bem, é temporário, mas ele tá morto.

-Cadê o Raf?

-Com o pai biológico.

-Certo.

Eu sabia que o Sebastian tinha dormido com a Lizzie. Ela não parava de pensar nisso.

-Mas, que... filho da mãe!

-Quem é filho da mãe?

-Malivore.

Respondi o primeiro nome que me veio na cabeça. 

Depois do Landon reviver, ele foi com cara amarrada de volta para o seu quarto.

-Bem, meus parabéns. Vocês resgataram o Landon.

-Obrigado.

-De nada. Bem vindos de volta.

Eu entrei, fui para o meu quarto, fechei a porta, mas não tranquei. Peguei uma toalha limpa no armário já que a que eu estava usando, estou usando á uma semana.

Coloquei a suja no cesto junto com a roupa que estava usando. Liguei o chuveiro e tomei um longo banho morno na tentativa de que a água morna não lavasse só o suor do dia-dia, mas todos os problemas, as perdas e a dor. Melhorou um pouco, mas...

Desliguei o chuveiro, sai do box, sequei meus pés no tapete e me sequei com a toalha. Demorei mais para secar o cabelo. Me enrolei no tecido fofo e branco e sai em direção ao quarto e Meu Pai Eterno!

-Jesus!

-Temo que eu seja mais jovem.

Ele me deu uma secada. Com os olhos.

-O que diabos está fazendo no meu quarto?! Você não sabe bater?

-Eu bati.

Capaz que ele tivesse mesmo batido, mas como eu tava embaixo do chuveiro eu não ouvi.

-Ahm, Sebastian?

-O que?

-Eu to de toalha. Eu to pelada, dá pra me dar licença?

-Oh, eu já vi muitas jovens nuas antes. E além do mais, estou curioso para saber se estas marcas se estendem por todo este seu belo corpo.

Senti a respiração dele no meu pescoço e ficamos olho no olho, verde no azul. E que azul. Eram olhos azuis lindos. Tão expressivos. Mas, reunindo toda a força de vontade que eu tinha...

-Cai fora daqui! Seu tarado maluco!

Eu o arremessei porta a fora, trancando depois que fechei.

P.O.V. Sebastian.

Eu sabia que ela me queria. Que ela me desejava tanto quanto eu a desejava, que apesar de sua recusa, ela ansiava pelo meu toque, pelas minhas carícias tanto quanto eu ansiava pelas dela.

Apesar de eu estranhar as marcas negras que se estendiam por todo o seu corpo, ou ao menos o pescoço, os braços, o colo e as pernas, aquelas runas só me instigavam mais. Atiçavam minha curiosidade. Porque ela não era a única desta instituição á possuí-las. Eles pareciam ser um Coven.

-O que diabos está fazendo na ala feminina?

-Eu me perdi.

-E eu vi a minha prima te atirar porta afora.

-Sua prima?

-Sou a Hope Mikaelson. Ela é a Clary Mikaelson.

-Entendo. Mas, você não tem as marcas.

-Não sou Shadowhunter.

Shadowhunter.