Stupid Cupid

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P.O.V. Hope.

Olhei bem para aquela coisa, aquele ser rechonchudo de fralda e aparência totalmente inofensiva.

-Tudo bem, coisa aposto que pode me entender. Então, desfaça esta confusão.

Para a minha surpresa, o bebê respondeu. E não era uma resposta dada por um bebê.

-Não. Eu tenho que espalhar o amor.

-O amor?! Olha, em volta eles estão se matando!

-Mas, estão falando a verdade! Não estão escondendo seus sentimentos.

Ai, o bebê bateu palminha falando:

-Amor, amor, amor. Doce amor.

-Desfaça o amor. Agora! Ou eu vou cortar a sua cabeça!

-Eu posso fazer o efeito passar, mas eu não posso remover o amor.

-Então, faça!

O bebê balançou o chocalho que brilhou e aquela confusão passou. O povo em volta ficou todo, confuso.

-O que está acontecendo? Aquilo é um bebê?

-Não! É um cupido. Ele fez vocês se apaixonaram e quase se matarem.

-Eu não faço ninguém se apaixonar, isso é um erro comum. Ninguém tem o Poder de gerar o amor. Nem eu.

-Ok. É estranho ver um bebê de fraldas falando como um adulto.

-Se liga, oh, garoto. Eu sou mais velho que você! Oh, uma borboleta!

Ele se atirou de cima da mesa para tentar pegar a borboleta e quase caiu de cabeça no chão. Teria caído se a Clary não tivesse pegado ele.

-Obrigado Clary. Ah, eu odeio a minha mentalidade de bebê.

-Espera, você é o bebê Stefan.

-Não, o meu nome é Eros, mas tem razão... Eros soa meio... esquisto.

-Você enfeitiçou a gente?

-Eu espalhei o amor!

Disse abrindo os bracinhos.

-Você fez o Sebastian se apaixonar pela Clary!

-Não! Eu não gero o amor, eu só amplio o amor! Sua loira burra.

-Ei! Eu não sou burra!

-Eu discordo.

Então, apareceu uma mulher, ela era linda. Tinha cara de boneca, um sorriso inocente, tinha cheiro de maçã, longos cabelos loiros e estava usando uma toga e sandálias gregas.

-Eros, querido. Eu finalmente te encontrei.

-E quem seria você?

-Eu sou Afrodite. E vocês tem algo que me pertence.

-Mamãe! Mamãe.

-Oh, meu filho.

Ela pegou o bebê no colo.

-É tão fácil te encontrar, é só seguir o rastro de amor e destruição. Infelizmente desta vez ninguém morreu e nada está em chamas. Será que fracassei em lhe ensinar?

-Você queria que as pessoas estivessem mortas e a cidade estivesse em chamas?

-É claro. Está a parte mais divertida.

-Mas, você deveria ser a Deusa do amor?!

-Deusa? Oh, agora estou lisonjeada. Eu não sou uma Deusa, embora pareça uma.

Disse acariciando os cabelos maravilhosos.

-Eu sou uma Faye. Sou a Faye do amor.

-Uma Faye?

-Sim. As mais populares entre os humanos sempre foram as Faye do ar. Como se ter asas as tornasse melhores. Humanos são imbecis!

-Uma fada? Você é uma fada?

-É Faye, mas sim.

Então, aquilo me ocorreu. Será que todos os Deuses gregos são Faye?

-Então, todos os Deuses gregos são fadas? Faye?

-Oh, sim. Sem dúvida.

-E você fez Hades se apaixonar por Perséfone e sequestra-la?

-Eu espalhei o amor.

Protestou o bebê. Então, a mãe falou sabiamente:

-Além do mais, o dom do meu filho fez muito mais em um dia do que a maioria dos humanos jamais fariam numa vida. Humanos são inúteis, tudo o que fazem é pedir, pedir, pedir. Eles querem o amor, mas não estão dispostos a lutar por ele. Simplesmente negam seus sentimentos e esperam que as coisas caiam do céu. O amor nem sempre é fácil, porém nada nesta vida que valha á pena geralmente o é. O amor é frágil, como um cristal e uma vez quebrado pode ser reparado, mas jamais será como era antes.

-Hades é o Rei do Submundo e o conto realmente aconteceu?

-Mas, que conto?

Mostrei para ela o livro e ela se revoltou.

-Este não é um retrato fiel do meu sogro. Hades é um Faye, ele é tão belo quanto Perséfone. Longos cabelos negros, sua pele é pálida, mas admito tem um aspecto adoentado quando ele não se alimenta. Sua pele é um tanto acinzentada, mas ele não é feio. Nenhum Faye é. Ele tem longos cabelos negros, olhos violeta, um abdome de dar inveja em qualquer humano, é elegante, porém sombrio. É claro, ele é um comedor de cadáveres.

-Um comedor de cadáveres?

-Sim. Ele alimenta-se dos humanos falecidos, impedindo que as substâncias liberadas pelo corpo em decomposição contaminem os rios, os lagos, águas subterrâneas. Florestas. Ele não gosta muito de luz, a claridade o incomoda. Por isso ele gosta de viver em cavernas e sair á noite. Mas, nada de lagos flamejantes ou fantasmas.

-E você come o que?

-Você. Depois do amor fazer a sua raça se matar nós comemos os seus corpos cheios daquele gosto maravilhoso de amor e ódio. Vamos, filho... vamos arrumar alguma coisa para comer.

Eles saíram.

-Ok. Isso é horrível. O que vamos fazer? Como vamos impedir uma deusa faye grega e o seu bebê do mal?

-Nem faço ideia. Mas, se há mais deles e eles foram comidos por Malivore, logo serão vomitados. Isso se já não foram.

-Bem, o mito diz que a maior fraqueza de Afrodite também a sua maior força. Ela é facilmente seduzida e se apaixona com facilidade. Ela é frágil, não fraca, só frágil e está sempre em dívida com alguém. Nunca está satisfeita.

Muito bem, então vamos cuidar deste monstro e do monstrinho dela.

P.O.V. Dorian.

Como o mito disse que seria, foi fácil seduzi-la, com uma caixa de chocolates e rosas vermelhas ela se derreteu. E com um artefato, uma adaga enfeitiçada, eu a matei.

-Porque?

-Porque você mata pessoas.

-E você também. Hipócrita.

Foi a última coisa que ela disse antes de morrer e ela tinha razão.

Crepúsculo 2.0.Onde histórias criam vida. Descubra agora