Show de talentos

65 10 0
                                    

P.O.V. Alec Volturi.

Eles cantaram, dançaram, fizeram malabarismos entre outras coisas. Mas, deixaram o melhor para o final. Como sempre.

Clary subiu no palco com aquele belo vestido de noiva medieval, acinturado, com tecidos finos e detalhes com flores bordadas. O longo cabelo ruivo estava encaracolado caindo como uma cascada, haviam tranças enfeitando o topo da cabeça e um belo pente presilha que se parecia com uma coroa.

—Ahm, olá. Eu sou a Clary Mikaelson e vou cantar uma música dedicada a minha tia Rosalie Hale que morreu ontem.

Quando ela começou a cantar... todo mundo ficou chocado.

P.O.V. Clary.

Me vesti de noiva porque era como a tia Rose gostava de se fantasiar e escolhi uma música da Lorena McKennitt. Cé Mise Le Ulaingt.

Tive que fechar os meus olhos ou ia entrar em pânico com toda aquela gente me olhando.

Enquanto cantava, pensava na tia Rose. Posso sentir as lágrimas silenciosas descendo pelo meu rosto, sentir o gosto salgado da saudade e da tristeza.

P.O.V. Hope.

Eu me lembrei da minha mãe. Da saudades que sentia dela e chorei.

Acho que todo mundo chorou. Quando ela acabou, foi aplaudida de pé.

P.O.V. Clary.

Estava tão concentrada cantando e lembrando que quando ouvi aplausos eu me assustei. Então me lembrei que tinha gente me ouvindo.

Fiz uma reverência e sai. Quase que eu tropecei no vestido.

—Minha Nossa Senhora! Eu não acredito que fiz isso.

Comecei a rir.

—Não acredito que fiz isso.

P.O.V. Jace.

Eu já sentia falta de ouvir a voz da Clary. Mesmo quando ela era Fairchild estava sempre cantando.

—Ei, vocês viram pra onde a Clary foi?

—Para o quarto dela. Na ala feminina.

Quando cheguei á ala feminina não foi difícil de encontrar o quarto, a porta estava aberta e ela estava cantando. Ela não me viu e nem me ouviu, estava de costas com fones nos ouvidos desenhando.

Ai ela me viu.

—Oi. O que foi?

—Nada. Só, você foi muito bem hoje. Tem uma voz linda.

—Obrigado.

—E quero me desculpar.

—Pelo o que?

—Por nunca ter falado com você sobre qualquer assunto que não envolvesse lâminas serafim. E sei que a sua tia acaba de falecer e sinto muito.

—Obrigado.

—Que tal fazermos alguma coisa normal?

—Jace, normal é relativo. Especialmente se tratando de seres sobrenaturais.

—É. Está certa. Mas, e quanto á você?

—Bom, eu gostaria de ter um modelo e desenhar outra coisa se não runas que aparecem no meio do ar.

Eu ein.

—Não precisa tirar a roupa. Á menos que você queira, mas pra mim eu te desenharia sem camisa no máximo.

Crepúsculo 2.0.Onde histórias criam vida. Descubra agora