Capítulo 1

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Eduarda

Mais um dia normal na vida de uma adolescente, ou melhor, na vida de uma garota qualquer que preferiria não ser uma adolescente. Primeiramente, deixe eu me apresentar melhor a vocês. Me chamo Eduarda Menezes e tenho 16 anos de idade, moro com minha mãe que se chama Fernanda, e meu irmão mais velho, Felipe, que está no terceiro ano do ensino médio, e estuda na mesma escola na qual estudo. Minha mãe é cirurgiã, e eu a tomei como exemplo, pois pretendo cursar medicina e fazer especialização na área da neurocirurgia. Tenho poucos amigos, ou melhor, 3 amigos. Rafael, Rafaela e Lucas. O Rafael e a Rafaela, que por acaso são gêmeos, eu conheço desde que me entendo por gente. Minha mãe e a mãe deles são melhores amigas e o pai deles é o como se fosse um pai para mim e Felipe. Considero eles minha família, tanto que chamo os pais dos gêmeos de tio e tia. Fomos criados igual irmãos, o que faz com que constantemente estejamos sempre juntos. Já o Lucas eu conheço desde o quarto ano, a partir de lá somos inseparáveis. Ele e Rafael jogam no time de futebol da escola e são considerados populares, Rafaela é uma menina popular também, já que é a capitã das líderes de torcida. Eu sou apenas... eu. Não sou líder de torcida, nem algo do tipo, porém estou sempre lá nos jogos vendo a Rafaela se apresentar e os dois jogarem.
Ah, eu, Rafaela, Rafael e Lucas estudamos juntos, amanhã começaremos o segundo ano do ensino médio. Se estou ansiosa? Bastante!

Nesse momento estou me preparando para dormir, amanhã o dia começa cedo, 06h já tenho que estar de pé.

-O que ainda está fazendo acordada, querida? -minha mãe pergunta encostada na porta, fazendo-me sair de meu transe. Passando a observar a mesma com sua camisola florida e seus longos cabelos castanhos soltos.

-Eu já estava indo dormir. -respondo indo até minha cama e me aconchegando entre os lençóis -Boa noite, mãe. Lhe amo muito.

-Boa noite, filha. Também lhe amo. -ela desliga a lâmpada do quarto e sai fechando a porta. Fecho os olhos e adormeço.

Acordo, faço minha higiene pessoal, coloco a blusa do uniforme, uma calça jeans um pouco colada, já que a calça do uniforme não é obrigatória, e por fim meus tênis vans. Penteio os meus cabelos e escolho ir com eles soltos. Desço para tomar café e já vejo meu irmão mais velho sentado vendo qualquer coisa em seu celular enquanto comia uma torrada.

Meu irmão é um garoto alto, de cabelos escuros e olhos castanhos claros com um tom esverdeado. Sua pele morena realça seus olhos, tornando-os mais lindos e atraentes.

-Bom dia, príncipe. -cumprimento Felipe, que logo me responde.

-Bom dia, bolinho. -ele responde com um sorriso e eu reviro os olhos. Bolinho é meu apelido, ele e meus amigos me deram esse apelido graças as minhas bochechas cheias.

-Bom dia, crianças. Se apressem para não se atrasarem. -minha mãe fala descendo as escadas, chamando nossa atenção.

Tomo meu café da manhã, escovo meus dentes e vou até o Felipe para irmos para a escola. Normalmente eu e Felipe vamos a pé, já que a escola não fica tão distante de nossa casa, entretanto como nossa mãe estava com um tempo livre, ela nos levou. Nos despedimos de nossa mãe e entramos nos corredores que estavam lotados, rostos familiares e outros não. Felipe foi para a sua sala de aula e eu fui atrás dos meus amigos, como estava um grande fluxo de pessoas acabei esbarrando em alguém que fez com que meus livros caíssem.

-Desculpe, foi sem querer. -o garoto de olhos verdes, pele morena e cabelos escuros fala. Gabriel, o capitão do time de futebol, o mais popular da escola. Confesso que não o acho uma pessoa tão correta, por achar ele o típico garoto que acabaria com os sentimentos de uma garota, e isso já aconteceu. Ano passado ele estava namorando com uma garota e logo depois a traiu com a melhor amiga dela, ou seja, um idiota.

-Tudo bem. -respondo e pego meus livros. Gabriel é um amigo bem próximo de Lucas e Rafael, algumas vezes eu ia na casa do Rafinha e ele estava lá, eu apenas o ignorava e ele fazia o mesmo, na verdade, acho que talvez o sentimento de antipatia seja recíproco. Quando eu estava saindo ele pergunta algo, fazendo com que minha atenção se volte a ele novamente.

-Eduarda, certo? -tenho certeza que Gabriel sabia meu nome, pois estudamos juntos desde o ano passado, porém não vi problemas em responder.

-Sim.

-Sou o Gabriel, acho que você já sabe. -ele diz como se fosse o próprio Noah Centineo, algo que pelo menos para mim, ele não é. A maneira como ele disse aquela simples frase me fez confirmar que ele realmente se achava a última bolacha do pacote, tipo de coisa que eu não suporto.

-Sei sim. -respondo e saio deixando ele e sua fama a sós.

Apenas 16 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora