Capítulo 3

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Eduarda

A primeira aula seria a de Matemática. Se quiserem me chamem de cdf a vontade, pois eu amo matemática! Os números, os cálculos, as formas... tudo tão complexo. Coisas complexas me deixam intrigadas para entedê-las, ou seja, matemática me deixa intrigada para entendê-la. Fora que temos um dos melhores professores. Márcio Fonseca, 29 anos de idade, alto, um corpo musculoso, pele morena, cabelos escuros e olhos pretos. Ele é uma das pessoas mais inteligentes que já vi, por isso digo que ele é um dos melhores professores. As garotas estúpidas da minha sala são loucas por ele, porém não pela sua inteligência, o que faz com que ele seja o famoso professor cobiçado por todas (segundo elas, obviamente). Eu não enxergo ele dessa maneira, muito pelo contrário, o respeito muito, acho uma total falta de noção uma aluna se apaixonar por um professor, mas enfim, cada um com suas loucuras.
O professor já estava na sala organizando suas coisas na mesa, até que chama a atenção de todos.

-Bom dia, alunos. Observando daqui não temos alunos novos, estou certo? -ele pergunta e a sala em uníssono responde que sim. -Ok, então vocês já me conhecem, não preciso falar que sou o melhor professor. -diz fazendo-nos rir do seu convencimento.
-Já que hoje é o primeiro dia de aula vamos revisar alguns assuntos. Começaremos com P.A e P.G. -diz já fazendo uma sequência numérica no quadro branco.

Depois de falar sobre P.A e P.G falamos um pouco sobre função exponencial, dois dos assuntos que eu mais gosto.
O sinal para a próxima aula toca, anunciando que agora será a aula de biologia. Nesse intervalo de tempo vou falar com o Rafael e Lucas, já que não nos falamos direito hoje. Como eles sentam na fileira encostada na parede e antes dessa fileira é a fileira em que Gabriel senta-se, automaticamente passei pela fileira de Gabriel, fazendo com que o mesmo me encarasse. Chego na fileira em que Rafael e Lucas sentam e os dois mexiam nos seus celulares.

-Oi, pessoas que me amam. -falo para os dois que deixam os celulares de lado e me olham com uma expressão tediosa.

-Desde quando te amamos, garota?! -Rafael indaga com uma sobrancelha erguida.

-Desde sempre! -respondo com um sorriso no canto de meus lábios.

-Só que não, Eduarda. -Lucas diz com um sorriso desafiador.

-Parem com esse show que vocês não são as dançarinas do Sílvio Santos. -digo fazendo os dois rirem.

-Nem nos falamos direito na hora da entrada, já que o amiguinho de vocês chegou. -falo direcionando meu olhar para Gabriel que ria com um grupo de garotas. Quando volto meus olhos para os dois, eles estão encarando-me como expressões ilegíveis.

-O que aconteceu entre você e o nosso amiguinho? -Lucas pergunta dando ênfase na última palavra.

-Nada demais, só nos esbarramos no corredor, meus livros caíram e ele foi grosso comigo. Mas convenhamos, esse é o perfil de Gabriel. -falo simples.

-Ele nos falou a mesma coisa e ficou até preocupado pela imagem que ficou dele para você. Ele é um garoto legal, Duda. -Rafael diz me encarando.

-Não foi o que pareceu quando nos encontramos no corredor, fora que eu já soube de umas atitudes nada agradáveis tratando-se dele, entre elas quando ele traiu a Letícia com a melhor amiga, ou eu estou enganada? -indago com os braços cruzados, a sobrancelha esquerda erguida e ajeitando minha postura, colocando o meu peso em meu pé direito.

-Isso realmente aconteceu... todavia ele mudou! Ele é nosso amigo e nunca nos decepcionou. -Rafael diz.

-Ele é uma pessoa boa, concordamos que ele já foi uma pessoa desprezível, entretanto todos cometemos erros, uns mais que os outros, mas o ser humano está sempre em fase de transformações. -Lucas acrescenta.

-Eu sei, amigo. Mas e se a transformação for para pior? -pergunto, fazendo com que os dois pensem.

-Não é o caso dele. -Lucas diz e Rafael assente concordando.

-Ok. Todavia não entendi o porquê desse assunto sendo que eu não quero nenhum tipo de relacionamento ou ligação com ele.

-Nem uma singela amizade? -Lucas pergunta.

-Nem uma singela amizade. Vocês e Rafaela são meus únicos amigos, e para mim está ótimo desse jeito. Agora mudando de assunto, vamos na sorveteria perto da minha casa hoje? Nunca mais saímos assim. -digo.

-Eduarda, nós saímos antes de ontem e quase todos os dias estamos na casa um do outro. -Rafael diz rindo.

-Eu sei, mas eu quero sair e vocês são os únicos que me aturam. Fora que vocês sabem que nem sempre estou animada e disposta para sair. -digo fazendo uma voz chorosa.

-Ok, vamos com você. Você fala com a Rafa e às 19h passamos na sua casa para irmos juntos. Certo?

-Certo. Já falei com a Rafa. Agora vou me sentar que a professora já deve estar vindo. Beijos. -digo jogando beijos no ar e indo para minha cadeira que é logo atrás da cadeira de Rafaela. Enquanto a professora não chegava, fiquei conversando coisas aleatórias com a mesma.

Apenas 16 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora