Quando chegamos a casa dele, ele abriu a porta e fomos em direção á cozinha.
"Bom dia. Vejo que trouxes-te companhia."
"É que a mãe dela saiu e ela ia comer sozinha então decidi convidá-la para vir comer connosco. Não te importas, pois não mãe?"Claro que não filho. Fico feliz por até se estarem a darem bem. Estou a fazer massa com frango, gostas?" Ela olhou para mim e sorriu.
"Sim, gosto." Respondi-lhe sorrindo.
"Então Zayn, coloca os talheres, os copos e os pratos na mesa que o comer já está quase pronto."
"Está bem mãe. Christine , podes já te sentar."
"Não, eu ajudo-te."
"Nem pensar nisso! Tu és minha convidada, por isso, senta-te." Ele ordenou mas com um sorriso no rosto."Tudo bem. Tu é que mandas." Sentei-me. Pude ver a sua mãe a sorrir ao ver-nos a brincar um com o outro. Passado pouco tempo, o comer já estava pronto. Sentamo-nos todos e começa-mos a comer. Durante o almoço, foram-me feitas perguntas de "Como te está a correr a escola?", "Gostas de lá andar?" e coisas desse género. Depois de terminar-mos todos de almoçar, ajudar a mãe dele a arrumar as coisas da cozinha.
"Muito obrigada minha querida. És muito simpática."
"Não tem de quê dona Trisha. Eu gosto de ajudar."
"Mãe, nós agora vamos sair porque a Christine ofereceu-se para me mostrar o bairro." Ele olhou para mim e sorriu."Está bem filho. Fazes bem! Gosto de vos ver a darem-se bem. Então, até logo."
"Até logo mãe."Saimos então de casa dele e começa-mos uma pequena visita guiada pelo bairro.
"Este bairro não é assim muito grande nem nada de interessante, mas precisas de saber que as pessoas daqui gostam DEMAIS de saber da vida dos outros! Falo por experiência própria..." Fiz questão de reforçar a palavra "demais" para ele perceber que realmente era verdade e ele riusse.
Depois de terminar-nos a visita pelo bairro volta-mos para casa. Quando estavamos quase a chegar a casa a pessoa que eu menos queria ver estava por perto. O meu ex...
"Vejo que já arranjas-te alguém que consegue compreender a tua loucura ou ele ainda não sabe?"
"Importas-te de te meter na tua vida? Tu não tens nada haver com isso George!"
"Não sei do quê?"
"Ai tu ainda não lhe contas-te... Então não vou estragar a surpresa."
"Olha lá! Tu ouve-me com atenção rapaz! Eu não faço a menor ideia de quem tu és ou o que sabes dela e sinceramente nem quero saber... Mas fica desde já a saber que o que tu chamas de loucura talvez seja algo especial que nasceu com ela e que pessoas imaturas e com um QI inferior como o teu não conseguem perceber, por isso desaparece e pára de ofendê-la."
"Ah ok, encontras-te alguém tão louco como tu. Vou-me embora, não quero incomodar o casalinho." Ele saiu dali bastante furioso. Acho que ver-me com outro rapaz não foi uma ideia que lhe agradou muito. Mas isso era o que menos me estava a preocupar. O que realmente me preoucupava foi a forma como o Zayn lhe falou, o que o Zayn lhe disse. Será que ele sabe do meu dom? Mas como? Como é possivel? Ele não viu nada, eu não lhe contei nada! Mas como?
"Hum... Obrigada Zayn por me teres defendido. Mas... porque disseste tudo aquilo?" Eu perguntei-lhe. De certo ele percebeu um pouco de preocupação da minha parte graças a forma de como lhe perguntei.
"Simplemente fiz o que achei que devia de fazer. Eu não faço a menor ideia ao que ele se estava a referir quando falou de loucura mas não estava a gostar da forma que ele estava a falar de ti. Eu não entendi muito bem o porquê mas ontem quando te vi lá em casa, senti que algo em ti te tornava especial e também te defendi assim porque eu sei o que é ser chamado de louco." Ele falava para mim enquanto olhava profundamente nos meus olhos. Ele não sabe o porquê do George ter dito aquilo mas a forma de como ele me defendeu pareceu saber de tudo. E ele disse que sentiu que algo me torna especial? Parece que não sou a única aqui com um dom!
"Então obrigada por me teres defendido." Sorri-lhe e ele respondeu-me também com um sorriso.
"Eu vou entrando. Obrigada pela visita guiada. Foste uma boa guia."
"Sempre aqui se precisares de alguma coisa."
"Fico agradecido. Então adeus."
"Adeus." Quando estava prestes a virar-me para voltar para minha casa, o Zayn puxou o meu braço fazendo-me ir contra o seu corpo.
"Quero que saibas que se precisares de falar ou de contar-me alguma coisa, estás a vontade. Acredita que eu vou compreender melhor que todos." Ele sussurrou-me e aquelas palavras me fizeram estremecer. Eu devia me ter soltado ou até dado-lhe um estalo como qualquer pessoa possivelmente faria, mas não foi isso que fiz. Ao contrário disso, eu o abracei. A razão para esse meu ato? Simplesmente porque encontrei segurança nas suas palavras. Eu sinto que este rapaz é especial, não é como todos os outros que apenas procuram um bom corpo e uma cara bonita para passar os dias. Ele, tal como eu, procura uma pessoa especial, alguém que me aceite tal como sou e acho que ele consegue ter as caracteristicas do tal.
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We and Our Ghosts
FanfictionSempre gostei de ler umas boas fic's sobre fantasmas, monstros, coisas desse genero e pensei: porque não criar uma fic desse tipo? agora decidi colocar mãos há obra e vamos a ver como vai correr. se és também como eu, dá uma leitura na minha fic, nã...