Sete

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A

cadeira se espatifou com um estrondo ao se chocar com a parede do quarto.

Cal estava possesso.

Quanto tempo aquele castigo duraria?

Fazia mais de duas semanas e nada de seu pai o liberar do castigo. Ele poderia muito bem sair escondido pelas passagens secretas ou então, convidar alguma prateada, até mesmo uma vermelha o tiraria do tédio, entretanto, não podia nem sair direito do quarto por estar sendo vigiado vinte e quatro horas por dia por um sentinela. E ele já tinha conferido que eram realmente vinte e quatro horas por dia todos os dias, porque a cada dia e noite dessas duas semanas de castigo, ele tentou sair de fininho em horários diferentes e em todos, havia um sentinela em frente a porta do seu quarto como se fizesse parte do corredor.

Cal até tentou subornar um dos sentinelas que estava no turno de babá dele, porém, nem teve resposta, foi ignorado completamente, aumentando a sua raiva.

Seus pais haviam conversado com ele quando estavam comendo juntos, e em algumas vezes, iam até seu quarto para tentar ver se a punição tinha surtido efeito.

Da última que sua madrasta foi vê-lo, para ver se ele precisava de alguma coisa, Cal pediu:

— Mãe, será que você pode ver com meu pai se ele me libera do castigo?

Os olhos azuis gélidos de Elara brilharam quando seu enteado a chamou de mãe, como sempre ficavam. E ele sabia que a chamar de mãe, a deixaria mais emotiva e com isso, a probabilidade dela conseguir convencer o seu pai duplicaria.

— Vou fazer o que eu puder, querido — garantiu, deixando um beijo carinhoso no topo de sua cabeça. — Mas seu pai está achando que com esse castigo, o fará mudar.

Cal bufou.

— Isso não vai funcionar — falou, a voz saindo mais áspera do que pretendia, tratou de suavizar a voz: — Eu não vou ficar mais calmo estando trancado.

— Eu sei — a voz dela saiu como um sopro. — Mas tente, pelo menos, mostrar para o seu pai que está melhorando.

Cal não gostou do conselho de sua madrasta, mas sabia que tinha que agrada-la também, assim como o seu pai.

— Tudo bem — concordou, por fim. — Mas a senhora vai ver com Tiberias sobre o meu castigo, não é?

Com um sorriso carinhoso, embora incerto, Elara respondeu:

— Sim, querido.

Com isso, Cal ficou mais tranquilo, sabendo que Elara conseguiria o liberar do castigo. O rei fazia todas as vontades de sua esposa, por amá-la, e por medo de que ela o abandonasse, porque, o máximo que a rainha sentia por ele, era compaixão por seu sentimento.

O único que o visitava todos os dias e ficava horas com ele era o seu irmão, Maven, que a cada dia estava mais radiante. Fazendo o herdeiro ficar com mais raiva por estar trancado sem poder fazer nada.

O príncipe estava se encontrando com a vermelha às escondidas, quase todos os dias quando não tinha nenhum compromisso em sua agenda. Sua mãe era muito rígida com as obrigações de todos.

— Já a beijou?

Maven engasgou com o ar, ficando mais pálido do que já era, principalmente suas bochechas ganharam um tom mais mórbido.

— Claro que não! — respondeu, em tom ofendido, morrendo de vergonha com a pergunta do mais velho.

Deitado em sua cama, Cal virou o rosto para ver o irmão sentado em sua cadeira que sentava ao jogar xadrez contra ele. O sorriso era malicioso, beirando a crueldade.

— Você ainda não beijou ninguém, não é?

Maven abaixou a cabeça diante do olhar do irmão, incapaz de manter contato visual. Ouviu a risada do seu irmão reverberar pelo cômodo fechado fazendo ele se encolher na cadeira; em seguida, ouviu a cama ranger levemente.

Ergueu a cabeça para conseguir ver o irmão, que sentou na cama.

— Olha, provavelmente a sua vermelha deve ter mais experiência que você — disse Cal. — E eu poderia mentir dizendo que não tem problema, mas na verdade tem sim. Qual garota iria preferir alguém sem experiência nenhuma?

Maven engoliu em seco, apenas escutando o seu irmão, tentando não ficar desesperado.

Cal continuou o monólogo, que tinha o objetivo inicial de ser um conselho:

— Ela deve ter mais ou menos a sua idade, e, provavelmente, está louca para ter novas experiências. E quando ela perceber que você não tem nenhuma para oferecer à ela, te trocará em um piscar de olhos.

O caçula sentiu seus olhos umidecerem.

— O que... eu posso fazer? — perguntou finalmente, a voz saindo fraquinha.

— Sugiro que comece a ter novas experiências.

Maven levantou a cabeça em um movimento brusco, os olhos azuis brilhantes estavam arregalados em descrença.

— Eu não vou fazer isso!

Cal parecia quase entediado. Deu de ombros, voltando a se deitar.

— Então não pareça um inexperiente quando estiver com ela.

Demorou alguns segundos para Maven perguntar, meio hesitante:

— Como foi com você... quando você era o inexperiente?

— Foi fácil. As primeiras nem perceberam quando o momento era novo para mim. O segredo é não ficar nervoso e parecer confiante o tempo inteiro, como se fizesse aquilo há anos.

— Vou tentar — garantiu Maven, ainda inseguro com a possibilidade de decepcionar Mare.

— Como está o relacionamento de vocês? — Cal perguntou, quando o silêncio se apossou do quarto.

— Bem — Maven parecia mais animado com o rumo da conversa. — Ela confia em mim e gosta de ficar comigo. Ontem mesmo ela me disse a sua comida favorita e outras coisas também.

Cal quase riu ao ouvir a voz do irmão soando animada, porém, acima de tudo, apaixonada.

— E qual é a comida preferida dela? — perguntou Cal por perguntar, os olhos fixos no teto de seu quarto.

Quando a resposta de Maven veio, o corpo de Cal pareceu entrar em êxtase, assim como sua mente.

— Torta de limão.

Desculpem pela mini demora, mas eu fiquei sem net, assim como vou ficar esses dias

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Desculpem pela mini demora, mas eu fiquei sem net, assim como vou ficar esses dias. Aproveitei pra tirar um descanso e foi isso ksksksksks

Ah kkkk lembram daquela música que eu falei que parecia muito com o Cal nessa fanfic?

Então, se eu fizesse uma história com base nela, vcs leriam? Kkk

A VERMELHA DO PRÍNCIPEOnde histórias criam vida. Descubra agora